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Determinantes macroeconômicos e o papel das expectativas: uma análise do spread bancário no Brasil (2003-2011) Os autores agradecem o apoio do CNPq.

Resumo

A teoria econômica reconhece a importância das expectativas para a tomada de decisão dos agentes econômicos em um ambiente dinâmico sem previsibilidade perfeita. Apesar de relativamente extensa, a literatura sobre spread bancário no Brasil trata desta questão apenas de forma superficial, não incluindo variáveis macroeconômicas expectacionais. Estas expectativas, que podem afetar as estratégias da firma bancária no processo de maximização de sua rentabilidade, são rotineiramente coletadas e divulgadas pela autoridade monetária e de regulação bancária brasileira e por outras entidades. Incorporamos estas variáveis em um modelo empírico dinâmico de determinação do spread bancário específico de cada banco, seguindo a abordagem de Maudos e Solís (2009)MAUDOS, J. and Solís, L., The determinants of net interest income in the Mexican banking system: An integrated model, Journal of Banking and Finance, v.33, p.1920-1931, 2009.. Os dados são trimestrais e a amostra vai de 2003 a 2011. Os resultados corroboram a hipótese aqui proposta de que as variáveis macroeconômicas expectacionais, como a inflação esperada e os juros futuros, são relevantes na determinação do spread bancário no Brasil, mesmo condicional a seus valores correntes.

Palavras-Chave
Spread bancário; Variáveis macroeconômicas expectacionais; Dados em painel

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