Resumo
Neste trabalho são analisados os diferenciais de salário com base na orientação sexual. Até então, os incipientes estudos que discorreram sobre o tema no Brasil vinham utilizando o censo demográfico de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a implantação do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares (SIPD) nas pesquisas amostrais do IBGE passou a incluir no seu questionário a distinção entre cônjuges de sexo distinto e cônjuges do mesmo sexo com relação à pessoa responsável pelo domicílio. Nesse contexto, o trabalho procura avançar na escassa literatura do tema utilizando a inédita Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 que, assim como o censo de 2010, apresenta um amplo conjunto de características socioeconômicas, de abrangência nacional. Além disso, a PNS contém também informações sobre o estado de saúde da população brasileira e medidas antropométricas, o que permite ampliar os controles associados às variáveis de capital humano. Parte dos resultados corroboram a literatura internacional onde foram observados diferenciais salariais em favor das mulheres lésbicas vis-à-vis as suas contrapartes sexuais.
Palavras-Chave:
Orientação sexual; Pesquisa Nacional de Saúde; Antropometria; Salários