O objetivo deste estudo foi abordar as noções de diálogo e dialogismo nas obras de Mikhail Bakhtin e Paulo Freire, discutindo suas contribuições para o contexto da educação a distância (EAD). Foram apresentadas situações-problemas presentes nesses cursos, no que tange às ferramentas de interação e aprendizagem. As proposições dessas ferramentas devem ser redigidas de modo a convidar os participantes a se posicionarem, permitindo a assunção de diferentes vozes acerca do assunto. O dialogismo, ao relativizar a autoria individual, ajuda-nos a compreender o caráter coletivo dessas produções. Tais ferramentas podem ser um poderoso instrumento de uma educação que se propõe transformadora, como na EAD, não ocupando apenas o sentido de flexibilizar a aprendizagem para pessoas separadas geográfica e temporalmente. Essas ferramentas, ultrapassando o caráter avaliativo, podem e devem contribuir para a formação de profissionais dispostos ao diálogo e à construção de posicionamentos que considerem o outro e o contexto histórico e social envolvido.
Diálogo; Linguagem; Educação a distância