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Perfil alimentar e inatividade física em mulheres universitárias na cidade de Brasília

Perfil alimentario y la inactividad física en mujeres universitarias de la ciudad de Brasilia

Resumo

Objetivo

Analisar a associação entre perfil alimentar, atividade física e estado nutricional entre mulheres universitárias.

Método

Estudo transversal com 1500 mulheres. O questionário abordava questões sobre a vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas. As associações foram analisadas pelo teste qui-quadrado e análise de correspondência múltipla.

Resultados

Das 1500 mulheres, 64,3% tinham entre 20 e 29 anos. Aquelas fisicamente ativas consumiram mais frutas (p<0,01), salada (p<0,01) e vegetais/verduras (p<0,01), enquanto as fisicamente inativas consumiram mais refrigerantes (p<0,01), carne com gordura visível (p=0,03) e leite com gordura (p=0,04). As mulheres fisicamente inativas também apresentaram maior prevalência de diabetes mellitus (p<0,01), colesterol elevado (p<0,01) e dislipidemia (p=0,04).

Conclusão e implicação para a prática

As universitárias apresentaram comportamentos de risco a sua saúde, onde o consumo de álcool, baixo consumo de alimentos saudáveis ​​e a alta prevalência de inatividade física contribuíram para o aumento dos fatores de risco para doenças crônicas. Ações preventivas com a participação de uma equipe multidisciplinar ajudará na melhora da saúde no ambiente acadêmico.

Palavras-chave:
Saúde da Mulher; Exercício Físico; Continuidade da Assistência ao Paciente; Consumo de Alimentos; Promoção da Saúde

Resumen

Objetivo

Analisar la asociación entre el perfil alimentario, la actividad física y el estado nutricional en mujeres universitarias.

Método

Estudio transversal con 1500 mujeres. El cuestionario abordó preguntas sobre la vigilancia de factores de riesgo y protección para las enfermedades crónicas. Las asociaciones se analizaron mediante la prueba de chi-cuadrado y análisis de correspondencia múltiple.

Resultados

De las 1500 mujeres, el 64,3% tenía entre 20 y 29 años. Las físicamente activas consumieron más frutas (p<0,01), ensalada (p<0,01) y verduras (p<0,01), mientras que las físicamente inactivas consumieron más refrescos (p<0,01), carne con grasa visible (p=0,03) y leche con grasa (p=0,04). Las mujeres físicamente inactivas también tenían una mayor prevalencia de diabetes mellitus (p<0,01), colesterol alto (p<0,01) y dislipidemia (p=0,04).

Conclusión e implicación para la práctica

Las estudiantes universitarias mostraron conductas de riesgo para su salud, donde el consumo de alcohol, el bajo consumo de alimentos saludables y la alta prevalencia de inactividad física contribuyeron al aumento de los factores de riesgo para las enfermedades crónicas. Las acciones preventivas con la participación de un equipo multidisciplinario ayudarán a mejorar la salud en el entorno académico.

Palabras claves:
Salud de la Mujer; Ejercicio Físico; Continuidad de la Atención al Paciente; Consumo de Alimentos; Promoción de la Salud

Abstract

Objective

To analyze the association between the food profile, physical activity and weight status among university women.

Method

This cross-sectional study, included 1.500 Brazilian women. We used a self-administered questionnaire. All questions were obtained from the surveillance of risk and protection factors for chronic diseases survey through telephone interviews. The association was analyzed using chi-square tests and multiple correspondence analysis.

Results

The sample included 1.500 college women, 64.3% aged 20-29 years. Physically active participants consumed more fruit (p<0.01), salad (p<0.01) and vegetables/greens (p<0.01), whereas physically inactive participants consumed more soft drinks (p<0.01), meat with visible fat (p=0.03) and full fat milk (p=0.04). Physically inactive women also had a higher prevalence of diabetes mellitus (p<0.01), high cholesterol (p<0.01) and dyslipidemia (p=0.04).

Conclusion and implication for practice

The students showed behaviors that put their health at risk, where alcohol consumption, low consumption of healthy foods and high prevalence of physical inactivity contributed to an increase in risk factors for chronic diseases. Preventive actions with the participation of a multidisciplinary team will help to improve health in the academic environment.

Keywords:
Women's Health; Exercise; Continuity of Patient Care; Food Consumption; Health Promotion

INTRODUÇÃO

A alimentação inadequada está entre os fatores de risco relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e à obesidade11 Malta DC, Andrade SSCA, Stopa SR, Pereira CA, Szwarcwald CL, Silva Júnior JB et al. Estilos de vida da população brasileira: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiol Serv Saude. 2015 jun;24(2):217-26. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742015000200004.
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. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013 mostrou a prevalência de sobrepeso, estimada em 56,9%, e obesidade, em 20,8%, no Brasil22 Malta DC, Bernal RT, de Souza MF, Szwarcwald CL, Lima MG, Barros MB. Social inequalities in the prevalence of self-reported chronic non-communicable diseases in Brazil: National Health Survey 2013. Int J Equity Health. 2016;15(1):153. http://dx.doi.org/10.1186/s12939-016-0427-4. PMid:27852264.
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,33 Malta DC, Felisbino-Mendes MS, Machado ÍE, Passos VMA, Abreu DMX, Ishitani LH et al. Fatores de risco relacionados à carga global de doença do Brasil e Unidades Federadas, 2015. Rev Bras Epidemiol. 2017;20(1, Suppl 1):217-32. http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201700050018. PMid:28658385.
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.

Estudos anteriores realizados com a população universitária mostraram uma diminuição no consumo de frutas, vegetais, cereais, leguminosas e peixes, juntamente com um aumento no consumo de carnes, doces, alguns salgadinhos e bebidas açucaradas, o que sugere uma diminuição na adesão à dieta mediterrânea tradicional na população adulta jovem44 Ortiz-Moncada R, Morales-Suárez-Varela M, Avecilla-Benítez Á, Norte Navarro A, Olmedo-Requena R, Amezcua-Prieto C et al. Factors associated with meat consumption in students of Spanish Universities: UnicHcos Project. Int J Environ Res Public Health. 2019;16(20):3924. http://dx.doi.org/10.3390/ijerph16203924.
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Com a transição nutricional, os preparos culinários feitos em casa e geralmente baseados em alimentos in natura e minimamente processados foram substituídos por produtos prontos e ultraprocessados, como pizzas, sanduíches e refrigerantes55 Popkin BM. Nutrition transition and the global diabetes epidemic. Curr Diab Rep. 2015;15(9):64. http://dx.doi.org/10.1007/s11892-015-0631-4. PMid:26209940.
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. A oferta reduzida de alimentos frescos e a distribuição global das redes de supermercados padronizou o consumo de alimentos no mundo55 Popkin BM. Nutrition transition and the global diabetes epidemic. Curr Diab Rep. 2015;15(9):64. http://dx.doi.org/10.1007/s11892-015-0631-4. PMid:26209940.
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. Dentre os efeitos sobre a dieta, destacamos: aumento da ingestão de carboidratos refinados, óleos comestíveis, bebidas açucaradas e alimentos de origem animal, além da redução do consumo de leguminosas, frutas e vegetais66 Costa Louzada ML, Martins AP, Canella DS, Baraldi LG, Levy RB, Claro RM et al. Ultra-processed foods and the nutritional dietary profile in Brazil. Rev Saude Publica. 2015;49:38. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049006211. PMid:26176747.
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O período de tempo entre o final da adolescência e o início da idade adulta é um momento importante para o estabelecimento de padrões de comportamento de longo prazo44 Ortiz-Moncada R, Morales-Suárez-Varela M, Avecilla-Benítez Á, Norte Navarro A, Olmedo-Requena R, Amezcua-Prieto C et al. Factors associated with meat consumption in students of Spanish Universities: UnicHcos Project. Int J Environ Res Public Health. 2019;16(20):3924. http://dx.doi.org/10.3390/ijerph16203924.
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. Mudanças no ambiente doméstico e escolar / trabalho, nas influências sociais, nas circunstâncias financeiras e no estabelecimento de relações de parceria também são comuns77 Winpenny EM, Penney TL, Corder K, White M, Van Sluijs EMF. Change in diet in the period from adolescence to early adulthood: a systematic scoping review of longitudinal studies. Int J Behav Nutr Phys Act. 2017;14(1):60. http://dx.doi.org/10.1186/s12966-017-0518-7. PMid:28472992.
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. Muitos desses fatores se mostraram associados à dieta e aos comportamentos alimentares nessa faixa etária88 Corder K, Winpenny E, Love R, Brown HE, White M, Sluijs E. Change in physical activity from adolescence to early adulthood: a systematic review and meta-analysis of longitudinal cohort studies. Br J Sports Med. 2017;53(8):496-503. http://dx.doi.org/10.1136/bjsports-2016-097330. PMid:28739834.
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A universidade constitui um ambiente importante na configuração da realidade de vida dos universitários. Vários hábitos adquiridos ao longo dos anos estudados nas universidades continuam a ser incorporados ao cotidiano dos alunos, mesmo após a saída desse ambiente99 Castro JBP, Carvalho MCVS, Ferreira FR, Prado SD. “Do as I say but do not do as I do!”: décalage as a tool for understanding body and food practices. Rev Nutr. 2015 fev;28(1):99-108. http://dx.doi.org/10.1590/1415-52732015000100009.
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A relação entre atividade física (AF) e alimentação balanceada com a saúde demonstra que a combinação desses fatores atua diretamente na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), na promoção da saúde e na melhor capacidade para realizar as atividades da vida diária1010 Couto DAC, Martin DRS, Molina GE, Fontana KE, Junqueira Jr LF, Porto LGG. Nível insuficiente de atividade física se associa a menor qualidade de vida e ao estudo noturno em universitários do Distrito Federal. Rev Bras Ciênc Esporte. 2019 jul;41(3):322-30. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.04.017.
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. A atividade física, neste campo do conhecimento, é acompanhada de recomendações e protocolos sobre como prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida, buscando mitigar e combater os efeitos deletérios do tempo e estressores no organismo humano88 Corder K, Winpenny E, Love R, Brown HE, White M, Sluijs E. Change in physical activity from adolescence to early adulthood: a systematic review and meta-analysis of longitudinal cohort studies. Br J Sports Med. 2017;53(8):496-503. http://dx.doi.org/10.1136/bjsports-2016-097330. PMid:28739834.
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9 Castro JBP, Carvalho MCVS, Ferreira FR, Prado SD. “Do as I say but do not do as I do!”: décalage as a tool for understanding body and food practices. Rev Nutr. 2015 fev;28(1):99-108. http://dx.doi.org/10.1590/1415-52732015000100009.
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-1010 Couto DAC, Martin DRS, Molina GE, Fontana KE, Junqueira Jr LF, Porto LGG. Nível insuficiente de atividade física se associa a menor qualidade de vida e ao estudo noturno em universitários do Distrito Federal. Rev Bras Ciênc Esporte. 2019 jul;41(3):322-30. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.04.017.
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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2015, do total de 56 milhões de mortes, pode-se notar que 45% foram relacionadas a doenças cardiovasculares, 22% a neoplasias, 10% a doenças respiratórias crônicas e 4% a diabetes1111 Word Health Organization. World health statistics 2017: monitoring health for the SDGs, Sustainable Development Goals [Internet]. Geneva: WHO; 2017 [citado 2019 maio 15]. Disponível em: https://www.who.int/gho/publications/world_health_statistics/2017/en/
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. Ainda de acordo com estimativas da OMS, cerca de 42% das mortes anuais por doenças crônicas são prematuras, ou seja, antes dos 70 anos1111 Word Health Organization. World health statistics 2017: monitoring health for the SDGs, Sustainable Development Goals [Internet]. Geneva: WHO; 2017 [citado 2019 maio 15]. Disponível em: https://www.who.int/gho/publications/world_health_statistics/2017/en/
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,1212 Enes CC, Nucci LB. Gender and schooling inequalities in risk and protective factors for chronic diseases among Brazilian adults. J Public Health (Oxf). 2017;40(3):e211-8. http://dx.doi.org/10.1093/pubmed/fdx183. PMid:29300982.
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Sabe-se que dois terços das mortes de mulheres estão relacionadas a causas crônicas e a violência1212 Enes CC, Nucci LB. Gender and schooling inequalities in risk and protective factors for chronic diseases among Brazilian adults. J Public Health (Oxf). 2017;40(3):e211-8. http://dx.doi.org/10.1093/pubmed/fdx183. PMid:29300982.
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,1313 Ministério da Saude (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças e Agravos não transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, Vigitel 2018. Brasília: Ministério da Saúde; 2019.. Além disso, o número absoluto de mortes de mulheres por DCNT, em 2012, totalizou cerca de 16,2 milhões, sendo bastante semelhante ao dos homens, um número alarmante, uma vez que as DCNT eram consideradas doenças masculinas1212 Enes CC, Nucci LB. Gender and schooling inequalities in risk and protective factors for chronic diseases among Brazilian adults. J Public Health (Oxf). 2017;40(3):e211-8. http://dx.doi.org/10.1093/pubmed/fdx183. PMid:29300982.
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. Ainda em estudos realizados em 2012, a estimativa de óbitos de mulheres por doenças crônicas foi de 18,1 milhões, sendo 8,8 milhões relacionadas a causas cardiovasculares1414 Peters SAE, Woodward M, Jha V, Kennedy S, Norton R. Women’s health: a new global agenda. BMJ Glob Health. 2016;1(3):e000080. http://dx.doi.org/10.1136/bmjgh-2016-000080. PMid:28588958.
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,1515 Marinho F, de Azeredo Passos VM, Carvalho Malta D, Barboza França E, Abreu DMX, Araújo VEM et al, Burden of disease in Brazil, 1990–2016: a systematic subnational analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet. 2018;392(10149):760-75. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(18)31221-2. PMid:30037735.
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Nesse sentido, o binômio alimentação-atividade física é apenas mais um entre outros fatores que compõem o bem-estar, qualidade de vida, longevidade, estilo de vida e outros aspectos de um conceito maior denominado saúde.1515 Marinho F, de Azeredo Passos VM, Carvalho Malta D, Barboza França E, Abreu DMX, Araújo VEM et al, Burden of disease in Brazil, 1990–2016: a systematic subnational analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. Lancet. 2018;392(10149):760-75. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(18)31221-2. PMid:30037735.
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Autoimagem, relacionamentos, controle do estresse, finanças, adoção de comportamento preventivo e sono restaurador são fatores biológicos, sociais, econômicos e culturais que também influenciam a saúde55 Popkin BM. Nutrition transition and the global diabetes epidemic. Curr Diab Rep. 2015;15(9):64. http://dx.doi.org/10.1007/s11892-015-0631-4. PMid:26209940.
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Acredita-se que, para garantir a supervisão da saúde da mulher de forma mais ampla, é importante monitorar os indicadores que avaliam os fatores de risco1616 Silva GA, Malta DC, Moura L, Rosa RS. Surveillance of chronic non-communicable diseases: public health priority in the 21st century. Rio de Janeiro: CEPESC/IMS/UERJ; 2017., e devem ser monitorados, pois servem como parâmetro para avaliar o perfil de morbimortalidade associado às DCNT1717 Patrão AL, Almeida MC, Alvim S, Chor D, Aquino EML. Health behavior-related indicator of lifestyle: application in the ELSA-Brasil study. Glob Health Promot. 2019;26(4):62-9. http://dx.doi.org/10.1177/1757975918763148. PMid:29749297.
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, bem como, pode contribuir para o aparecimento de doenças que precedem as DCNT, denominadas fatores de risco intermediários ou metabólicos1818 Ribeiro AL, Duncan BB, Brant LC, Lotufo PA, Mill JG, Barreto SM. Cardiovascular Health in Brazil: trends and perspectives. Circulation. 2016;133(4):422-33. http://dx.doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.114.008727. PMid:26811272.
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A faculdade é um momento crítico em que os alunos enfrentam uma série de desafios, incluindo mudanças nos ambientes sociais e construídos, desenvolvimento de novas redes sociais, maior autonomia comportamental e adaptação a novos horários1919 Rodríguez-Muñoz PM, Carmona-Torres JM, Rodríguez-Borrego MA. Influência do consumo de tabaco e álcool, de hábitos alimentares e atividade física em estudantes de enfermagem. Rev Lat Am Enfermagem. 2020 fev 3;28:e3230. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.3198.3230. PMid:32022150.
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. Durante esse período da vida, os alunos universitários são mais propensos a se envolver em comportamentos de risco para a saúde conhecidos por afetar negativamente o bem-estar, como sedentarismo, estresse e hábitos alimentares inadequados1919 Rodríguez-Muñoz PM, Carmona-Torres JM, Rodríguez-Borrego MA. Influência do consumo de tabaco e álcool, de hábitos alimentares e atividade física em estudantes de enfermagem. Rev Lat Am Enfermagem. 2020 fev 3;28:e3230. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.3198.3230. PMid:32022150.
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Os comportamentos saudáveis desempenham um papel importante no bem-estar; onde o exercício foi observado como tendo benefícios psicológicos e físicos, e o desempenho acadêmico foi relacionado positivamente aos hábitos da prática de exercício2020 Almutairi KM, Alonazi WB, Vinluan JM, Almigbal TH, Batais MA, Alodhayani AA et al. Health promoting lifestyle of university students in Saudi Arabia: a cross-sectional assessment. BMC Public Health. 2018;18(1):1093. http://dx.doi.org/10.1186/s12889-018-5999-z. PMid:30185167.
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. Portanto, investigar a saúde dos alunos é vital para o desenvolvimento de intervenções de promoção da saúde destinadas a melhorar sua qualidade de vida. O fato de alunos dos cursos da saúde serem expostos a currículos nos quais são ensinados a manter a saúde, acreditaria que os alunos das áreas da saúde apresentariam um nível mais alto de adesão a estilos de vida saudáveis do que aqueles alunos não relacionados à saúde.

Portanto, o presente estudo teve como objetivo analisar a associação entre perfil alimentar, atividade física e estado nutricional entre mulheres universitárias.

MÉTODOS

Estudo transversal, sendo realizado com estudantes de graduação na área da saúde (Enfermagem, Educação Física e Farmácia) de uma instituição privada de Brasília, Brasil.

Amostra por conveniência composta por 1.500 alunos de graduação (maiores de 18 anos) matriculados no programa durante o ano letivo de 2018. Uma segunda tentativa de inclusão dos alunos que perderam o primeiro dia de coleta de dados foi feita em outro dia. Se a aluna perdesse as duas oportunidades, ela não seria incluída no estudo.

A população do estudo foi composta por alunos do primeiro ao oitavo semestre que se encontravam em sala de aula no dia da coleta de dados. O instrumento foi aplicado no intervalo entre as aulas, em uma sala de aula com capacidade para 60 alunos.

Antes de distribuir o questionário e o termo de consentimento livre e esclarecido, os pesquisadores se apresentaram e explicaram os objetivos e métodos do estudo ao professor responsável por aquela turma. Em seguida, os pesquisadores apresentaram o projeto de estudo aos alunos e os convidaram a participar. Foi obtido o consentimento de cada participante, bem como a aprovação do Comitê de Ética do Centro Universitário do Distrito Federal (protocolo número 1.794.275).

Utilizou-se um questionário autoaplicável sobre hábitos de vida relacionados à saúde. Todas as perguntas foram obtidas a partir do inquérito de vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por meio de entrevistas telefônicas (VIGITEL)1313 Ministério da Saude (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças e Agravos não transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, Vigitel 2018. Brasília: Ministério da Saúde; 2019.. O questionário monitora os principais fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) entre adultos maiores de 18 anos e é aplicado de forma anual e contínua em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal1313 Ministério da Saude (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças e Agravos não transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, Vigitel 2018. Brasília: Ministério da Saúde; 2019..

As seguintes variáveis demográficas foram incluídas no estudo: idade; nível socioeconômico (com base no questionário da ABEP - Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa)2121 Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério de classificação econômica, Brasil [Internet]. São Paulo: ABEP; 2016 [citado 2019 maio 10]. Disponível em: http://www.abep.org/criterio-brasil
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; consumo de álcool (consumo elevado foi definido como consumo de quatro ou mais doses em uma mesma ocasião); tabagismo (sim / não); e autopercepção de saúde (excelente, muito boa, boa, regular ou ruim).

O consumo alimentar foi avaliado por meio de marcadores de dieta saudável e não saudável de acordo com a nomenclatura utilizada no VIGITEL1313 Ministério da Saude (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças e Agravos não transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, Vigitel 2018. Brasília: Ministério da Saúde; 2019.. Consumo regular de frutas e vegetais (5 ou mais dias / semana), consumo recomendado de frutas e vegetais (consumo de 5 porções em pelo menos 5 dias / semana) e o consumo regular de feijão (5 ou mais dias / semana) são considerados marcadores de dieta saudável.

Os marcadores de dieta não saudável incluíram o consumo de carne com excesso de gordura (carne vermelha com gordura visível e frango com pele); consumo de leite com gordura; consumo regular de refrigerante ou/suco artificial (5 ou mais dias / semana).

O estado nutricional foi avaliado pelo cálculo do índice de massa corporal (IMC) [peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros]. Peso e altura autorreferidos, bem como pontos de corte foram utilizados no cálculo. Os participantes foram classificados como: baixo peso (<18,5), peso normal (18,5-24,9), sobrepeso (25-29,9), obeso (≥30)2222 World Health Organization. Global recommendations on physical activity for health [Internet]. Geneva: WHO; 2010 [citado 2019 maio 10]. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/44399/9789241599979_eng.pdf?sequence=1
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O uso de medidas autorreferidas é um instrumento fácil e de baixo custo, e tem sido utilizado em diversos inquéritos de saúde nacionais (VIGITEL1313 Ministério da Saude (BR). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças e Agravos não transmissíveis e Promoção da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, Vigitel 2018. Brasília: Ministério da Saúde; 2019., por exemplo) e internacionais para avaliação do estado nutricional de populações2323 de Munter JS, Tynelius P, Magnusson C, Rasmussen F. Longitudinal analysis of lifestyle habits in relation to body mass index, onset of overweight and obesity: results from a large population-based cohort in Sweden. Scand J Public Health. 2015;43(3):236-45. http://dx.doi.org/10.1177/1403494815569865. PMid:25740615.
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,2424 Twells LK, Gregory DM, Reddigan J, Midodzi WK. Current and predicted prevalence of obesity in Canada: a trend analysis. CMAJ Open. 2014;2(1):E18-26. http://dx.doi.org/10.9778/cmajo.20130016. PMid:25077121.
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. Essas informações podem ser obtidas por meio de entrevistas pessoais ou por telefone e por meio de questionários autoaplicáveis enviados por correio2525 Peixoto MR, Benicio MH, Jardim PC. Validade do peso e da altura auto-referidos: o estudo de Goiânia. Rev Saude Publica. 2006;40(6):1065-72. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102006000700015. PMid:17173164.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102006...
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O nível de atividade física foi classificado como inativo (menos de 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana ou menos de 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa por semana acumulada no trabalho, casa, transporte ou domínios discricionários) ou ativo (150 ou mais minutos de atividade física de intensidade moderada por semana). A OMS2626 World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic [Internet]. Geneva: WHO; 2000 [citado 2019 jun 25]. Disponível em: https://www.who.int/nutrition/publications/obesity/WHO_TRS_894/en/
https://www.who.int/nutrition/publicatio...
recomendou que adultos de 18 a 64 anos realizassem pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana.

Os dados são apresentados como frequências absolutas e relativas e exibidos com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. A associação entre atividade física, estado nutricional e comportamentos alimentares foi analisada por meio de testes do qui-quadrado. A associação entre o peso corporal e as demais variáveis foi analisada por meio do teste do qui-quadrado.

Uma análise de correspondência múltipla foi conduzida para testar a relação conjunta entre estado nutricional, atividade física e comportamentos alimentares. O tamanho da amostra foi calculado com base na prevalência de consumo insuficiente de frutas (81,2%), considerando uma população finita de tamanho 1000000, um erro absoluto de 5pp e um coeficiente de confiança de 99,99%, gerando um n = 924. Consideramos 60% como uma alta taxa de perda de resposta (924 x 1,6 = 1478).

Todas as análises estatísticas foram realizadas no software SAS, versão 9.2, enquanto a análise de correspondência foi realizada no SPSS, versão 21. O nível de significância foi 5%.

RESULTADOS

A maioria das mulheres tinha entre 20-29 anos (64,3%), autopercepção de saúde - boa (44,9%), fazia uso de álcool (65,7%), sobrepeso (33,8%) e não atingiram 150 minutos ou mais de AF por semana (48,4%) (Tabela 1).

Tabela 1
Descrição da amostra de acordo com as características dos estudantes. Brasília, Brasil, 2018 (n=1.500).

A Tabela 2 mostra a prevalência estimada de comportamentos de proteção e risco para DCNT em mulheres.

Tabela 2
Prevalence de fatores de risco e proteção para DCNT em mulheres universitárias. Brasília, Brasil, 2018 (n=1.500).

A Tabela 3 mostra a associação entre AF e comportamentos de risco à saúde. Participantes fisicamente ativos consumiram mais frutas (p <0,01), salada (p <0,01) e vegetais/verduras (p <0,01), enquanto participantes fisicamente inativos consumiram mais refrigerantes (p <0,01), carne com gordura visível (p = 0,03) e leite com gordura (p = 0,04). As mulheres fisicamente inativas também apresentaram maior prevalência de diabetes mellitus (p <0,01), colesterol elevado (p <0,01) e dislipidemia (p = 0,04)

Table 3
Associação entre atividade física e fatores de estilo de vida relacionados entre mulheres universitárias. Brasília, Brasil, 2018 (n = 1.500).

A Tabela 4 mostra a associação entre o estado nutricional e o consumo de frutas (p <0,01), saladas (p <0,01), verduras (p <0,01), feijão (p <0,01), refrigerantes (p = 0,04) e carnes com gordura (p = 0,01).

Tabela 4
- Associação entre estado nutricional, comportamentos alimentares e fatores de estilo de vida relacionados. Brasília, Brasil, 2018 (n = 1.500).

A Figura 1 mostra a relação conjunta entre dieta, estado nutricional e AF, avaliada por análise de correspondência múltipla. A proximidade dos pontos referentes à linha e à coluna indicam associação e a distância não associação. O gráfico indica que participantes com peso normal consumiram carne com gordura visível, leite integral e refrigerantes, enquanto participantes obesos não consumiram leite integral, carne com gordura visível, feijão e refrigerantes. A proximidade dos dados no gráfico indica uma associação das variáveis, portanto, fica claro que: indivíduos fisicamente ativos (150 min ou mais / semana) tendiam a consumir regularmente vegetais / verduras, frutas e salada, enquanto seus aqueles fisicamente inativos não consumiam esses alimentos regularmente.

Figura 1
Relação entre comportamentos alimentares, estado nutricional e atividade física de mulheres universitárias. Brasília, Brasil, 2018 (n=1.500).

O gráfico representa duas dimensões gerando quatro quadrantes. As duas dimensões, juntas, separam as características situadas no quadrante superior esquerdo das do quadrante inferior direito e as do quadrante superior direito das do quadrante inferior esquerdo, caracterizando grupos com perfis extremamente opostos. O método não estabelece a significância estatística das associações nem avalia o efeito independente de cada característica; no entanto, combina as vantagens dos métodos não lineares e multidimensionais.

DISCUSSÃO

O estilo de vida é um elemento determinante da promoção da saúde. Existem fatores no estilo de vida que podem afetar negativamente a saúde, sobre os quais se pode ter o controle, como fumo, álcool e estresse. No entanto, existem fatores positivos, como alimentação, atividade física e comportamento preventivo, que, se bem administrados, contribuem para a prevenção e controle de diversas doenças2727 Ezzati M. Excess weight and multimorbidity: putting people’s health experience in risk factor epidemiology. Lancet Public Health. 2017;2(6):e252-3. http://dx.doi.org/10.1016/S2468-2667(17)30093-2. PMid:29253362.
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. Na atenção à saúde da mulher, saber o grau de importância atribuído a esses fatores pode ser útil no planejamento de ações de saúde que incentivem a adoção de estilos de vida saudáveis, com maior foco nas medidas de saúde menos priorizadas pela população2727 Ezzati M. Excess weight and multimorbidity: putting people’s health experience in risk factor epidemiology. Lancet Public Health. 2017;2(6):e252-3. http://dx.doi.org/10.1016/S2468-2667(17)30093-2. PMid:29253362.
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Nosso estudo mostrou uma prevalência de consumo de álcool e tabaco entre universitários de 65,7% e 23,2%, respectivamente. Este é um resultado bastante preocupante, uma vez que o uso de álcool e tabaco está associado a diversos distúrbios de comportamento e problemas de saúde.

Estudos mostram que o percentual de fumantes entre os universitários brasileiros varia de 8,1% a 17,8%. A região Sul do país se destaca como a maior produtora de tabaco no Brasil2828 Malta DC, Silva MMAD, Moura L, Morais OL. The implantation of the Surveillance System for Non-communicable Diseases in Brazil, 2003 to 2015: successes and challenges. Rev Bras Epidemiol. 2017 out-dez;20(4):661-75. http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201700040009. PMid:29267751.
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.

A percentagem de fumantes neste estudo (23,2%) é inferior à obtida com outros estudantes da Universidade de Valência (24,8%)2929 Caamaño Navarrete F, Alarcón Hormazábal M, Delgado Floody P. Niveles de obesidad, perfil metabólico, consumo de tabaco y presión arterial en jóvenes sedentarios. Nutr Hosp. 2015 nov 1;32(5):2000-6. http://dx.doi.org/10.3305/nh.2015.32.5.9619. PMid:26545653.
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, Universidade de Barcelona (23,4%)3030 Martínez C, Méndez C, Sánchez M, Martínez-Sánchez JM. Attitudes of students of a health sciences university towards the extension of smoke-free policies at the university campuses of Barcelona (Spain). Gac Sanit. 2017;31(2):132-8. http://dx.doi.org/10.1016/j.gaceta.2016.08.009. PMid:28341291.
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e Universidade de León (29,3%)3131 Pedrelli P, Borsari B, Lipson SK, Heinze JE, Eisenberg D. Gender differences in the relationships among major depressive disorder, heavy alcohol use, and mental health treatment engagement among college students. J Stud Alcohol Drugs. 2016;77(4):620-8. http://dx.doi.org/10.15288/jsad.2016.77.620. PMid:27340967.
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Os jovens brasileiros cultivaram o hábito de se embebedar. No Brasil, estudos epidemiológicos mostram que o consumo de álcool é maior entre os universitários do que entre os do ensino médio3232 Pinheiro MA, Torres LF, Bezerra MS, Cavalcante RC, Alencar RD, Donato AC et al. Prevalência e fatores associados ao consumo de álcool e tabaco entre estudantes de Medicina no Nordeste do Brasil. Rev Bras Educ Med. 2017 jun;41(2):231-9. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v41n2rb20160033.
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. Isso pode ser justificado pelo maior incentivo social ao consumo de álcool entre as faixas etárias mais jovens, associado às inúmeras estratégias de marketing voltadas para esse público específico3232 Pinheiro MA, Torres LF, Bezerra MS, Cavalcante RC, Alencar RD, Donato AC et al. Prevalência e fatores associados ao consumo de álcool e tabaco entre estudantes de Medicina no Nordeste do Brasil. Rev Bras Educ Med. 2017 jun;41(2):231-9. http://dx.doi.org/10.1590/1981-52712015v41n2rb20160033.
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O Relatório da Situação Global sobre Álcool e Saúde estimou que na população acima de 15 anos a prevalência de dependência de álcool era cerca de 2,6% no mundo e 4,1% nas Américas3333 World Health Organization. Global status report on alcohol and health 2018 [Internet]. Geneva: WHO; 2018 [citado 2019 maio 20]. Disponível em: https://www.who.int/substance_abuse/publications/global_alcohol_report/en/
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Nos Estados Unidos, a Pesquisa de Comportamento de Risco Juvenil de 2017 relatou que 29,8% dos alunos participantes haviam consumido álcool nos últimos 30 dias3434 Kann L, McManus T, Harris WA, Shanklin SL, Flint KH, Queen B et al. Youth risk behavior Surveillance—United States, 2017. MMWR Surveill Summ. 2018;67(8):1-114. http://dx.doi.org/10.15585/mmwr.ss6708a1. PMid:29902162.
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. Na Europa, a prevalência do uso de álcool entre estudantes universitários foi relatada da seguinte forma: 46,2% (homens) e 28,1% (mulheres) na Bulgária, 41,1% (homens) e 18,1% (mulheres) na Alemanha e 20,1% (homens) e 10% (mulheres) na Polônia, respectivamente3535 Mikolajczyk RT, Sebena R, Warich J, Naydenova V, Dudziak U, Orosova O. Alcohol drinking in university students matters for their self-rated health status: a cross-sectional study in three European countries. Front Public Health. 2016;4:210. http://dx.doi.org/10.3389/fpubh.2016.00210. PMid:27730122.
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. No Japão, aproximadamente 56,8% e 47,8% de estudantes universitários do sexo masculino e feminino eram consumidores compulsivos de álcool3636 Yoshimoto H, Takayashiki A, Goto R, Saito G, Kawaida K, Hieda R et al. Association between excessive alcohol use and alcohol-related injuries in college students: a multi-center cross-sectional study in Japan. Tohoku J Exp Med. 2017;242(2):157-63. http://dx.doi.org/10.1620/tjem.242.157. PMid:28637993.
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Estudo realizado em mais de 100 cidades brasileiras com mais de 200.000 habitantes mostrou que o consumo de álcool é muito alto na faixa etária de 18 a 24 anos e 15,5% dessa população afirmou ser dependente do álcool3737 Souza J, Ornella KP, Almeida LY, Domingos SGA, Andrade LS, Zanetti ACG. Drug use and knowledge of its consequences among nursing students. Texto Contexto Enferm. 2018;27(2):2-10. http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720180005540016.
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O consumo de álcool é responsável por 5,9% das mortes globais anuais, uma proporção significativa das quais ocorre entre os jovens3838 Jiang H, Xiang X, Hao W, Room R, Zhang X, Wang X. Measuring and preventing alcohol use and related harm among young people in Asian countries: a thematic review. Glob Health Res Policy. 2018;3(1):14. http://dx.doi.org/10.1186/s41256-018-0070-2. PMid:29761160.
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. Estudos anteriores relataram que o consumo de álcool pode causar baixo desempenho acadêmico, lesões, brigas, uso de substâncias e comportamentos sexuais de risco entre os jovens3838 Jiang H, Xiang X, Hao W, Room R, Zhang X, Wang X. Measuring and preventing alcohol use and related harm among young people in Asian countries: a thematic review. Glob Health Res Policy. 2018;3(1):14. http://dx.doi.org/10.1186/s41256-018-0070-2. PMid:29761160.
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,3939 So ES, Park BM. Health behaviors and academic performance among Korean adolescents. Asian Nurs Res (Korean Soc Nurs Sci). 2016;10(2):123-7. http://dx.doi.org/10.1016/j.anr.2016.01.004. PMid:27349669.
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A Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 descreveu os hábitos alimentares da população brasileira: a frequência do consumo regular de feijão foi de 71,9%4040 Jaime PC, Stopa SR, Oliveira TP, Vieira ML, Szwarcwald CL, Malta DC. Prevalência e distribuição sociodemográfica de marcadores de alimentação saudável, Pesquisa Nacional de Saúde, Brasil 2013. Epidemiol Serv Saude. 2015;24(2):267-76. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742015000200009.
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; 37,3% da população atendeu ao consumo recomendado de frutas e hortaliças; o consumo de carne ou frango com excesso de gordura foi de 37,2%; o consumo regular de refrigerantes ou sucos industrializados foi de 23,4%4141 Claro RM, Santos MAS, Oliveira TP, Pereira CA, Szwarcwald CL, Malta DC. Consumo de alimentos não saudáveis relacionados a doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiol Serv Saude. 2015;24(2):257-65. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742015000200008.
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Outro importante comportamento de risco à saúde é o baixo nível de atividade física entre os alunos, sendo que as mulheres apresentaram níveis ainda mais baixos. Em um estudo realizado com estudantes de uma Universidade do Estado de São Paulo, as mulheres eram mais sedentárias do que os homens, e 17,4% delas eram inativas4242 Ferrari TK, Cesar CLG, Alves MCGP, Barros MBA, Goldbaum M, Fisberg RM. Estilo de vida saudável em São Paulo, Brasil. Cad Saude Publica. 2017;33(1):e00188015. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00188015. PMid:28125129.
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A predominância de indivíduos da classe C neste estudo também pode ter contribuído para o aumento da prevalência de inatividade física entre os estudantes. Em um estudo que avaliou a associação entre inatividade física e nível socioeconômico, as maiores prevalências de inatividade física também foram encontradas em pessoas das classes C e D.1010 Couto DAC, Martin DRS, Molina GE, Fontana KE, Junqueira Jr LF, Porto LGG. Nível insuficiente de atividade física se associa a menor qualidade de vida e ao estudo noturno em universitários do Distrito Federal. Rev Bras Ciênc Esporte. 2019 jul;41(3):322-30. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.04.017.
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Uma possível explicação para esse comportamento é a falta de tempo, uma vez que o tipo de trabalho nessas classes sociais são exigentes e ocupam muito tempo, sendo que a falta de locais públicos adequados para a prática de atividade física também pode contribuir para essa alta prevalência4242 Ferrari TK, Cesar CLG, Alves MCGP, Barros MBA, Goldbaum M, Fisberg RM. Estilo de vida saudável em São Paulo, Brasil. Cad Saude Publica. 2017;33(1):e00188015. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00188015. PMid:28125129.
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,4343 Arruda GO, Marcon SS. Behaviour of health hazards of men of Southern Brazil. Texto Contexto Enferm. 2018;27(2):e2640014. http://dx.doi.org/10.1590/0104-070720180002640014.
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A prevalência de inatividade física entre os jovens universitários parece ser resultado de diversos fatores, entre eles o atual mercado de trabalho altamente competitivo que demanda profissionais cada vez mais qualificados e a consequente busca por atividades que possibilitem o ingresso nesse mercado à medida que o curso avança4444 Peleias M, Tempski P, Paro HBMS, Perotta B, Mayer FB, Enns SC et al. Leisure time physical activity and quality of life in medical students: results from a multicentre study. BMJ Open Sport Exerc Med. 2017;3(1):e000213. http://dx.doi.org/10.1136/bmjsem-2016-000213. PMid:28761706.
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Assim, os alunos da área de saúde se envolvem cada vez mais em atividades acadêmicas e extracurriculares, o que pode limitar o tempo gasto em atividades físicas4545 Lourenço C, Sousa T, Fonseca S, Virtuoso J Jr, Barbosa A. Comportamento sedentário em estudantes universitários. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2016;21(1):67-77. http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.21n1p67-77.
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. À medida que o curso avança, eles se concentram em atividades em áreas mais qualificadas, como estágios em hospitais, e negligenciam a atividade física, um fator essencial na prevenir doenças e manter-se saudável4545 Lourenço C, Sousa T, Fonseca S, Virtuoso J Jr, Barbosa A. Comportamento sedentário em estudantes universitários. Rev Bras Ativ Fis Saúde. 2016;21(1):67-77. http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.21n1p67-77.
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Além disso, um estudo Canadense realizado com cerca de 3.000 mulheres encontrou a influência do meio ambiente associada à inatividade física. Mulheres que moravam em locais com mais comércio apresentaram maior probabilidade de serem ativas, bem como uma melhor percepção de segurança geral. Em contraste, as mulheres que moravam em locais próximos a empresas alimentícias tinham uma chance maior de inatividade física4646 Prince SA, Kristjansson EA, Russell K, Billette JM, Sawada M, Ali A et al. A multilevel analysis of neighbourhood built and social environments and adult self-reported physical activity and body mass index in Ottawa, Canada. Int J Environ Res Public Health. 2011;8(10):3953-78. http://dx.doi.org/10.3390/ijerph8103953. PMid:22073022.
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Uma alimentação inadequada, rica em gorduras, pobre em frutas e vegetais, e o sedentarismo estão associados ao aparecimento de diversas doenças crônicas como hipercolesterolemia, hipertensão, diabetes mellitus e câncer e a realidade atual aponta para um cenário preocupante no ambiente universitário mundial, onde as mulheres têm uma alta prevalência de fatores de risco comportamentais4747 Audi CAF, Santiago SM, Andrade MGG, Francisco PMSB. Fatores de risco para doenças cardiovasculares em servidores de instituição prisional: estudo transversal. Epidemiol Serv Saude. 2016;25(2):301-10. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742016000200009. PMid:27869948.
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Um estudo realizado na Europa também mostrou alta prevalência de acúmulo de fatores de risco em adultos que vivem na Bélgica. Os autores concluíram que os fatores estavam associados a uma maior prevalência de problemas de saúde física e mental, especialmente entre as mulheres4848 Linardakis M, Papadaki A, Smpokos E, Micheli K, Vozikaki M, Philalithis A. Association of behavioral risk factors for chronic diseases with physical and mental health in european adults aged 50 years or older, 2004-2005. Prev Chronic Dis. 2015;12:E149. http://dx.doi.org/10.5888/pcd12.150134. PMid:26378895.
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Um estudo de 10 anos monitorou indicadores de saúde e qualidade de vida de 1.232 universitários na Bahia, Brasil, e encontrou consumo insuficiente de frutas e hortaliças por 81,2% e 57% dos participantes, respectivamente1111 Word Health Organization. World health statistics 2017: monitoring health for the SDGs, Sustainable Development Goals [Internet]. Geneva: WHO; 2017 [citado 2019 maio 15]. Disponível em: https://www.who.int/gho/publications/world_health_statistics/2017/en/
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Dados do Sistema de Vigilância de Fator de Risco Comportamental (Behavior Risk Factor Surveillance System (BRFSS), também coletados por entrevista telefônica e com questionário semelhante ao utilizado no VIGITEL, mostram que nos Estados Unidos o consumo recomendado de frutas e hortaliças permaneceu estável por um período de 10 anos (entre 1994 e 2005), variando entre 24,6% e 25%, nível semelhante ao observado atualmente nas capitais brasileiras4949 Silva LES, Claro RM. Tendências temporais do consumo de frutas e hortaliças entre adultos nas capitais brasileiras e Distrito Federal, 2008-2016. Cad Saude Publica. 2019;35(5):e00023618. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00023618. PMid:31116246.
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A marcante prevalência de alto consumo de leite com gordura pelas mulheres (41,4%) é preocupante, pois esse hábito está associado ao risco global de doenças cardiovasculares, como doença coronariana e acidente vascular cerebral33 Malta DC, Felisbino-Mendes MS, Machado ÍE, Passos VMA, Abreu DMX, Ishitani LH et al. Fatores de risco relacionados à carga global de doença do Brasil e Unidades Federadas, 2015. Rev Bras Epidemiol. 2017;20(1, Suppl 1):217-32. http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201700050018. PMid:28658385.
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. O hábito de consumir carnes gordurosas não foi avaliado em outros estudos realizados com estudantes universitários. Neste estudo, as mulheres apresentaram alta prevalência de consumo de carne com gordura (32,2%)33 Malta DC, Felisbino-Mendes MS, Machado ÍE, Passos VMA, Abreu DMX, Ishitani LH et al. Fatores de risco relacionados à carga global de doença do Brasil e Unidades Federadas, 2015. Rev Bras Epidemiol. 2017;20(1, Suppl 1):217-32. http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201700050018. PMid:28658385.
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Um estudo realizado na Universidade de Alicante destaca que mais de 90% dos alunos têm consumo excessivo de carne vermelha44 Ortiz-Moncada R, Morales-Suárez-Varela M, Avecilla-Benítez Á, Norte Navarro A, Olmedo-Requena R, Amezcua-Prieto C et al. Factors associated with meat consumption in students of Spanish Universities: UnicHcos Project. Int J Environ Res Public Health. 2019;16(20):3924. http://dx.doi.org/10.3390/ijerph16203924.
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Um estudo realizado com estudantes universitários em León (Espanha) e Bolonha (Itália) mostrou que ambos os grupos consumiram mais gordura e menos vegetais do que as porções recomendadas por dia5050 Lupi S, Bagordo F, Stefanati A, Grassi T, Piccinni L, Bergamini M et al. Assessment of lifestyle and eating habits among undergraduate students in Northern Italy. Ann Ist Super Sanita. 2015;51(2):154-61. http://dx.doi.org/10.4415/ANN_15_02_14. PMid:26156187.
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A maioria de nossa amostra (55,9%) tinha peso normal. Isso concorda com os resultados de outros estudos, nos quais o peso normal também foi mais prevalente entre os universitários88 Corder K, Winpenny E, Love R, Brown HE, White M, Sluijs E. Change in physical activity from adolescence to early adulthood: a systematic review and meta-analysis of longitudinal cohort studies. Br J Sports Med. 2017;53(8):496-503. http://dx.doi.org/10.1136/bjsports-2016-097330. PMid:28739834.
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. Na China, a prevalência de sobrepeso e obesidade entre os universitários foi de 9,5%, com prevalência específica de 13,5% no sexo masculino e 6,1% em mulheres5151 Jiang S, Peng S, Yang T, Cottrell RR, Li L. Overweight and obesity among chinese college students: An exploration of gender as related to external environmental influences. Am J Mens Health. 2018;12(4):926-34. http://dx.doi.org/10.1177/1557988317750990. PMid:29325480.
http://dx.doi.org/10.1177/15579883177509...
.

Na Arábia Saudita, a taxa de sobrepeso mais obesidade entre os estudantes universitários foi de 28,1%5252 Albeeybe J, Alomer A, Alahmari T, Asiri N, Alajaji R, Almassoud R et al. Body size misperception and overweight or obesity among saudi college-aged females. J Obes. 2018;2018:5246915. http://dx.doi.org/10.1155/2018/5246915. PMid:29951311.
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. Além disso, um estudo realizado com estudantes universitários de 7 países europeus mostrou que o peso ideal era bastante uniforme em todos os países europeus, com as estudantes do sexo feminino sendo mais propensas a se perceberem como muito gordos, mesmo com valores normais de IMC5353 Robinson E, Hunger JM, Daly M. Perceived weight status and risk of weight gain across life in US and UK adults. Int J Obes (Lond). 2015;39(12):1721-6. http://dx.doi.org/10.1038/ijo.2015.143. PMid:26248659.
http://dx.doi.org/10.1038/ijo.2015.143...
.

Observamos que as alunas inativas apresentaram mais morbidades e hábitos alimentares inadequados, fatores esses que podem ser explicados pelo fato de a inatividade física proporcionar uma alta prevalência de doenças crônicas, bem como o aparecimento de alterações metabólicas e fisiológicas, como obesidade e diabetes.

CONCLUSÃO E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA

O presente estudo apresenta algumas limitações. Em primeiro lugar, o caráter transversal dos dados analisados impede indicar qualquer relação causal ou influências diretas das variáveis incluídas no estudo. Em segundo lugar, os dados sobre atividade física e dieta foram coletados por meio de um questionário autorreferido, o que pode ter causado erros de mensuração na estimativa da prevalência (supernotificação no caso de hábitos saudáveis ou subnotificação no caso de hábitos não saudáveis conforme relatado anteriormente na literatura). Por fim, em relação às informações dietéticas, o consumo de cada um dos alimentos selecionados foi coletado com base na frequência por semana sem tamanho da porção. Os alunos demonstraram um estilo de vida ruim. Excesso de peso, baixo nível de atividade física e alimentação pouco saudável são riscos bastante comuns do comportamento de saúde dos alunos durante o período de estudos.

Portanto, o presente estudo sugere que as universidades brasileiras criem espaços para a promoção da saúde desses estudantes de enfermagem e de outras áreas da saúde no âmbito da qualidade de vida, promovendo o desenvolvimento de programas preventivos que orientem os estudantes sobre a importância de um estilo de vida mais saudável. Os alunos serão futuros profissionais da enfermagem e de outras áreas da saúde, necessitando assim, enfatizar comportamentos mais saudáveis.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Jul 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    14 Dez 2020
  • Aceito
    02 Jun 2021
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