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A (Con)vivência do cliente frente à disfunção erétil: uma contribuição da sociopoética para o cuidado de enfermagem no perioperatório

RESUMO DE DISSERTAÇÃO

A (Con)vivência do cliente frente à disfunção erétil: uma contribuição da sociopoética para o cuidado de enfermagem no perioperatório1 1 Dissertação de Mestrado defendida em junho de 2005 na Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ.

Castorina da Silva DuqueI ; Sílvia Teresa Carvalho de AraújoII

IEnfermeira Chefe do Centro Cirúrgico do Instituto Estadual de Endocrinologia e Diabetes, Presidente Nacional da Sociedade Brasileira de Enfermagem em Endocrinologia e Diabetes; Especialista em Enfermagem em Endocrinologia e Diabetes.

IIProfessora Adjunta do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ; Doutora em Enfermagem; Orientadora.

Trata o estudo da percepção sensorial imaginativa do cliente frente a convivência com a disfunção erétil (DE) no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE), RJ, no período de 2004 a 2005. Os objetivos traçados foram identificar a percepção sensorial imaginativa do cliente frente a DE no pré-operatório; descrever como a vivência dos sentidos sociocomunicantes do corpo reflete a convivência do cliente frente a DE e analisar como este imaginário aponta para subsidiar a esfera do cuidado em enfermagem. O referencial teórico privilegiou as recusas e os princípios da sociopoética1 e os sentidos corporais como categorias teóricas e analíticas2. A metodologia desenvolvida em seis momentos baseou-se no dispositivo analítico do grupo pesquisador3. A produção dos dados resultou da vivência os sentidos sociocomunicantes do corpo2 readaptada para este estudo e de Técnicas projetivas dos lugares geomíticos4. Os principais resultados apontaram como categorias analíticas do sentido visão: a (in)compreensão, (in)diferença, (des)cuido, enfrentamento, frustração e incapacidade. No sentido audição surgiu a rejeição, perda da auto-estima, auto-imagem, mágoa e apoio. No sentido paladar, o sentido social, o enfrentamento, a defesa, a incapacidade física e afetiva foram predominantes. No sentido olfato, a frustração contrasta com o prazer. No sentido tato surgiu (des)equilíbrio, incapacidade que gera impotência. No sentido coração, a esperança subsidia resgate do equilíbrio pessoal e conjugal. As considerações principais destacam o formulário de vivência dos sentidos sociocomunicantes do corpo como uma possibilidade de (re)dimensionar o cuidado do enfermeiro no pré-operatório, a partir da referência do próprio cliente. Através do formulário e dos princípios e recusas da sociopoética foi possível identificar nas manifestações do imaginário a convivência do cliente frente a DE.

Palavras-chave: Órgãos dos sentidos. Impotência. Assistência perioperatório.Cuidado de enfermagem.

Recebido em22/01/2005

Reapresentado em04/04/2005

Aprovado em 20/06/2005

  • 1. Santos I. Gauthier J. Enfermagem: análise institucional e sócio poética. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery / UFRJ, 1999.p. 190
  • 2. Araújo STC. Os sentidos corporais dos estudantes de enfermagem no aprendizado da comunicação não verbal do cliente na recepção pré-operatória. Uma semiologia da expressão através da sociopoética. [tese de doutorado]. Rio de Janeiro (RJ): Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ; 2000
  • 3. Freire P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro (RJ): Paz e Terra; 2003
  • 4. Gauthier J, Santos I. A sócio-poética. Fundamentos teóricos técnicos diferenciadas da pesquisa vivência. Rio de Janeiro (RJ): Departamento de Extensão da UERJ; 1996
  • 1
    Dissertação de Mestrado defendida em junho de 2005 na Escola de Enfermagem Anna Nery/UFRJ.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      08 Dez 2009
    • Data do Fascículo
      Abr 2006
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