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Uso do misoprostol no tratamento da hemorragia pós-parto: uma abordagem farmacoepidemiológica

RESUMO

Objetivo

Caracterizar o uso do medicamento misoprostol para o tratamento da hemorragia pós-parto em gestantes.

Métodos

Estudo observacional descritivo realizado por meio de dados secundários de gestantes que fizeram uso do misoprostol para tratamento da hemorragia pós-parto em maternidade pública de referência, no período de julho de 2015 a junho de 2017. Caracterizaram-se os perfis clínico e sociodemográfico das gestantes, o padrão de utilização do misoprostol e sua taxa de sucesso no controle da hemorragia pós-parto.

Resultados

Foram identificadas 717 prescrições do misoprostol. Destas, 10% foram para tratamento da hemorragia pós-parto. Predominaram gestantes adultas jovens, casadas, com Ensino Médio completo, raça branca, da região urbana, multíparas (68,1%) e 25% apresentavam cesáreas prévias. A idade gestacional média foi 39 semanas e 51,4% das gestantes tiveram parto cesárea. Houve uso profilático de ocitocina em 47,2% das mulheres. O tratamento da hemorragia pós-parto eve sucesso em 84,7% das gestantes que usaram misoprostol. Destas, 79,2% também usaram ocitocina e 54,2% metilergometrina. Apenas 13,5% das gestantes tiveram menos de cinco consultas de pré-natal, e a principal causa da hemorragia pós-parto foi atonia uterina. Foram registrados 13 casos de complicações após a hemorragia, 15,3% necessitaram de hemotransfusão e houve um caso de óbito materno.

Conclusão

O misoprostol demonstrou ser efetivo e seguro para o tratamento da hemorragia pós-parto.

Misoprostol; Parto obstétrico; Farmacoepidemiologia; Hemorragia pós-parto; Resultado do tratamento

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