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Aspectos clínicos dos casos de influenza A(H1N1)pdm09 notificados durante a pandemia no Brasil, 2009-2010

RESUMO

Objetivo:

Descrever os aspectos clínicos dos casos de influenza A(H1N1)pdm09 no Brasil.

Métodos:

Foi desenvolvido um estudo descritivo dos casos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de 2009 a 2010.

Resultados:

Obtivemos como classificação final 53.797 (56,79%) casos notificados confirmados como influenza por novo subtipo viral e 40.926 (43,21%) descartados. Febre foi o sinal mais frequente, sendo registrada em 99,74% dos casos confirmados e em 98,92% dos descartados. Entre os confirmados, a presença de comorbidades foi notificada em 32,53% dos casos confirmados e entre 38,29% dos casos descartados. A taxa de letalidade foi de 4,04%. Das 3.267 gestantes confirmadas para influenza por novo subtipo viral, 2.730 evoluíram para cura. A taxa de letalidade de gestantes foi de 6,88%.

Conclusão:

Os achados sugeriram sensibilidade do sistema de saúde para com gestantes e portadores de comorbidades, e que a qualidade do cuidado pode ter favorecido a uma menor mortalidade. Recomendamos aos profissionais de saúde que, diante de casos de influenza pandêmica que apresentem gravidade do quadro clínico, comorbidades ou que estejam gestantes, seja considerada a assistência hospitalar, pois esses fatores compõem um pior prognóstico do quadro da infecção pelo vírus pandêmico da influenza.

Descritores:
Vírus da influenza A subtipo H1N1; Pandemias; Epidemiologia; Registro médico coordenado; Sinais e sintomas; Comorbidade; Brasil

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