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“Ismos” e “Zações”: sobre a liquidez fictícia e a financeirização endógena

Resumo

A financeirização tem sido representada como um fenômeno recente ligado à desregulação e à globalização do comércio internacional e do sistema de pagamentos que tem ocorrido desde a abertura da economia chinesa na década de 1980. Esse fenômeno é geralmente definido como a dominação das finanças sobre a produção ou do monetário sobre as variáveis reais. Este artigo questiona a utilidade desta dicotomia, argumentando na tradição de Keynes, Schumpeter e Minsky, que as finanças e a produção são categorias que não podem ser separadas, já que uma decisão de produção sempre requer a presença das finanças (ou seja, de financiamento) para se concretizar. Em contrapartida, sugere-se que o processo de inovação na criação de liquidez pelo sistema financeiro fornece uma análise mais profunda das implicações da financeirização.

Palavras-chave:
Financeirização; Minsky; Crise financeira; Liquidez; Ponzi

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