Resumo
Objetivo descrever percepções e vivências sobre a aplicação de estratégias inovadoras para o ensino de história da enfermagem com discentes de graduação em enfermagem.
Método pesquisa convergente assistencial sob a Teoria da Educação de Paulo Freire, desenvolvida em abril de 2024, com 34 estudantes e duas professoras envolvidas. A coleta de dados aconteceu via questionário autoaplicável, entrevista-conversação e roteiro para construção de prática educativa. Os dados foram organizados e, por similitude, elencaram-se códigos que formaram categorias.
Resultados foram descritas quatro estratégias educativas: debate, exposição fotográfica, jogo educativo e peça teatral sobre organizações profissionais, aspectos das eras históricas, a evolução da enfermagem, as precursoras da enfermagem brasileira e os uniformes ao longo dos tempos históricos.
Considerações finais e implicações para a prática estratégias educativas fazem emergir a criatividade, potencializam o interesse pelo aprendizado e garantem a participação ativa e coletiva no ensinar e no aprender a história da enfermagem. A utilização de métodos ativos e dialógicos alinhados com a perspectiva Freiriana potencializa o desenvolvimento de habilidades sociais como a comunicação, trabalho em equipe e liderança, essenciais para a prática profissional.
Palavras-chave:
Ensino; Enfermagem; Estudantes de Enfermagem; História de Enfermagem Práticas Interdisciplinares
Abstract
Objective to describe perceptions and experiences regarding the application of innovative strategies for teaching nursing history to undergraduate nursing students.
Method convergent care research based on Paulo Freire’s Theory of Education, carried out in April 2024, with 34 students and two professors. Data were collected through a self-administered questionnaire, conversational interviews, and a script for developing educational practices. The data were organized by similarity, generating codes that formed analytical categories.
Results four educational strategies were described: debate, photographic exhibition, educational game, and theatrical play addressing professional organizations, aspects of historical eras, the evolution of nursing, the pioneers of Brazilian nursing, and uniforms throughout history.
Final considerations and implications for practice educational strategies foster creativity, enhance interest in learning, and ensure active and collective participation in teaching and learning the history of nursing. The use of active and dialogical methods aligned with the Freirean perspective enhances the development of social skills such as communication, teamwork, and leadership, which are essential for professional practice.
Keywords:
Teaching; Nursing; Students, Nursing; History of Nursing; Interdisciplinary Placement
Resumen
Objetivo describir percepciones y vivencias sobre la aplicación de estrategias innovadoras para la enseñanza de la historia de la enfermería con estudiantes de pregrado en enfermería.
Método investigación convergente asistencial basada en la Teoría de la Educación de Paulo Freire, realizada en abril de 2024, con la participación de 34 estudiantes y dos profesoras. La recolección de datos se realizó mediante cuestionario autoadministrado, entrevista-conversación y guión para la construcción de una práctica educativa. Los datos fueron organizados por similitud, generando códigos que conformaron categorías analíticas.
Resultados se describieron cuatro estrategias educativas: debate, exposición fotográfica, juego educativo y obra teatral sobre organizaciones profesionales, aspectos de las eras históricas y la evolución de la enfermería, precursoras de la enfermería brasileña y los uniformes a lo largo de los períodos históricos.
Consideraciones finales e implicaciones para la práctica las estrategias educativas favorecen la creatividad, potencian el interés por el aprendizaje y garantizan la participación activa y colectiva en la enseñanza y el aprendizaje de la historia de la enfermería. La utilización de métodos activos y dialógicos, alineados con la perspectiva Freireana, potencia el desarrollo de habilidades sociales como la comunicación, el trabajo en equipo y el liderazgo, esenciales para el ejercicio profesional.
Palabras-clave:
Enseñanza; Enfermería; Estudiantes de Enfermería; Historia de la Enfermería; Prácticas Interdisciplinarias
INTRODUÇÃO
A educação é um processo contínuo e dinâmico que desempenha um papel fundamental na formação e no desenvolvimento profissional. No contexto da enfermagem, a aprendizagem sobre a história dessa profissão não apenas proporciona uma compreensão mais profunda de suas origens e evolução mas também fortalece a identidade profissional dos enfermeiros e enfermeiras.1
A enfermagem é uma profissão cujo desenvolvimento está intrinsecamente ligado à história da humanidade. Florence Nightingale, figura central na História da Enfermagem, desempenhou um papel decisivo nesse processo evolutivo. Conhecida como a “Dama da Lâmpada”, Florence não apenas revolucionou as práticas de enfermagem durante a Guerra da Crimeia mas também estabeleceu os fundamentos da enfermagem moderna.2 Sua abordagem baseada em evidências, enfatizando a higiene e o cuidado compassivo, transformou a enfermagem em uma profissão respeitada e reconhecida.3
No tocante à educação formal de enfermeiras, Florence foi a pioneira, fundando a primeira escola de enfermagem em Londres, em 1860. Esta escola foi a primeira instituição a oferecer um currículo estruturado e formalizado para o treinamento de enfermeiras.4 Destacou-se, assim, a importância da educação teórica e prática para garantir que as enfermeiras estivessem bem-preparadas para fornecer cuidados de qualidade. Esse modelo educacional contribuiu significativamente para o avanço do ensino da enfermagem.
No Brasil, em 1921, foi criada a Escola de Enfermagem do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), precursora da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN).5 Inaugurada no Rio de Janeiro, a EEAN, estabelecida em 1923, visava formar enfermeiras para os serviços de saúde pública e militar do País. A EEAN foi pioneira ao adotar os moldes nightingaleanos, representando um marco significativo na História da Enfermagem. Durante um período de 18 anos, a entidade em questão manteve uma posição dominante e influente como referência nacional no campo da formação.6
A colaboração estratégica entre o Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) e a Fundação Rockefeller desempenhou um papel fundamental no avanço da saúde pública no Brasil, especialmente sob a liderança de Carlos Chagas, renomado sanitarista que contribuiu com importantes transformações no campo. A parceria com a Fundação Rockefeller possibilitou a concessão de bolsas de estudo que capacitaram indivíduos a desempenhar funções estratégicas em agências de saúde governamentais, além de atuar como líderes e educadores em instituições de ensino na área da saúde.7
Nesse contexto, a responsável pela superintendência geral do Serviço de Enfermeiras do DNSP era a enfermeira norte-americana Ethel Parsons, que juntamente com mais sete enfermeiras impulsionou a organização profissional no país no que tange a educação para o trabalho na área da saúde. Ethel, ao iniciar seu trabalho no Rio de Janeiro, realizou um diagnóstico da situação vigente na capital, constatando que as escolas de enfermagem não atendiam aos padrões mínimos adotados nos países anglo-saxões.8
No que se refere ao currículo de enfermagem no Brasil, a EEAN foi pioneira ao incorporar o ensino de História da Enfermagem em seu programa educacional, consolidado pelo Decreto n.º 27.426 de 14 de novembro de 1949. Esse decreto tornou a História da Enfermagem uma disciplina obrigatória, oferecendo às enfermeiras uma compreensão crítica da evolução da profissão, suas origens e contribuições ao longo do tempo. Apesar dos desafios posteriores, a disciplina resistiu, integrando-se a outros conteúdos relacionados ao profissional. Atualmente, faz parte das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, em conformidade com a Resolução n.º 573 de 2018.
Diante ao exposto, este estudo surge a fim de abordar a problemática sobre o ensino da História da Enfermagem e de explorar estratégias metodológicas para sua eficaz transmissão em sala de aula. Dessa forma, o objetivo deste estudo é descrever percepções e vivências sobre a aplicação de estratégias inovadoras para o ensino de história da enfermagem com discentes de um curso de graduação em enfermagem.
Destaca-se a relevância de estudar a História da Enfermagem para resgatar sua memória e valorizar a contribuição das enfermeiras e enfermeiros ao longo dos anos, além de evidenciar a identidade profissional para os futuros profissionais.
MÉTODO
Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e exploratório, fundamentado na abordagem metodológica da Pesquisa Convergente Assistencial (PCA),9 adequada para integrar investigação e prática educativa, permitindo a construção coletiva do conhecimento. O estudo foi desenvolvido entre janeiro e março de 2024 no Curso de Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde (CCS) de uma Universidade Federal localizada na região Sul do Brasil.
Participaram do estudo 29 estudantes matriculados na segunda fase do curso, cinco estudantes da oitava fase e que já haviam cursado o módulo de História da Enfermagem, além de duas professoras responsáveis pela disciplina. Os critérios de inclusão foram estar regularmente matriculado na disciplina eixo da segunda fase ou na oitava fase (já tendo cursado o módulo) e, no caso dos docentes, ministrar a disciplina de História da Enfermagem. Foram excluídos estudantes e professores em licença ou afastamento por motivos de saúde ou outras causas. A saturação dos dados foi considerada quando não surgiram novas informações relevantes.
Para a coleta de dados foram utilizados três instrumentos principais: (1) um questionário autoaplicável com tempo médio de aplicação de 20 minutos, composto por questões abertas e fechadas abordando a importância da História da Enfermagem para a formação profissional, o tempo e o período em que a disciplina deveria ser ofertada, conteúdos e estratégias de ensino; (2) entrevistas do tipo conversação, permitindo o diálogo livre sobre experiências e percepções dos participantes; e (3) uma etapa de construção coletiva de estratégias para um ensino dinâmico e entusiasta da História da Enfermagem.
As atividades foram realizadas em sala de aula, no contexto do módulo “História, Antropologia e Profissão da Enfermagem”, o qual integra a disciplina “Processo de Viver Humano II – as práticas de saúde”, ofertada presencialmente com duração de cinco dias (20 horas), vinculada à carga horária de 36 horas do componente curricular. Durante as práticas educativas, foram utilizados materiais como projetor multimídia, recursos audiovisuais (filmes), formulários impressos e Google Docs® para coleta e sistematização das avaliações dos estudantes. O registro das observações, reflexões e impressões foi feito por meio de diário de campo da pesquisadora.
Os dados foram organizados conforme as etapas da PCA - concepção, instrumentação, perscrutação e análise. O tratamento envolveu leitura exaustiva do material, codificação, agrupamento por similaridade e categorização dos dados, possibilitando posterior teorização articulada à Pedagogia da Autonomia.10 Isso permitiu discutir os achados à luz da prática educativa crítica e transformadora.10 Como se trata de um estudo qualitativo, não foi empregado tratamento estatístico, mas sim análise temática que evidenciou sentidos e convergências entre pesquisa e prática.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da instituição, conforme Parecer n.º 6.560.014, CAAE n.º 175874723.8.0000.0121, emitido em janeiro de 2024. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), garantindo a participação voluntária e o sigilo das informações. Para preservar o anonimato, os participantes foram identificados pelas siglas E (estudante da segunda fase), Eof (estudante da oitava fase) e P (professoras), seguidas de numeração conforme a ordem de respostas. A redação deste método foi orientada pelos princípios do guia COREQ (Consolidated Criteria for Reporting Qualitative Research) da Rede EQUATOR, adequado para estudos qualitativos.
RESULTADOS
Os partícipes foram 34 estudantes entre 18 e 33 anos, divididos entre a segunda fase, atualmente matriculados na disciplina História, Antropologia e Profissão da Enfermagem, e estudantes da oitava fase que já tinham concluído o módulo de história.
Apresentam-se os dados obtidos com as questões do questionário autoaplicável, bem como a entrevista / conversação. Estes dados foram elencados em três categorias e seus códigos, conforme pode ser visto no Quadro 1.
A querência do aprender dinâmico no ensino em História da Enfermagem
O ensino da História da Enfermagem é enriquecido quando adotamos estratégias dinâmicas e interativas. Nesta categoria, os estudantes destacaram diversas abordagens que promovem um aprendizado significativo e envolvente, possível de observar nas seguintes falas:
[...] Poderia ser ministrada de uma forma mais dinâmica com a turma, como, por exemplo, com filmes e rodas de conversa (E12).
É importante a exposição das figuras históricas para um sentimento de pertencimento, mas também é preciso desenvolver a nossa visão enquanto classe, através de debates e problemáticas que envolvem gênero, classe e raça na História da Enfermagem (E21).
Os estudantes manifestaram o desejo por uma participação mais ativa em seu processo de aprendizagem, em um ambiente mais dinâmico e envolvente. No entanto, fazem uma relação com a carga horária da disciplina e aprendizado, em que a disciplina em módulo, com carga horária reduzida, pode não trazer um aprendizado eficaz.
Acho que poderia ser ministrada em um tempo maior, com aprofundamento principalmente em feitos e superações. Mostrando possibilidades para o futuro e mudanças que devem ser feitas. Com participação ativa dos alunos, assim não fica cansativo (E20).
Em concordância, as professoras ressaltam a necessidade de uma carga horária mais ampla para despertar o interesse e a participação dos estudantes neste conteúdo tão fundamental para a formação profissional:
Considero que o tempo em que a disciplina é ministrada não incentiva o interesse e a participação, é muito pequena a carga horária, para um conteúdo que é fundamental na formação profissional. (P1)
Penso que deveria ser uma disciplina específica com pelo menos 45 horas para que se pudesse abordar todos os conteúdos com tranquilidade e garantindo a aprendizagem. Também deveria ser ministrada talvez no quarto período do curso e não no segundo. (P2)
Ao inquirir os estudantes sobre os conteúdos considerados essenciais para abordagem na disciplina de História da Enfermagem, emergiram temas recorrentes como aspectos culturais, religiosos, de gênero e raça, além de eventos históricos e os desafios da profissão. Também há demanda por compreender as origens, o desenvolvimento da enfermagem e os fatores culturais que moldaram sua prática ao longo do tempo:
Cultura de outros países na enfermagem, trajetória de como a enfermagem foi tomando forma (E13).
Religiosidade e cultura (E2).
Culturas diversas, acontecimentos históricos (E7).
Ainda durante a investigação dos temas a serem abordados na disciplina de História da Enfermagem, diversas perspectivas e áreas de interesse foram destacadas pelos estudantes. Abaixo estão os principais tópicos elencados por eles:
Questões raciais, de gênero e históricas no geral, como por exemplo: enfermagem na época da ditadura (E6).
Interessante aprender sobre a História da Enfermagem em momentos importantes da história [...]. Guerras, ditadura, escravidão (E16).
Conteúdos sobre a origem da enfermagem, a evolução da enfermagem ao longo do tempo, contribuição de pessoas importantes nessa História da Enfermagem além das mais famosas, a enfermagem e como ela funciona nos outros países, os impactos de eventos históricos em relação ao contexto da enfermagem e sobre avanços e desafios para a enfermagem ser o que ela é hoje (E29).
Leitura da História da Enfermagem para o saber ser profissional
A análise das respostas dos estudantes revelou temas sobre a evolução da enfermagem e o papel do enfermeiro na saúde. Houve consenso de que estudar a História da Enfermagem é crucial para aprender com os erros do passado, melhorar a prática atual e para orientar o futuro da enfermagem.
A História da Enfermagem é importante para que compreendamos, como acadêmicos, a evolução do processo de saúde-doença e a atuação do enfermeiro na área da saúde […]. Assim, contribui para que lutemos por nossos direitos, buscando sempre melhorias e expansão dos nossos conhecimentos, além de nos alertar sobre erros cometidos no passado, nos instruindo a não cometê-los novamente (E14).
Essa consciência histórica é considerada essencial para o desenvolvimento profissional e para garantir uma prática de enfermagem mais ética e eficaz.
[...] é importante conhecer o passado para reconhecer os erros que eram cometidos naquela época para não acontecer agora no presente (E11).
O conhecimento da História da Enfermagem é destacado enquanto fator que proporciona mais autonomia durante o período acadêmico e para o futuro profissional, permitindo aos estudantes compreenderem melhor o curso e prepararem-se para os desafios da profissão.
Conhecer sobre a História da Enfermagem é importante, pois entender sobre ela nos faz compreender um pouco mais sobre o curso e também nos traz mais autonomia durante o período acadêmico e para o futuro profissional também (E9).
Observa-se, ainda, uma atenção especial à importância do “saber ser enfermeiro”. A História da Enfermagem é essencial para o desenvolvimento profissional, permitindo aos enfermeiros entenderem a origem e o desenvolvimento dos princípios éticos e valores que guiam sua prática.
Uma grande importância para o meu desenvolvimento no curso da enfermagem. Pois sem entender o surgimento e o porquê da enfermagem, eu não conseguiria desenvolver o meu crescimento como profissional (E17).
Os estudantes da oitava fase reforçam a importância da História da Enfermagem na formação acadêmico-profissional. Eles destacam que conhecer essa história ajuda os profissionais a reconhecerem sua importância na sociedade, valorizando as contribuições dos pioneiros da enfermagem.
A História da Enfermagem tem grande importância para desempenhar um papel essencial na formação acadêmico-profissional de enfermeiros e enfermeiras [...] Conhecer a História da enfermagem também ajuda os profissionais a reconhecerem a importância de seu papel na sociedade, entenderem a origem e o desenvolvimento dos princípios éticos e valores que guiam a prática e valorizarem as contribuições dos pioneiros da enfermagem que moldaram sua forma moderna (Eof4).
A politização mostra-se uma temática essencial a partir do estudo da História da Enfermagem, quando há o reconhecimento dos fatos históricos sociais. E mesmo ainda sem um entendimento claro sobre influências na formação, o saber histórico valoriza a prática da enfermagem:
Entendo que é extremamente importante o entendimento da História da Enfermagem, tendo em vista que esta categoria se encontra fragmentada politicamente pelo desconhecimento das lutas de classe que os trabalhadores enfrentaram e precisam continuar travando, e isso só será possível com a politização e união da enfermagem com a compreensão dessa classe histórica (E22).
Para a minha formação como profissional não acho que mude, mas acho necessária para valorizar ainda mais o que vou fazer (E14).
E, ainda, a compreensão da origem e processo social de evolução da profissão evidencia uma identidade e competência na assistência às pessoas. Em concordância a este argumento, discutir e rever, no processo histórico, a evolução da profissão, e auxiliar na dinamização do crescimento profissional.
Compreendermos a evolução da nossa profissão e entender como a profissão se desenvolveu ao longo do tempo, compreender o que aconteceu na história da enfermagem, para moldarmos o nosso fazer atual e entender a raiz da nossa profissão, nosso valor e nossa missão (E29).
Ao serem introduzidos ao referencial teórico de Paulo Freire, que promove a autonomia, grande parte da turma demonstrou familiaridade com a teoria, evidenciando interesse em explorar esse referencial nas aulas de História da Enfermagem. Nessa perspectiva, os estudantes apontam autonomia e participação no processo de aprendizagem e ensino.
Paulo Freire utilizou um método inovador, utilizando convívio pessoal para conseguir alfabetizar pessoas adultas [...]. Com isso, relacionar metodologias tecnológicas, atuais e menos salas de aulas, tornaria o ensino mais dinâmico e menos cansativo. Ter contato com o que teremos futuramente, também seria uma forma dinâmica de estudos. Pois, acho eu, que métodos que envolvem o nosso dia a dia e nosso futuro, são mais eficientes a para o ensino de longa duração e mais motivadoras (E17).
As estratégias apresentadas anteriormente permitem uma maior autonomia do aluno na matéria, com relação aos conteúdos tratados. Dessa maneira, os alunos tornam-se presentes juntamente com o docente para o aprendizado, compartilhando de conhecimentos e experiências, construindo uma jornada de grande importância tanto para vida pessoal, acadêmica e profissional (E22).
E este processo dialógico favorece a relação professor/estudante e a criatividade nas proposições de estratégias diferenciadas ao ensino da História da Enfermagem.
A estratégia que pode ser elaborada é justamente ministrar a aula juntamente de dinâmicas, é mais fácil os alunos prestarem atenção com dinâmicas e quiz, pois estão participando da aula. Quando ocorre uma aula apenas onde a professora fala e explica, acaba ficando muito maçante e cansativo para os alunos, acaba sendo uma disciplina difícil de manter a atenção. Mesmo com o intervalo, acabam sendo muitas horas de aula, muita informação, depois de certo tempo é muito difícil aprender/compreender o que está sendo explicado (E20).
Da pesquisa convergente assistencial à prática educativa construída coletivamente
Durante esta fase do trabalho os estudantes, a partir das informações obtidas durante o processo de convergência pesquisa e prática, revisitaram temas de interesse e propuseram estratégias para o desenvolvimento da atividade.
As sugestões de estratégias e temas foram integralmente utilizadas, com cada grupo de oito pessoas apresentando de acordo com sua afinidade. Os temas foram divididos por períodos históricos, desde a antiguidade até a contemporaneidade. Abordaram curiosidades, questões de politização, e uma visão holística da enfermagem. As estratégias incluíram jogos virtuais, dinâmicos, teatro, mural fotográfico, vídeo-aula interativa, dinâmicas em grupo e teatralização.
Dentre essas práticas, destaca-se a realização de uma atividade teatral, na qual os participantes representaram diferentes fases da Enfermagem, desde o período de Florence Nightingale até a contemporaneidade. Cada estudante incorporou um personagem histórico, utilizando uniformes característicos de cada época, além de materiais e insumos simbólicos pertinentes ao contexto representado. Por meio de monólogos, apresentaram-se ao público descrevendo qual personagem representavam, o contexto histórico em que estavam inseridos, e os principais legados deixados para a enfermagem, proporcionando uma vivência que articulava conhecimento, reflexão e construção identitária.
Outra estratégia aplicada foi a construção de um mural fotográfico, no qual os participantes selecionaram imagens históricas representativas de diferentes períodos da enfermagem. As fotografias compuseram uma linha do tempo visual que permitiu identificar, de forma concreta, os principais marcos e transformações da profissão, sendo cada imagem acompanhada de breves descrições que contextualizavam o momento histórico retratado.
Além disso, foi desenvolvida uma vídeo-aula interativa, elaborada pelos próprios estudantes, na qual abordaram as entidades de representação da enfermagem. Utilizando recursos como desenhos, narração em áudio e imagens, os participantes explicaram de forma criativa as funções, atribuições e contribuições dessas entidades para o fortalecimento da profissão.
Por fim, foram aplicados jogos e dinâmicas em grupo, como o jogo da forca, cujas palavras e temas estavam diretamente relacionados ao conteúdo trabalhado sobre a História da Enfermagem. Essas atividades lúdicas funcionaram como ferramentas de fixação dos conteúdos, estimulando o raciocínio, a memorização e o engajamento dos estudantes no processo de aprendizagem.
Esses resultados demonstram como a pesquisa converge com a prática, respondendo às questões de pesquisa sobre estratégias educativas no ensino da História da Enfermagem e sua contribuição para o processo de aprendizagem no curso de enfermagem.
Apresentam-se algumas expressões que trazem avaliações da convergência pesquisa / prática educativa.
Achei muito interessante como os grupos fizeram as dinâmicas sobre a História da Enfermagem, acho que trazer assuntos de uma forma mais dinâmica faz com que a fixação do conteúdo seja mais eficiente (E3).
Achei uma dinâmica interessante, porém gostaria que tivéssemos mais tempo para ir atrás do material e da pesquisa. Mas de um modo geral foi tranqüilo (E13).
DISCUSSÃO
Evidencia-se a busca dos estudantes por um ensino mais dinâmico e participativo na disciplina de História da Enfermagem. Essa aprendizagem compartilhada expressa, por parte deles, um desejo por estratégias de ensino que vão além das abordagens tradicionais, como aulas expositivas, mas sim métodos mais interativos, como debates, trabalhos em grupo e utilização de recursos audiovisuais. E, ainda, a bem-sucedida realização de aulas em ambientes externos demonstra um interesse em contextualizar o aprendizado e torná-lo mais próximo à realidade, assim como quando as professoras adotam as estratégias educativas que corroboram o maior engajamento por parte dos estudantes. Além disso, a proposta de utilizar ferramentas digitais indica uma adaptação às novas tecnologias para potencializar o engajamento dos estudantes.
Importante que tanto os estudantes da fase inicial e final quanto às professoras reconhecem a necessidade de uma carga horária mais ampla para explorar adequadamente os conteúdos da disciplina. A percepção de que o tempo reduzido pode comprometer a qualidade do aprendizado ressalta a necessidade de repensar a organização curricular para garantir uma formação mais sólida e abrangente.
De fato, para abordar um conteúdo amplo e complexo demanda um tempo maior para um aproveitamento mais efetivo, como destacado pelos estudantes que apontam uma diversidade de temas desejados para estudo. Devido à redução do tempo disponível, eles acabam revisitando esses conteúdos de forma independente. Esses dados corroboram o estudo,5 revelando que uma média de 28,4 horas da carga horária total do curso vem sendo destinada à disciplina de História da Enfermagem, com reflexões pertinentes sobre a nomenclatura da disciplina. Indica uma abordagem geral de conteúdos, em detrimento de uma ênfase específica em grandes precursoras.11
Dessa forma, a diversidade de temas levantados pelos estudantes, que vão desde aspectos culturais e religiosos até questões de gênero e raça, demonstram a complexidade e a riqueza do ensino da História da Enfermagem.
As sugestões de temas a serem abordados na disciplina, como a história de figuras importantes da enfermagem e os avanços e desafios enfrentados pela profissão ao longo do tempo, destacam a relevância de uma formação que não se limite apenas ao conhecimento teórico mas que promova uma reflexão crítica e uma compreensão mais ampla do papel do enfermeiro na sociedade. Salienta-se para a importância de adotar uma abordagem dinâmica e inclusiva no ensino da História da Enfermagem, que considere as demandas e os interesses dos estudantes, ao mesmo tempo que suscite um pensamento crítico e contextualizado sobre o papel dessa profissão ao longo da história. Apenas por meio da conscientização é possível cultivar nos estudantes uma atitude crítica, reflexiva e comprometida com a ação.12
No tocante ao imperativo estudo da História da Enfermagem, é revelada uma profunda compreensão por parte dos estudantes da importância de estudar a História da Enfermagem para sua formação profissional. Reconhecem que compreender as construções do passado é primordial para orientar o presente e o futuro da enfermagem, evitando a repetição de falhas e promovendo melhorias na prática atual. Nesta perspectiva, todo o processo histórico que os membros profissionais passaram e vem sendo edificado traz uma identidade de categoria, qualificando os saberes para consolidar a autonomia.13
E as instituições formadoras desempenham um papel essencial por intermédio do ensino da História da Enfermagem, o conhecimento próprio da profissão para uma visibilidade e reconhecimento pela sociedade. Os estudos históricos são relevantes para a enfermagem, uma vez que a análise da história contribui para contextualizar e compreender a profissão e sua identidade de forma mais ampla.14
Uma fala dos resultados que chama a atenção é a do estudante E14, por apresentar uma perspectiva singular em relação à importância da História da Enfermagem. Enquanto a maioria dos participantes associa o conhecimento histórico à formação técnica e crítica do profissional, o pensamento do E14 é relevante por trazer à tona uma distinção entre formação técnica e valorização simbólica e social da profissão. O estudante reconhece que, embora o ensino da História da Enfermagem não impacte diretamente suas habilidades práticas ou técnicas, ele se faz necessário para fomentar o reconhecimento, o respeito e a dignidade da profissão na sociedade. Trata-se de uma visão que enfatiza o papel identitário e político da história como instrumento de valorização coletiva mais do que como ferramenta formadora do fazer técnico.
Esse ponto de vista caminha em sentido contrário ao das demais falas que enfatizam o valor da história como parte constitutiva da formação profissional, e por isso merece atenção especial. A posição do mesmo permite refletir sobre a forma como os estudantes percebem a articulação entre conhecimento histórico e construção de identidade profissional, sugerindo que há uma parcela que enxerga a história mais como um recurso externo de legitimação social do que como elemento formativo pessoal. Isso pode indicar uma necessidade de repensar as estratégias pedagógicas, de modo que a História da Enfermagem não seja apenas vista como um “conteúdo de valorização”, mas como parte integrante e fundante da própria formação crítica do enfermeiro.
Além disso, os estudantes destacam a importância do “saber ser enfermeiro”, enfatizando que compreender a história da enfermagem não se trata apenas de adquirir conhecimentos teóricos, mas também de internalizar os princípios éticos e valores que norteiam a prática profissional. Essa consciência histórica é vista como essencial e contribui significativamente para o desenvolvimento de uma prática de enfermagem mais ética, sólida e eficaz.
Outro ponto relevante é a influência da politização e da busca por respostas às inquietações na formação profissional dos estudantes. Eles reconhecem a importância de entender as lutas de classe enfrentadas pelos trabalhadores da enfermagem e a necessidade de união da categoria para promover melhorias na profissão. O reconhecimento e a valorização da enfermagem como profissão na sociedade são grandemente (sugiro “fortemente”) influenciados pela atuação das entidades que a representam, e a união dessas entidades, seja de maneira política ou organizacional, é considerada não apenas necessária mas também urgente.13
Ao reconhecerem a importância de entender as lutas de classe enfrentadas pelos trabalhadores da enfermagem, os estudantes demonstram uma consciência crítica sobre as desigualdades e injustiças presentes na sociedade. Isso os capacita a enxergar além da prática clínica e a compreender o impacto das políticas públicas, das condições de trabalho e das questões socioeconômicas na saúde e no bem-estar da população. Esse pensamento e entendimento evidenciam um processo emancipatório, que dialoga com o experienciado e a conscientização pela participação ativa dos estudantes na convergência do aprender-ensinar.10
No que tange ao referencial teórico de Paulo Freire é entendido como positivo pelos estudantes, que demonstram interesse em explorar esse modelo nas aulas de História da Enfermagem. Eles valorizam a autonomia e a participação no processo de aprendizagem, destacando a importância de métodos dinâmicos de ensino que promovam o desenvolvimento do senso crítico e reflexivo. Autonomia, segundo Paulo Freire, oferece uma perspectiva ampla, uma vez que em toda a sua obra é evidente o objetivo de promover uma educação justa, na qual os indivíduos sejam capacitados para transformar a realidade com base em suas experiências, rejeitando qualquer forma de opressão.15 Freire é reconhecido por sua contribuição para uma pedagogia libertadora, que enfatiza a importância da autonomia do estudante, da reflexão crítica e da construção coletiva do conhecimento.
Ao expressarem interesse em explorar essa perspectiva nas aulas de História da Enfermagem, os estudantes demonstram uma compreensão da relevância de métodos de ensino que vão além da transmissão passiva de informações. Eles valorizam a oportunidade de serem agentes ativos em seu próprio processo de aprendizagem, participando ativamente das discussões, problematizações, e reflexões propostas em sala de aula.
Esse modelo pedagógico baseado nos princípios de Paulo Freire também está alinhado às necessidades específicas da formação em enfermagem. Ao desenvolverem um senso crítico e reflexivo, os estudantes estão se preparando para enfrentar os desafios complexos do campo da saúde, onde é essencial questionar, analisar e buscar soluções criativas e inovadoras. Reconhecer e respeitar a autonomia, dignidade e identidade do educando é crucial na prática educacional. Agir de acordo com esses princípios promove a autenticidade e eficácia do processo de ensino, evitando que se torne apenas um discurso vazio e sem impacto.10
Referente à terceira categoria houve uma integração eficaz entre a PCA e a prática educativa coletiva, onde os estudantes se mostraram críticos e reflexivos ao abordarem os temas da História da Enfermagem. A criatividade na escolha de estratégias educativas e o uso de recursos visuais e textuais demonstram um engajamento significativo dos estudantes. A utilização de diferentes estratégias, como jogos virtuais, teatro e vídeo aulas interativas enriqueceu a experiência de aprendizagem, despertando interesse e participação ativa. Deste modo, esses resultados apontam para a contribuição significativa das estratégias educativas no ensino da História da Enfermagem, promovendo uma aprendizagem mais engajada, eficaz e significativa para os estudantes de enfermagem.
Destaca-se a importância da construção coletiva dessa estratégia educacional, onde se evidenciou que esse método incentiva a participação ativa dos estudantes, promovendo um ambiente de aprendizagem dinâmico e colaborativo entre estudantes/professores e pesquisadora. A integração de diferentes estratégias propostas pelos estudantes não apenas diversifica o processo de ensino, mas também atende às diferentes preferências de aprendizagem dos mesmos, proporcionando uma experiência mais personalizada e envolvente. Sobretudo, a ênfase na reflexão crítica e na construção coletiva do conhecimento, alinhada com os princípios de Paulo Freire, demonstra uma integração educacional que vai além da transmissão de informações, incentivando os estudantes a pensarem de forma autônoma e a se tornarem agentes ativos em seu próprio processo de aprendizagem. As especificidades que caracterizam a amplificação da profissão de enfermagem precisam ser conhecidas e identificadas pelos estudantes em suas formações no que se refere às condições históricas, sócio-culturais e políticas para ultrapassar o já posto, evoluir.16
Os depoimentos referidos por eles ressaltam a valorização dessas práticas interdisciplinares e sua contribuição para uma compreensão mais profunda e significativa da História da Enfermagem. Essa abordagem corrobora a eficácia dessa prática assistencial, sinalizando sua relevância para a compreensão e fixação dos conteúdos, além de estimular o desenvolvimento de habilidades importantes, como trabalho em equipe, criatividade e pensamento crítico, essenciais para a prática profissional futura dos estudantes de enfermagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA
Destaca-se a demanda crescente por abordagens educacionais mais dinâmicas, participativas e contextualizadas no ensino da História da Enfermagem. Edificando a importância da História da Enfermagem para a formação profissional, evidenciando a necessidade de ultrapassar o até então instituído e conhecido na historicidade da construção profissional, oportunizando a orientação de um novo presente e futuro da profissão. A internalização dos princípios éticos e valores da enfermagem são reconhecidos como fundamentais para o desenvolvimento de uma prática mais eficiente e eficaz.
As limitações deste estudo concentram-se, sobretudo, no tempo destinado ao módulo que abrange história, antropologia, cultura e profissão, o que pode ter restringido a profundidade das análises. Soma-se a isso a escassez de artigos e materiais acadêmicos específicos sobre o ensino da História da Enfermagem, o que limitou a amplitude das referências utilizadas. Destaca-se ainda a ausência de validação prática das estratégias pedagógicas propostas, constituindo importante restrição quanto à aplicabilidade dos resultados. Ademais, o contexto institucional particular da região Sul do Brasil configura outra limitação, uma vez que reforça a necessidade de cautela ao generalizar ou replicar os achados em outras realidades.
A reflexão crítica e construção coletiva do conhecimento resultam em fazeres e saberes autônomos e contínuos aprendizados a partir de uma pedagogia da autonomia. Demonstra, assim, a busca por uma educação mais transversal, em que estudantes e professores compartilham saberes. Essa abordagem não apenas capacita os estudantes como profissionais competentes, mas também como cidadãos críticos e engajados em construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Por fim, a aplicação de quatro estratégias educativas e coletivas ao Ensino da História da Enfermagem promoveu um movimento eficaz, auxiliando não apenas na compreensão do conteúdo, mas também no desenvolvimento de habilidades essenciais para a prática profissional futura, criticidade e autonomia.
AGRADECIMENTOS
Sem agradecimentos.
DISPONIBILIDADE DE DADOS DA PESQUISA
Os conteúdos subjacentes ao texto da pesquisa estão contidos no artigo.
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FINANCIAMENTO
Sem financiamento.
REFERÊNCIAS
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Editado por
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EDITOR ASSOCIADO
Gerson Luiz Marinho https://orcid.org/0000-0002-2430-3896
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EDITOR CIENTÍFICO
Marcelle Miranda da Silva https://orcid.org/0000-0003-4872-7252
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
15 Set 2025 -
Data do Fascículo
2025
Histórico
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Recebido
21 Mar 2025 -
Aceito
09 Jul 2025
