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Autoeficácia de puérperas em amamentar: estudo longitudinal

Autoeficacia de puérperas en la lactancia materna: estudio longitudinal

Resumo

Objetivo

avaliar a autoeficácia de puérperas, ao longo do período puerperal, quanto ao potencial em amamentar.

Método

estudo longitudinal, do tipo painel, realizado de maio a dezembro de 2015, em Alojamento Conjunto de maternidade de referência de Fortaleza, Ceará, Brasil, delimitado em quatro momentos. O primeiro ocorreu por contato presencial na maternidade e os três contatos subsequentes foram realizados por meio telefônico aos dois, quatro e seis meses pós-parto. A amostra foi de 66 puérperas.

Resultados

observou-se aumento da mediana dos escores da escala de autoeficácia em amamentar ao longo dos meses. A maioria das puérperas apresentou nível elevado de autoeficácia, entretanto, a prática do aleitamento materno exclusivo apresentou declínio progressivo, chegando a 17,9% aos seis meses.

Conclusão e implicações para a prática

as puérperas participantes apresentaram aumento progressivo dos escores da escala de autoeficácia ao longo do tempo, mantendo níveis de elevada e média autoeficácia em amamentar. Logo, este estudo pode direcionar novas pesquisas de intervenção, bem como subsidiar a prática holística dos profissionais que apoiam a amamentação.

Palavras-chave:
Aleitamento Materno; Autoeficácia; Enfermagem; Período Pós-Parto; Promoção da Saúde

Resumen

Objetivo

evaluar la autoeficacia de puérperas a lo largo del puerperio en cuanto a su potencialidad para amamantar.

Método

estudio longitudinal del tipo panel, realizado de mayo a diciembre de 2015, en el Alojamiento Conjunto de una maternidad de referencia en Fortaleza, Ceará, delimitado en cuatro momentos. El primero ocurrió por contacto presencial en la maternidad y los tres contactos posteriores se realizaron telefónicamente a los dos, cuatro y seis meses posparto. La muestra fue de 66 puérperas.

Resultados

hubo un aumento en la mediana de puntuaciones de la escala de autoeficacia para lactancia materna a lo largo de los meses. La mayoría de las puérperas mostró un alto nivel de autoeficacia, sin embargo, la práctica de lactancia materna exclusiva mostró un declive progresivo llegando al 17,9% a los seis meses.

Conclusión e implicaciones para la práctica

Las puérperas mostraron un aumento progresivo en los puntajes de la escala de autoeficacia a lo largo del tiempo, manteniendo niveles de autoeficacia alta y media en la lactancia materna. Por lo tanto, este estudio puede orientar nuevas investigaciones de intervención, así como subsidiar la práctica holística de los profesionales que apoyan la lactancia materna.

Palabras clave:
Amamantamiento; Autoeficacia; Enfermería; Período posparto; Promoción de la salud

Abstract

Objective

to evaluate the self-efficacy of puerperal women throughout the puerperal period regarding their potential to breastfeed.

Method

longitudinal panel study was performed from May to December 2015 in postpartum rooms of a reference maternity hospital in Fortaleza (Ceará State, Brazil). The study was separated into four moments: the first occurred through a face-to-face meeting at the maternity hospital, and the three subsequent encounters were made by telephone two, four, and six months postpartum. The sample was composed of 66 puerperal women.

Results

there was an increase in the mean scores of the self-efficacy scale for breastfeeding throughout the months, and most puerperal women showed a high self-efficacy level, although the practice of exclusive breastfeeding showed a progressive decline and reached 17.9% at six months.

Conclusions and implications for practice

The puerperal women showed progressively higher self-efficacy scores over time, maintaining high and medium self-efficacy levels in breastfeeding. Therefore, this study can direct new intervention research and subsidize the holistic practice of professionals who support breastfeeding.

Keywords:
Breastfeeding; Self-efficacy; Nursing; Postpartum Period; Health promotion

INTRODUÇÃO

O Aleitamento Materno (AM) é reconhecido universalmente como a melhor forma de alimentar e proteger uma criança, bem como fortalecer o vínculo entre mãe e filho, proporcionando benefícios para ambos, visto que crianças que são amamentadas apresentam menos infecções11 Santos FS, Santos LH, Saldan PC, Santos FCS, Leite AM, Mello DF. Breastfeeding and acute diarrhea among children enrolled in the family health strategy. Texto Contexto Enferm. 2016;25(1). http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720160000220015.
http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720160...
,22 Antunes LS, Antunes LAA, Corvino MPF, Maia LC. Amamentação natural como fonte de prevenção em saúde. Cien Saude Colet. 2008;13(1):103-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000100015. PMid:18813525.
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, diminuição de risco para doenças cardiovasculares e diabetes22 Antunes LS, Antunes LAA, Corvino MPF, Maia LC. Amamentação natural como fonte de prevenção em saúde. Cien Saude Colet. 2008;13(1):103-9. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008000100015. PMid:18813525.
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232008...
e melhor desempenho intelectual geral33 Fonseca ALM, Albernaz EP, Kaufmann CC, Neves IHF, Vera LM. Impacto do aleitamento materno no coeficiente de inteligência de crianças de oito anos de idade. Rev Bol Ped. 2015;54(1):41-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2012.12.010.
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. Para as mulheres, o exercício de amamentar pode prevenir o câncer de mama, aumentar o intervalo interpartal e reduzir o risco da mulher desenvolver diabetes ou câncer de ovário44 Victora CG, Bahl R, Barros AJD, França GVA, Horton S, Krasevec J et al. Breastfeeding in the 21st century: epidemiology, mechanisms, and lifelong effect. Lancet. 2016;387(10017):475-90. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(15)01024-7. PMid:26869575.
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.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil (MS) preconizam que as crianças com até seis meses de vida devem ser alimentadas exclusivamente com leite materno e, após os seis meses, o aleitamento seja complementado com outros alimentos, de forma oportuna e saudável, até os dois anos ou mais55 Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Rede Amamenta Brasil: os primeiros passos (2007-2010) [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2011 [citado 2015 out 12]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rede_amamenta_brasil_primeiros_passos.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoe...
. Entretanto, as taxas de prevalência do Aleitamento Materno Exclusivo (AME), em menores de seis meses, no Brasil, estão aquém do recomendado66 Amaral SA, Bielemann RM, Del-Ponte B, Valle NCJ, Costa CS, Oliveira MS et al. Intenção de amamentar, duração do aleitamento materno e motivos para o desmame: um estudo de coorte, Pelotas, RS, 2014. Epidemiol Serv Saude. 2020;29(1):e2019219. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742020000100024. PMid:32490940.
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.

Estudos apontam que o conhecimento limitado sobre o AM por parte da mãe e da família, a inexperiência prévia com amamentação, o trabalho extradomiciliar, a aquisição de mamadeiras, as chupetas e atitudes negativas do pai e familiares frente à amamentação são vistos como fatores importantes para prevalência de desmame precoce, assim como baixa escolaridade, raça, baixa renda familiar, não ter companheiro, não ter alta hospitalar em aleitamento materno exclusivo, não ter recebido orientação em grupo e baixa autoeficácia que a mulher apresenta no ato de amamentar77 Almada JNA, Fernandes LAF. Saúde de crianças de até 2 anos que passaram por desmame precoce. Rev. Cient. Sena Aires [Internet]. 2019; [citado 2020 out 12];8(1):62-70. Disponível em: http://revistafacesa.senaaires.com.br/index.php/revisa/article/view/347/253
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,88 Chaves AFL, Ximenes LB, Rodrigues DP, Vasconcelos CTM, Monteiro JCS, Oriá MOB. Intervenção telefônica na promoção da autoeficácia, duração e exclusividade do aleitamento materno: estudo experimental randomizado controlado. Rev Lat Am Enfermagem. 2019;27:e3140. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.2777-3140. PMid:31038634.
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.

Entende-se como autoeficácia a percepção pessoal sobre a própria capacidade de desempenhar uma atividade ou comportamentos99 Bandura A. Self-efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychol Rev. 1977;84(2):191-215. http://dx.doi.org/10.1037/0033-295X.84.2.191. PMid:847061.
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. A autoeficácia se baseia em quatro fontes principais de informação: os resultados efetivos do desempenho pessoal, as experiências vicárias de observação no desempenho dos outros, a persuasão verbal e outros tipos semelhantes de influências sociais e os estados fisiológicos com base nos quais as pessoas julgam as capacidades99 Bandura A. Self-efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychol Rev. 1977;84(2):191-215. http://dx.doi.org/10.1037/0033-295X.84.2.191. PMid:847061.
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.

Para melhor avaliar a autoeficácia das mulheres em relação à amamentação, elaborou-se a Breastfeeding Self Efficacy Scale (BSES)99 Bandura A. Self-efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychol Rev. 1977;84(2):191-215. http://dx.doi.org/10.1037/0033-295X.84.2.191. PMid:847061.
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, à luz da Teoria de Autoeficácia de Bandura1010 Dennis CL, Faux S. Development and psychometric testing of the breastfeeding self- efficacy scale. Res Nurs Health. 1999;22(5):399-409. http://dx.doi.org/10.1002/(SICI)1098-240X(199910)22:5<399::AID-NUR6>3.0.CO;2-4. PMid:10520192.
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que, posteriormente, foi revisada e reduzida para a Breastfeeding Self Efficacy Scale - Short Form (BSES-SF)1111 Dennis CL. The breastfeeding self-efficacy scale: psychometric assessment of the short form. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs. 2003;32(6):734-44. http://dx.doi.org/10.1177/0884217503258459. PMid:14649593.
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. Para este estudo, utilizou-se da versão validada para o Brasil da escala reduzida1212 Dodt RCM. Aplicação e validação da Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES – SF) em puérperas. Rev Rene [Internet]. 2008; [citado 2020 out 12];9(2):165-7. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/5058/3712
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.

A aplicação dessa escala é importante para proporcionar o reconhecimento da relação da autoeficácia materna em amamentar e os fatores que potencialmente podem desencadear o desmame precoce, assim como conhecer os momentos em que as mulheres estão mais propensas a interromper a amamentação. Com base nessa evidência, os profissionais de saúde, em especial os profissionais da enfermagem, por estabelecerem relação de maior proximidade com a mulher, durante o período gravídico-puerperal, poderão implementar estratégias eficazes para melhoria dos índices de aleitamento materno.

Logo, objetivou-se avaliar a autoeficácia de puérperas, ao longo do período puerperal, quanto ao potencial em amamentar.

MÉTODO

Realizou-se estudo longitudinal, do tipo painel, de maio a dezembro de 2015, por possibilitar que os mesmos sujeitos do estudo fornecessem dados em dois ou mais pontos do tempo, examinando os padrões de mudanças e as respectivas razões1313 Polit DF, Beck CT, Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed; 2011.. Para compor a amostra, recrutaram-se 66 puérperas internadas em Alojamento Conjunto (AC) de maternidade de referência, na atenção especializada em ginecologia, obstetrícia e pediatria, em Fortaleza, Ceará, Brasil.

Os critérios de inclusão foram: puérperas com, no mínimo, seis horas de pós-parto1414 Lettiere A, Nakano AMS, Bittar DB. Violence against women and its implications for maternal and child health. Acta Paul Enferm. 2012;25(4):524-9. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002012000400007.
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, com recém-nascidos no AC, que estivessem amamentando e tivessem um contato telefônico. Os critérios de exclusão foram: contraindicação para amamentar, com filhos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), com filhos que nasceram com deficiências que impediam a amamentação (fenda palatina, atresia de esôfago) e puérperas portadoras de deficiência auditiva. Estabeleceu-se como critério de descontinuidade interromper totalmente a amamentação.

A pesquisa foi realizada ao longo de seis meses e dividida em quatro momentos: o primeiro ocorreu por contato presencial com a puérpera no AC, em que se solicitou a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para as que aceitaram participar e aplicou-se formulário com dados sociodemográficos e obstétricos (M0) e a Breastfeeding Self-Efficacy Scale – Short Form (BSES-SF), escala para avaliar a autoeficácia em amamentar das puérperas. Os três contatos subsequentes foram realizados por meio telefônico aos dois (M1), quatro (M2) e seis (M3) meses pós-parto. Em cada contato telefônico, os pesquisadores aplicaram a BSES-SF, assim como instrumento com dados referentes à duração do AM e ao tipo de dieta da criança.

Para análise dos dados, elegeram-se dois aspectos como variáveis dependentes: autoeficácia na prática do aleitamento materno que foi mensurada pela BSES-SF, a qual tem 14 itens divididos em dois domínios: Técnica e Pensamentos intrapessoais. Para responder à escala, existe um padrão de resposta do tipo Likert, deste modo, o escore total da escala pode variar de 14 a 70 pontos. A classificação do nível de autoeficácia é dada da seguinte maneira: baixa autoeficácia: 14 a 32 pontos; média autoeficácia: 33 a 51 pontos; alta autoeficácia: 52 a 70 pontos. O outro aspecto analisado foi a duração do AM e o tipo de dieta da criança (AME e AM), conforme as definições do Ministério da Saúde do Brasil1515 Ministério da Saúde (BR). Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2009 [citado 2015 out 12]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao. pdf
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.

Os dados foram compilados e analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0. As variáveis contínuas foram expressas como média (± desvio padrão) e as categóricas em frequências absoluta e relativa. As comparações das medianas das variáveis, nos diferentes momentos do estudo, foram realizadas por meio do teste Wilcoxon. Para avaliar o tipo de dieta oferecida ao bebê em cada momento do estudo, aplicou-se o teste exato de Fisher.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, conforme protocolo nº 1.026.156. Informaram-se os objetivos e benefícios da pesquisa, e as mulheres que aceitaram procederam à assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, seguindo as normas da Resolução nº 466/12, do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde, que trata de pesquisas com seres humanos1616 Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 (BR). Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União [periódico na internet], Brasília (DF), 12 dez 2012 citado 2015 out 12]. Disponível em: http://www.conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html
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. Para as mulheres menores de dezoito anos, solicitaram-se a assinatura do termo de consentimento pelo responsável e o termo de assentimento pela adolescente.

RESULTADOS

Quanto ao perfil sociodemográfico e aos antecedentes obstétricos, destacaram-se as variáveis que apresentaram relação significativa com a autoeficácia: idade superior a 18 anos (p= 0,003; p=0,028), raça parda (p= 0,001), escolaridade a partir de nove anos de estudo (p= 0,026), ocupação do lar (p= 0,012), renda familiar entre R$ 788 – R$ 1576 (p=<0,001) e ser primípara (p=0,003). Independentemente do estado civil, as mulheres apresentaram melhora na autoeficácia em amamentar (p= 0,013; p= 0,043). O fato de ter amamentado anteriormente não influenciou a melhora da autoeficácia em amamentar (p=0,408) (Tabela 1).

Tabela 1
Associação entre os escores da BSES-SF, as características sociodemográficas e os antecedentes obstétricos. Fortaleza-CE, Brasil, 2015.

As mulheres foram analisadas quanto à autoeficácia em amamentar, ao longo do período puerperal, no alojamento conjunto pesquisado, com dois, quatro e seis meses pós-parto, sendo constatado aumento progressivo da mediana dos escores de autoeficácia até o quarto mês (M2). Após esse período, houve declínio nos escores até o sexto mês (M3) (Figura 1).

Figura 1
Distribuição das médias dos escores da BSES-SF na linha base, 2, 4 e 6 meses. Fortaleza, CE, Brasil, 2015.

Verificou-se aumento progressivo da mediana dos escores da escala de autoeficácia na relação entre a linha de base (momento inicial) e os momentos subsequentes da pesquisa (M0-M1, p= <0,001; M0-M2, p= <0,001; M0-M3, p= 0,057), evidenciando que o período de adaptação da mulher quanto à prática da amamentação e os cuidados com o bebê no início geram insegurança e precisam de estratégias dos profissionais de saúde para elevar a confiança das puérperas (Tabela 2).

Tabela 2
Comparativo da mediana dos escores da BSES-SF nos quatros momentos do estudo. Fortaleza, CE, Brasil, 2015.

No início do acompanhamento, ainda no alojamento conjunto pesquisado, 66 (100%) puérperas praticavam o AME, entretanto, no decorrer da pesquisa, o número de puérperas que deixou de praticar o AME foi diminuindo consideravelmente. Não se evidenciou associação entre os escores de BSES-SF e o tipo de aleitamento materno (Tabela 3).

Tabela 3
Associação entre os escores da BSES-SF e os tipos de AM, no momento inicial e final da pesquisa. Fortaleza, CE, Brasil, 2015.

DISCUSSÃO

As condições socioeconômicas e demográficas, como idade materna, raça, estado civil, escolaridade e renda, influenciaram a autoeficácia em amamentar das puérperas do estudo. Verificou-se que mulheres com maior idade apresentaram índices de autoeficácia mais elevados. Este estudo corrobora achados de outros pesquisadores que evidenciaram que ter mais idade influencia positivamente a autoeficácia materna em amamentar1717 Carreiro JA, Francisco AA, Abrão ACFV, Marcacine KO, Abuchaim ESV, Coca KP. Dificuldades relacionadas ao aleitamento materno: análise de um serviço especializado em amamentação. Acta Paul Enferm. 2018;31(4):430-8. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201800060.
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.

Neste estudo, as puérperas que se classificaram como negras ou pardas apresentaram maiores índices de autoeficácia em amamentar, contradizendo os achados de outros estudos que apontaram que mulheres negras ou pardas possuem menores escores de autoeficácia, quando comparadas a mulheres de outras raças1818 Rocha IS, Lolli LF, Fujimaki M, Gasparetto A, Rocha NB. Influência da autoconfiança materna sobre o aleitamento materno exclusivo aos seis meses de idade: uma revisão sistemática. Cien Saude Colet. 2018;23(11):3609-19. http://dx.doi.org/10.1590/1413-812320182311.20132016. PMid:30427434.
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.

Quanto ao estado civil, houve significância estatística entre os escores da BSES-SF, tanto para as puérperas com parceiro quanto para as puérperas sem. O fato de a mulher ter um parceiro é visto na literatura como fator protetor para a manutenção do AME1717 Carreiro JA, Francisco AA, Abrão ACFV, Marcacine KO, Abuchaim ESV, Coca KP. Dificuldades relacionadas ao aleitamento materno: análise de um serviço especializado em amamentação. Acta Paul Enferm. 2018;31(4):430-8. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201800060.
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.

Os dados apresentados confirmam a associação entre a escolaridade e a autoeficácia em amamentar descrita na literatura1717 Carreiro JA, Francisco AA, Abrão ACFV, Marcacine KO, Abuchaim ESV, Coca KP. Dificuldades relacionadas ao aleitamento materno: análise de um serviço especializado em amamentação. Acta Paul Enferm. 2018;31(4):430-8. http://dx.doi.org/10.1590/1982-0194201800060.
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. O nível de escolaridade das puérperas facilita o aprendizado sobre amamentação durante as estratégias educativas que são oferecidas no pré-natal e período pós-parto, considerando, ainda, que mulheres com maior escolaridade podem ter mais acesso às informações sobre a amamentação.

Mulheres com renda familiar mais elevada apresentaram maiores chances de terem elevada autoeficácia em amamentar o (a) filho (a). Este resultado confirma estudo que identificou associação estatística significativa entre a renda familiar e os escores da BSES- SF1919 Lopes BB, Lopes AFC, Soares DG, Dodou HD, Castro RCMB, Oriá MOB. Avaliação da autoeficácia materna em amamentar no puerpério imediato. Rev Rene. 2017;18(6):818-24. http://dx.doi.org/10.15253/2175-6783.2017000600016.
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.

Evidenciou-se, também, associação positiva entre os escores da BSES-SF e o fato de ser primípara. Similarmente, estudo que avaliou o aleitamento materno aos 120 dias após o parto, identificou que ser primípara constituiu fator de proteção para a amamentação2020 Margotti E, Epifanio M. Exclusive maternal breastfeeding and the Breastfeeding Self- efficacy Scale. Rev Rene. 2014;15(5). http://dx.doi.org/10.15253/2175-6783.2014000500006.
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.

A autoeficácia interfere nos comportamentos de saúde dos indivíduos, pois a partir da crença que podem aderir a hábitos saudáveis, as pessoas se esforçam para alcançar esse objetivo99 Bandura A. Self-efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychol Rev. 1977;84(2):191-215. http://dx.doi.org/10.1037/0033-295X.84.2.191. PMid:847061.
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. No processo da amamentação, a mulher precisa se sentir segura e capaz de realizar tal prática com êxito. Para tanto, é necessário que essa mulher seja amparada e orientada durante o período gravídico puerperal.

Ao longo da pesquisa, as participantes mantiveram média e elevada autoeficácia em amamentar, não houve puérpera com baixa autoeficácia. Para reforçar esses achados, estudo de coorte realizado na Região Sudeste do Brasil com 83 mulheres evidenciou níveis de média e elevada autoeficácia em amamentar no decorrer do tempo (30, 60, 90, 120, 150, 180 e 210 dias)2121 Cruz NACV, Reducino LM, Probst LF, Guerra LM, Ambrosano GMB, Cortellazzi KL et a. Associação entre o tipo de aleitamento na alta hospitalar do recém-nascido e aos seis meses de vida. Cad Saude Colet. 2018;26(2):117-24. http://dx.doi.org/10.1590/1414-462x201800020349.
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.

Constatou-se aumento progressivo dos escores da escala de autoeficácia na relação entre a linha de base e os momentos subsequentes da pesquisa (M1, M2, M3), o que pode estar relacionado à experiência prévia em amamentar e à experiência vicária de observar outras pessoas na execução da prática. As experiências pessoais são fontes importantes para a expectativa de autoeficácia, no entanto, no âmbito da amamentação, esse aspecto ainda é contraditório, pois mães com experiência anterior podem não apresentar níveis elevados de autoeficácia1919 Lopes BB, Lopes AFC, Soares DG, Dodou HD, Castro RCMB, Oriá MOB. Avaliação da autoeficácia materna em amamentar no puerpério imediato. Rev Rene. 2017;18(6):818-24. http://dx.doi.org/10.15253/2175-6783.2017000600016.
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.

Apesar das participantes deste estudo terem mantido média e elevada autoeficácia em amamentar ao longo da pesquisa, não houve associação entre os escores da BSES-SF e o tipo de AM praticado pela mulher, uma vez que, ao longo do estudo, houve declínio progressivo nas taxas de AME. No início do estudo, 100% das mulheres praticavam o AME, esse número caiu para 67% no segundo mês, 37% no quarto mês e 17,9% aos seis meses. Essa constatação contraria resultados de outro estudo que identificou que níveis médios e alto de autoeficácia se mostraram fatores protetores para o AME2121 Cruz NACV, Reducino LM, Probst LF, Guerra LM, Ambrosano GMB, Cortellazzi KL et a. Associação entre o tipo de aleitamento na alta hospitalar do recém-nascido e aos seis meses de vida. Cad Saude Colet. 2018;26(2):117-24. http://dx.doi.org/10.1590/1414-462x201800020349.
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, e que mulheres com escores da BSES-SF basal acima de 50 foram mais propensas a estar amamentando exclusivamente aos seis meses (OR: 1,95; IC: 95%; 1,07-3,54)2222 De Roza JG, Fong MK, Ang BL, Sadon RB, Koh EYL, Teo SSH. Exclusive breastfeeding, breastfeeding self-efficacy and perception of milk supply among mothers in Singapore: a longitudinal study. Midwifery. 2019;79:102532. http://dx.doi.org/10.1016/j.midw.2019.102532. PMid:31526969.
http://dx.doi.org/10.1016/j.midw.2019.10...
.

Assim, infere-se que a manutenção do AME não depende apenas da confiança em amamentar, mas de outros fatores. Pesquisa que envolveu 55 crianças de zero a 18 meses, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, revelou associação positiva entre desmame e introdução da chupeta nos primeiros dias (RP 2,30 IC95% [1,02 a 4,91] p= 0,030), do contrário, receber orientação sobre aleitamento durante a gestação foi fator importante para prevenir o desmame precoce (RP 0,60 IC95% [0,37 a 0,94] p=0,032)2323 Bastian DP, Terrazzan AC. Tempo de aleitamento materno e os fatores de risco para o desmame precoce. Nutrire. 2015;40(3):278-86. http://dx.doi.org/10.4322/2316-7874.49914.
http://dx.doi.org/10.4322/2316-7874.4991...
. O retorno da mulher ao trabalho também é considerado aspecto importante para interrupção da exclusividade do AM2424 Baier MP, Toninato APC, Nonose ERS, Zilly A, Ferreira H, Silva RMM. Aleitamento materno até o sexto mês de vida em municípios da Rede Mãe Paranaense. Rev Enferm UERJ. 2020;28:e51623. http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.51623.
http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.5...
.

Destarte, é fundamental que os profissionais de saúde realizem intervenções, no intuito de favorecer os aspectos relacionados à autoeficácia em amamentar. Ensaio clínico desenvolvido com mães de Hong Kong que objetivou investigar a eficácia de um programa educacional sobre AM baseado na autoeficácia em amamentar comprovou aumento na taxa de amamentação exclusiva de 11,4% no grupo intervenção, quando comparado ao grupo controle, com 5,6%, reforçando a importância do uso de intervenções que ajudem na promoção do AM2525 Chan MY, Ip WY, Choi KC. The effect of a self-efficacy-based educational programme on maternal breast feeding self-efficacy, breast feeding duration and exclusive breast feeding rates: a longitudinal study. Midwifery. 2016;36:92-8. http://dx.doi.org/10.1016/j.midw.2016.03.003. PMid:27106949.
http://dx.doi.org/10.1016/j.midw.2016.03...
.

Em relação à duração do AM, aos 120 dias, 57,6% (38) mulheres permaneciam amamentando e, ao final da pesquisa, 180 dias, 42,4% (28) participantes continuavam amamentando os (as) filhos (as). A prevalência do AM identificada ao final de seis meses foi inferior ao predomínio de outros estudos realizados em diferentes regiões do Brasil, que apresentaram percentuais maiores aos 180 dias (74,3%, na Região Sul; 60,8%, na Região Nordeste)66 Amaral SA, Bielemann RM, Del-Ponte B, Valle NCJ, Costa CS, Oliveira MS et al. Intenção de amamentar, duração do aleitamento materno e motivos para o desmame: um estudo de coorte, Pelotas, RS, 2014. Epidemiol Serv Saude. 2020;29(1):e2019219. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742020000100024. PMid:32490940.
http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742020...
.

A maior descontinuidade do AM, a partir dos 120 dias, pode estar relacionada ao retorno ao trabalho, tendo em vista que parte considerável das participantes estudava e/ou exercia atividades laborais extradomiciliares. Estudo realizado com 280 puérperas avaliou os fatores relacionados à prática da amamentação até o sexto mês de vida da criança e identificou que o retorno ao trabalho foi apontado como a principal dificuldade para continuidade da amamentação2424 Baier MP, Toninato APC, Nonose ERS, Zilly A, Ferreira H, Silva RMM. Aleitamento materno até o sexto mês de vida em municípios da Rede Mãe Paranaense. Rev Enferm UERJ. 2020;28:e51623. http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.51623.
http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2020.5...
.

Diante desse cenário, afirma-se que as estratégias de promoção da saúde devem ser reforçadas, principalmente aos 60 e 120 dias pós-parto, visando garantir a manutenção do AME até os 180 dias recomendados. Estratégias educativas com álbum seriado2626 Dodt RCM, Joventino ES, Aquino OS, Almeida PC, Ximenes LB. Estudo experimental de uma intervenção educativa para promover a autoeficácia materna na amamentação. Rev Lat Am Enfermagem. 2015;23(4):725-32. http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.0295.2609. PMid:26444176.
http://dx.doi.org/10.1590/0104-1169.0295...
, telemonitoramento88 Chaves AFL, Ximenes LB, Rodrigues DP, Vasconcelos CTM, Monteiro JCS, Oriá MOB. Intervenção telefônica na promoção da autoeficácia, duração e exclusividade do aleitamento materno: estudo experimental randomizado controlado. Rev Lat Am Enfermagem. 2019;27:e3140. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.2777-3140. PMid:31038634.
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e sessão educativa grupal2727 Chaves AFL, Lima GP, Melo GM, Rocha RS, Vasconcelos HCA, Oriá MOB. Flipchart application for promoting maternal self-efficacy in breastfeeding. Rev Rene. 2015;16(3). http://dx.doi.org/10.15253/2175-6783.2015000300014.
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foram efetivas para elevar a autoeficácia materna em amamentar e a duração do AM.

Percebe-se a importância da utilização da BSES-SF por enfermeiros na prática clínica e outros profissionais de saúde, como instrumento para verificar as necessidades de saúde das mulheres no pré-natal e pós-parto, de modo a melhorar as investigações com relação à autoeficácia em amamentar e, desta forma, promover a prática do AM de forma efetiva2828 Uchoa JL, Rodrigues AP, Joventino ES, Almeida PC, Oriá MOB, Ximenes LB. Autoeficácia em amamentar de mulheres no pré-natal e no pós-parto: estudo longitudinal. Rev Enferm UFSM. 2016;6(1):10-20. http://dx.doi.org/10.5902/2179769217687.
http://dx.doi.org/10.5902/2179769217687...
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CONCLUSÃO E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA

As puérperas participantes apresentaram aumento progressivo dos escores da escala de autoeficácia, ao longo do tempo, mantendo níveis de média e elevada autoeficácia em amamentar. Evidenciou-se que a maioria das mães permanecia amamentando os (as) filhos (as) aos seis meses, com declínio progressivo do AME ao longo dos meses.

Percebeu-se que, mesmo sem intervenção, as mulheres elevaram a confiança em amamentar ao longo do tempo, suscitando o questionamento de que a experiência prévia pode ter interferido positivamente. O fato de a mulher apresentar elevada autoeficácia não foi suficiente para manter o AME por seis meses, sendo inquestionável a necessidade de implementação de iniciativas que permeiam a promoção do AME, durante o período gravídico-puerperal.

Portanto, cabe ao profissional enfermeiro a responsabilidade de desenvolver intervenções centradas na individualidade de cada mulher, para minimizar fatores que podem interferir negativamente na manutenção do AME.

As limitações desta pesquisa consistiram na coleta de dados em única instituição de saúde e amostra reduzida, devido às perdas pelo uso do contato telefônico. Assim, recomendam-se novos estudos, de modo a incluir outras instituições e amostra maior. A despeito dessas restrições, destaca-se que os achados deste estudo podem direcionar pesquisas de intervenção, bem como subsidiar a prática holística dos profissionais que apoiam a amamentação, com vistas à melhoria da qualidade do cuidado prestado.

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EDITOR CIENTÍFICO

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    22 Nov 2021
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    23 Jun 2021
  • Aceito
    11 Out 2021
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