Resumo
Este artigo indaga em que medida a obra de Roland Barthes poderia ser um ponto de partida para abordar a literatura contemporânea, fazendo ressoar essa inquietação na leitura de três poetisas brasileiras — Leila Danziger, Aline Motta e Marília Garcia — que têm em comum abrirem espaço para sua poesia na fronteira entre o texto e a imagem. A aposta deste artigo é que o crítico e escritor francês, que viveu e escreveu na segunda metade do século XX, pode nos dar algumas ferramentas para ler de outro modo, teoricamente, com foco na prática de escrita e a partir da materialidade, do corpo e da subjetividade, elementos que estão no coração da poesia de algumas mulheres que estão escrevendo aqui e agora.
Palavras-chave:
Leila Danziger; Aline Motta; Marília Garcia; ferramentas barthesianas; corpo; materialidade; prática de escrita