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Paciente coronariopata com cardiodesfibrilador e tempestade elétrica submetido à ablação de taquicardia ventricular

APRENDENDO POR IMAGENS

IHospital Israelita Albert Einstein - HIAE, São Paulo (SP), Brasil

IIUniversidade Federal de São Paulo - UNIFESP, São Paulo (SP), Brasil

IIIUniversidade Federal de São Paulo - UNIFESP, São Paulo (SP), Brasil; Hospital Israelita Albert Einstein - HIAE, São Paulo (SP), Brasil

Autor correspondente

Paciente de 69 anos, diabético e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) O2 dependente com antecedente de revascularização do miocárdio em 1998 e episódio de taquicardia ventricular, sendo submetido a implante de cardiodesfibrilador implantável em 2003. Atendido na Unidade de Primeiro Atendimento em fevereiro de 2010 com palpitações e 4 choques nas últimas 2 horas. O eletrocardiograma demonstrava taquicardia de QRS largo com morfologia de bloqueio de ramo direito (BRD) e eixo superior (Figura 1). Houve reversão da arritmia após sedação e cardioversão elétrica (CVE). A avaliação do cardiodesfibrilador (CDI) demonstrava terapia apropriada (choque para taquicardia ventricular), confirmando a principal hipótese (Figura 2). A taquicardia recorreu apesar de tratamento farmacológico otimizado, incluindo amiodarona por via endovenosa. A utilização do dispositivo ATP (estímulos rápidos) pelo CDI não cessava a taquicardia; pelo contrário: ainda a acelerava. O paciente foi, então, submetido à ablação por cateter da taquicardia ventricular. Uma vez que havia mais que uma taquicardia indutível, e o paciente não tolerava a arritmia por tempo prolongado, optamos pela ablação combinada do substrato arrítmico, guiando-se pelo mapa eletroanatômico (CARTO) (Figura 3) como auxiliar aos dados eletrofisiológicos (Figura 4). O procedimento transcorreu com sucesso e o acompanhamento clínico até o momento não demonstra novos episódios de taquicardia ventricular.





O auxílio do mapa eletroanatômico aos procedimentos eletrofisiológicos tem permitido a abordagem de arritmias complexas em pacientes de alto risco pré-procedimento(1). A fibrilação atrial e a taquicardia ventricular relacionada à cardiopatia estrutural têm sido realizadas com essa tecnologia na maioria dos centros especializados, demonstrando resultados superiores à técnica convencional(2-3).

REFERÊNCIAS

  • 1. Aliot EM, Stevenson WG, Almendral-Garrote JM. EHRA/HRS Expert Consensus on Catheter Ablation of Ventricular Arrhythmias: developed in a partnership with the European Heart Rhythm Association (EHRA), a Registered Branch of the European Society of Cardiology (ESC), and the Heart Rhythm Society (HRS); in collaboration with the American College of Cardiology (ACC) and the American Heart Association (AHA). Heart Rhythm. 2009;6(6):886-933.
  • 2. Hsia HH, Lin D, Sauer WH, Callans DJ, Marchlinski FE. Anatomic characterization of endocardial substrate for hemodynamically stable reentrant ventricular tachycardia: identification of endocardial conducting channels. Heart Rhythm. 2006;3(5):503-12.
  • 3. Soejima K, Suzuki M, Maisel WH, Brunckhorst CB, Delacretaz E, Blier L, et al. Catheter ablation in patients with multiple and unstable ventricular tachycardias after myocardial infarction: short ablation lines guided by reentry circuit isthmuses and sinus rhythm mapping. Circulation. 2001;104(6):664-9.
  • Paciente coronariopata com cardiodesfibrilador e tempestade elétrica submetido à ablação de taquicardia ventricular

    Nilton José Carneiro da SilvaI; Bruno Pereira ValdigemI; Christian LuizeII; Fernando Lopes NogueiraII; Claudio CirenzaIII; Guilherme FenelonIII; Marcia Regina Pinho MakdisseI; Fátima Dumas CintraIII; Angelo Amato Vincenzo De PaolaIII
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      19 Set 2012
    • Data do Fascículo
      Mar 2012
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