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Restricting the timing of Elective CS: evidence from Brazil* * I’d like to thank Cecilia Machado, Rudi Rocha, Andre Trindade, Guilherme Hirata, participants of Stata Conference Sao Paulo 2019 and two anonymous referees for helpful comments on this research. All errors remain mine. This study was also financed and supported by IDados, this study was financed in part by the CAPES - Finance Code 001.

Resumo

O Brasil possui uma das maiores taxas de cesáreas do mundo: uma parcela de 58,3% segundo o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) 2015-2017. A parcela está acima da taxa máxima de 15% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste artigo, estimamos os impactos e consequências não intencionais da Resolução 2.144 do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre os outcomes de Primogênitos de Baixo Risco (LRFB). A Resolução introduz um mínimo de 39 semanas de gestação para a cesárea eletiva. A taxa da cesárea eletiva antes da 39ª semana caiu 2,78 pontos percentuais, o que é estatisticamente significativo e equivalente a uma redução de 24% na média desse resultado. Também encontramos aumentos na duração do tempo de nascimento: a porcentagem de partos ocorridos antes da 39ª semana diminuiu 2,34 pontos percentuais, o que é uma diminuição de 6% em sua média. Nossos resultados sugerem que as cesáreas eletivas foram adiadas da 37-38ª semana para após o início da 39ª semana. Mostramos também que a política teve uma consequência não intencional, uma vez que ela parece ter mudado a maneira como potenciais partos naturais são antecipados de fins de semana para dias de semana por meio da cesárea agendada.

Palavras-Chave:
Cesárea agendada; Dif-in-Dif; Política

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