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A casa físsil: o corpo migrante e os paradoxos da hospitalidade na poesia de Eduardo Jorge

The fissile house: the migrant body and the paradoxes of hospitality in the poetry of Eduardo Jorge

La casa fisible: el cuerpo migrante y las paradojas de la hospitalidad en la poesía de Eduardo Jorge

Resumo

Se a casa é o centro geográfico a partir do qual os caminhos se abrem e a cidade se oferece, frequentemente a vivência do migrante altera a percepção desse “chez soi” e enfraquece sua oposição aos espaços públicos, abertos, compartilhados. A hospitalidade pode tornar-se hostilidade. O presente artigo busca examinar os abalos na representação do espaço doméstico na obra recente do poeta brasileiro Eduardo Jorge. Vivendo em regime temporário, mudando de endereço, dominando de modo precário a cidade e seus códigos, o migrante retratado nesta poesia sente muitas vezes a casa se reduzir à dimensão da roupa (forma mais elementar de abrigo) e do corpo, transformando-se em casca, espaço físsil, fóssil, elástico.

Palavras-chave:
Eduardo Jorge; poesia brasileira contemporânea; migração; hospitalidade

Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB) Programa de Pós-Graduação em Literatura, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Universidade de Brasília , ICC Sul, Ala B, Sobreloja, sala B1-8, Campus Universitário Darcy Ribeiro , CEP 70910-900 – Brasília/DF – Brasil, Tel.: 55 61 3107-7213 - Brasília - DF - Brazil
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