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Condicionantes da aprendizagem da matemática: uma revisão sistêmica da literatura

Para além da linguagem natural, o ser humano nasce com o sentido inato de número. Temos a capacidade de determinar o número de objetos de uma pequena coleção, de contar e de fazer adições e subtrações simples sem necessidade de instrução direta. Por volta dos dez anos, uma criança compreende cerca de 10.000 palavras e fala a sua língua materna com 95% de precisão. Contudo, por volta dos onze anos, algumas crianças já afirmam não conseguir compreender matemática. Por que essa diferença? Uma razão é que a linguagem falada e o sentido de número são capacidades de sobrevivência, mas a matemática abstrata não o é. Ao discutir os condicionantes do ensino dessa área do conhecimento, este artigo consiste em uma revisão bibliográfica acerca dos problemas do ensino da matemática. Que teia de interações se estabelece no processo ensino-aprendizagem dessa disciplina? Quanto do que se tem dito e escrito a respeito desse processo não passa de preconceito ou mito? Com este artigo, pretende-se contribuir, de algum modo, para a desmistificação e a melhoria no sucesso da disciplina de matemática. Para tanto, é fundamental compreender o enquadramento estruturante da investigação teórica acerca de diferentes abordagens do conceito de aprendizagem e do que poderá estar em causa, especificamente, nas dificuldades da aprendizagem da matemática. Isso significa rever um conjunto de condicionantes internos (funcionamento do cérebro, língua falada e estilo de aprendizagem) e condicionantes externos (fatores socioculturais e estilos de ensino).

Matemática; Estilos de aprendizagem; Fatores socioculturais; Funcionamento do cérebro


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