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Relação escola-campos de estágios

FAC-SÍMILE

Relação escola-campos de estágios

Maria Angélica de Almeida PeresI; Pacita Geovana Gama de Sousa Aperibense II; Tânia Cristina Franco Santos III

I Profª Adjunta da EEAN/ UFRJ, Doutora em História da Enfermagem, Membro da 16ª Diretoria Colegiada do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira. Brasil. E-mail: mariaangelica.peres@uol.com.br,

II Professora Assistente da Universidade do Grande Rio, Mestre em História da Enfermagem, Membro da 16ª Diretoria Colegiada do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira. Brasil. E-mail: pacitageovana@yahoo.com.br,

III Profª Adjunta da EEAN/ UFRJ, Pós-doutora em História da Enfermagem, Membro da 16ª Diretoria Colegiada do Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira. Brasil. E-mail: taniacristinafsc@terra.com.br

Apresentação

O artigo, publicado em 1966, é de autoria de três professoras da Escola Ana Neri (EAN): Maria do Carmo Dantas (Professora de Enfermagem Cirúrgica), Dulce Neves da Rocha (Professora de Enfermagem Pediátrica) e Teresa de Jesus Sena (Professora de Enfermagem Psiquiátrica). O tema abordado é a relação entre as escolas de enfermagem e os campos de estágio, partindo da impossibilidade de o ensino de enfermagem se dar unicamente pela teoria, o que projeta o ensino para fora das salas de aula e dos laboratórios, colocando professoras e alunas no campo do exercício profissional. Considerando que o ensino de enfermagem deve focar a "formação da personalidade, a aquisição de conhecimentos básicos e o desenvolvimento de habilidades", o texto faz uma crítica às escolas que, por desejarem suprir a necessidade de pessoal em hospitais, abreviavam a duração do estágio, não permitindo atingir os objetivos educacionais. Ao tratar da seleção e preparo dos campos de estágio, enfatiza-se que o hospital-escola, mesmo tendo como objetivo principal o ensino, deve ter suas atividades voltadas para o paciente. Quanto à relação das escolas de enfermagem com as instituições de saúde, afirma que esta tem variado, desde a responsabilidade total pelo serviço de enfermagem até a situação de simples visitante, ou ainda, com a supervisão dos estágios delegada ao serviço de enfermagem do hospital. Ao trazer a experiência da EAN, as autoras evidenciam que "as chefes dos serviços de enfermagem encarregadas da coordenação nos campos de estágio da escola, bem como as supervisoras responsáveis pela orientação técnica das alunas nas clínicas especializadas, ficavam diretamente subordinadas à superintendência de estágio", que trabalhava em estreita colaboração com a superintendência de ensino na execução das decisões da diretora da EAN. Em contrapartida, a escola faz-se elemento ativo e responsável pelo aprimoramento da assistência e promoção da saúde da comunidade. Tal circunstância definiu a melhoria dos campos de estágio e levou outras escolas menos privilegiadas a desenvolverem estágio nos campos já preparados pela EAN. No campo da enfermagem psiquiátrica, as autoras destacam a EAN como centro de treinamento de professoras e alunas de várias outras escolas do estado da Guanabara e estados vizinhos, enfatizando que ali elas absorviam experiência, treinamento e maiores oportunidades para o ensino e a pesquisa. Todavia, o aumento do número de solicitação de filiações fez emergir como problema o desinteresse de algumas escolas em organizar seu próprio campo, ficando por anos consecutivos entregues a essa dependência. Por fim, as autoras enfatizam que a relação das escolas com os campos de estágio deve atender as necessidades da comunidade e trazer melhoria na assistência prestada. Além disso, a chefia geral dos serviços de enfermagem nas instituições que servem de campo de estágio, quando ocupada por uma docente, facilita a liderança e a influência exercida em todos nos setores.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Jun 2010
  • Data do Fascículo
    Mar 2010
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