Resumo
Objetivo caracterizar as propostas curriculares dos cursos de graduação em saúde relacionadas às lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queers, intersexuais e assexuais em uma universidade pública da Região Norte do Brasil.
Método realizou-se uma pesquisa documental utilizando a estratégia de Ready, Extract, Analyse and Distil (READ) em documentos de ensino, pesquisa e extensão disponíveis no site institucional da universidade. Os dados foram extraídos por meio da busca por palavras-chave nos documentos e analisados com a técnica da Análise de Conteúdo.
Resultados emergiram cinco categorias para a análise. A investigação evidenciou que o ensino de saúde LGBTQIA+ está previsto em componentes curriculares não específicos e eletivos. Observou-se uma concepção cis binária e reprodutiva predominante na educação ofertada pela instituição.
Conclusão e implicações para prática evidencia-se a necessidade de implementar o ensino de saúde LGBTQIA+ em componentes curriculares obrigatórios. A ausência desse conteúdo em disciplinas obrigatórias pode dificultar do trabalho dos profissionais formados pela instituição, quando se deparam, no exercício profissional, com questões relacionadas ao tema que não foram abordadas ou que foram tratadas de forma inadequada durante a graduação.
Palavras-chave:
Currículo; Educação; Minorias Desiguais em Saúde e Populações Vulneráveis; Minorias Sexuais e de Gênero; Universidades