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Editorial

Editorial

Nesse mês de maio de 2009 ultimamos os preparativos de editoração da Educar em Revista de número 34, o segundo número quadrimestral, relativo aos meses de maio a agosto de 2009.

O mês se inicia com data comemorativa nacional e internacional, o "dia do trabalhador" no qual se observa intensa mobilização social, não somente de movimentos de trabalhadores, mas de diversos outros segmentos dos movimentos sociais, atuando na direção de garantir e ampliar direitos sociais. No dia 13 de maio se comemora o "Dia Nacional de combate à discriminação racial", que tende a se estabelecer não somente como um dia, mas como uma semana de reflexão sobre as desigualdades raciais no Brasil. Esse ano a data foi marcada pelo lançamento de uma série de programas nacionais de combate às desigualdades raciais, nas áreas de saúde, trabalho e emprego, e nas mais diretamente relacionadas ao nosso foco: 1) na área de educação o lançamento do Plano Nacional de Implantação da Lei n.º 10.639. A lei, aprovada em 2003, insere o ensino da cultura africana e afro-brasileira nas escolas de todo o país, do ensino fundamental ao superior, nas redes pública e privada de ensino; 2) na área de ciência e tecnologia a assinatura do termo de cooperação entre a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/Ministério da Ciência e Tecnologia), para apoiar a iniciação científica em universidades públicas beneficiárias de cotas PIBIC e que tenham programas de ações afirmativas. Significa atuar para diminuir a desigualdade racial na formação de jovens pesquisadores. Além disso, realizam-se em maio Conferências Municipais, Regionais e Estaduais com vistas à II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, ou seja, a mobilização social mantêm-se e pode gerar Políticas de Estado na área. Na área de Direitos Humanos o dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e nesse ano as campanhas operaram fortemente para a mobilização de adolescentes e crianças como atores importantes para o controle social nessa área. O mês de maio se encerra com o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Preparam-se também conferências municipais, regionais e estaduais com vista à 1.ª Conferência Nacional de Comunicação, numa área que é estratégica para possíveis avanços de Direitos Sociais, mas onde a mobilização social tem obtido resultados mínimos. Além disso, observa-se que na execução de políticas públicas, em geral, e de políticas educacionais, em particular, os executores de políticas de governo (nas três instâncias) pautam-se, grande parte das vezes, mais pelo apelo midiático que pelo cumprimento da legislação, por fundamentação técnico-científica ou por respostas a demandas sociais. Ou seja, temos muito a mudar e amadurecer institucionalmente para que as Comunicações tenham algo de Social.

Além das datas comemorativas no mês de maio de 2009 realizam-se inúmeras Conferências Municipais de Educação (previstas para o primeiro semestre de 2009), preparatórias para as conferências estaduais e para a Conferência Nacional de Educação (CONAE, a ser realizada em abril de 2010) cujo tema é Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação. A expectativa é que a avaliação do atual Plano Nacional de Educação (PNE) e a discussão sobre o novo plano decenal promovam condições para a implementação de políticas públicas articuladas na direção do direito à qualidade social na educação para todos(as).

A produção científica em uma área como a Educação deve, segundo nossa concepção, estar atenta a essas movimentações sociais. Além disso, numa perspectiva de promoção da crítica e da reflexão (não em busca de relações simples de causa e efeito nem numa acepção simplista de "ciência engajada"), o acúmulo de conhecimento tem um caráter aplicado e uma relação de retroalimentação com as dinâmicas sociais. Reconhecendo a complexidade de uma sociedade marcada por eixos de desigualdade que são estruturais e estruturantes (de classe, gênero, raça e idade, pelo menos), os desafios que se impõem, em última instância, são os de atuar na direção da democracia e da promoção de justiça social. Conscientes que a organização de um Sistema Nacional de educação é "tanto a busca de organização pedagógica quanto uma via de jogo de poder"

A Educar em Revista n. 34 tem uma contribuição especial numa temática específica, a formação de professores. A iniciar pelo dossiê A Linguagem na Produção do Ensino Universitário: estudos com foco nas disciplinas, um dos produtos do projeto de pesquisa intitulado "Produção do ensino, saberes cotidianos e científicos no imaginário de estudantes universitários", desenvolvido por um grupo de pesquisadores de diferentes universidades que realizaram estudos de caso centrados nas condições concretas de produção do ensino em disciplinas sob suas responsabilidades. Os autores dos artigos analisaram as disciplinas que lecionavam e buscaram compreender as relações que os estudantes estabeleceram entre o conteúdo científico escolar, o conteúdo profissional e as mediações destas relações na internalização de conhecimentos. Futuros profissionais do ensino em diferentes áreas são aqui contemplados em cursos como Biologia, Ciências, Física, Geografia, História, Pedagogia e Química. Com o intuito de focalizar a aula como lócus de um complexo processo de produção de sentidos, instaurado, materializado, constituído e mediado pela linguagem, os pesquisadores trouxeram para a aproximação analítico-interpretativa as contribuições da análise do discurso (Orlandi, Pêcheux, Foucault, Maingueneau) e da teoria da enunciação (Bakhtin), além de aportes analíticos utilizados por alguns dos autores. Os objetos tomados para análise foram os materiais escritos obtidos em diferentes contextos, sendo que os objetivos dos estudos centram-se, principalmente, na análise de indicadores de memórias e conhecimentos na construção de uma identidade profissional.

O dossiê A Linguagem na Produção do Ensino Universitário: estudos com foco nas disciplinas apresenta resultados de pesquisas que focalizam a aula como lócus de um complexo processo de produção de sentidos e se sustentam em estudos do funcionamento da linguagem, para estabelecer relações entre ensino, discurso, conhecimento e imaginário dos estudantes. São investigações que buscam compreender como ocorrem as articulações entre o conteúdo científico escolar, o conteúdo profissional e as mediações destas relações na internalização de conhecimentos pelos estudantes.

A principal contribuição que os artigos oferecem é apontar as condições de produção das mediações pedagógicas no processo de ensino e os efeitos de sentido por elas suscitados nas elaborações dos estudantes em diferentes contextos universitários e em diferentes disciplinas e cursos.

Assim, neste dossiê são discutidos aspectos da formação inicial de futuros professores de Biologia, de Ciências, de Física, de Geografia, de História, de Química e das séries iniciais do ensino fundamental sob a perspectiva discursiva, tomando como referência os processos de apropriação e de elaboração dos conhecimentos científico-profissionais. Noções como condições de produção, imaginário, memória discursiva, formações discursivas e repetição dão respaldo a análises que possibilitam aos autores a compreensão de discursos produzidos pelos estudantes. Nas suas diferentes produções podemos apreender os processos de ensino organizados pelos professores e a produção de sentidos viabilizados por essas organizações. Ou seja, os autores apresentam condições de produção imediatas para o desenvolvimento de possíveis mediações pedagógicas, e buscam com suas análises compreender indicadores de efeitos de sentido associados tanto a essas condições quanto a outras condições, estas de natureza sócio-histórica.

Dessa forma, a leitura do conjunto de artigos que constituem o dossiê nos possibilita respostas para questões sobre as relações que estudantes de cursos superiores estabelecem entre conteúdos científicos escolares e sua futura profissão, além de nos mostrar indícios de como processos de ensino organizados pelos professores aparecem nas produções dos estudantes, e ainda nos dá acesso a alguns deslocamentos, aparentemente suscitados por mediações pedagógicas ocorridas em aulas de diferentes universidades.

Iniciando por um estudo mais geral do conjunto de pesquisas apresentado no dossiê, o texto Compreendendo a aprendizagem da linguagem científica na formação de professores de ciências, dos autores Teresa Oliveira, Ana Freire, Carolina Carvalho, Mário Azevedo, Sofia Freire, Mónica Baptista do Centro de Investigação em Educação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa - Portugal - apresenta uma proposta de trabalho destinada a professores de ciências, denominada Design Based Research - DBR - que toma as práticas de ensino baseadas em resultados da investigação.

Já em O aprendizado da docência - vozes em composição e disputa na constituição da experiência da profissionalidade, Roseli Aparecida Cação Fontana e Cláudio Borges da Silva, pertencentes ao grupo Aula da Universidade Estadual de Campinas, focalizam a produção textual de um estudante no contexto da disciplina Prática de Ensino de História. Apoiando-se em elaborações teóricas e conceituais de Bakhtin e de Thompson, os autores apontam indicadores da elaboração de conhecimento profissional relativos à docência e à escola.

No artigo Relações entre conteúdo e forma de conhecimentos e práticas pedagógicas em Geociências: imaginário de futuros professores numa disciplina de licenciatura, os autores Henrique César da Silva, Pedro Wagner Gonçalves e Carlos Alberto Lobão da Silveira Cunha, do Departamento de Geociências Aplicadas ao Ensino do Instituto de Geociências, da Universidade Estadual de Campinas, e Denise de la Corte Bacci, do Instituto de Geociências, da Universidade de São Paulo, buscam compreender relações que os estudantes de licenciatura em Geografia estabelecem entre conteúdo e forma de trabalhá-lo numa disciplina universitária e conteúdo e forma profissional ao pensarem a escola básica.

O estudo As disciplinas pedagógicas na formação e na construção de representações sobre o trabalho docente: visões de alunos de licenciatura em Química e Física, de Pedro da Cunha Pinto Neto, Salete Linhares Queiroz e Dulcimeire Ap. Volante Zanon, respectivamente da Universidade Estadual de Campinas, da Universidade de São Paulo campus de São Carlos e da Universidade Estadual Paulista, analisa concepções de licenciandos em Química e em Física sobre a prática profissional e as marcas deixadas pelas disciplinas pedagógicas na sua formação, e identifica sinais de mudanças nessas concepções no curso de Licenciatura.

No artigo A diversidade de interpretações como fator constituinte da formação docente: leitura e observação, de Maria José P. M. de Almeida, Roberto Nardi e Fernanda Cátia Bozelli, os autores, a primeira da Universidade Estadual de Campinas e os outros dois da Universidade Estadual Paulista campus de Bauru, apresentam a análise de interpretações de estudantes de Licenciatura em Física, relativas à leitura de um texto e a uma atividade de observação. É apontada a diversidade de interpretações dos licenciandos, tanto sobre a possibilidade de trabalho com a Física Moderna e Contemporânea no ensino médio quanto a respeito do papel da observação na pesquisa científica.

Em Reflexões sobre a escrita na formação inicial de professores, a autora da Universidade Federal do Paraná, Odisséa Boaventura de Oliveira, analisa as manifestações das subjetividades e identificações nos textos produzidos por licenciandos em Biologia ao se verem no papel de professor.

O artigo Formação inicial de professores de Ciências: perspectiva discursiva na educação CTS de Suzani Cassiani e Irlan von Linsingen, da Universidade Federal de Santa Catarina, aborda a construção de sentidos sociais, culturais e ambientais do conhecimento por estudantes da licenciatura em Ciências Biológicas, ao desenvolverem uma atividade educativa na disciplina Prática de Ensino.

Por fim, em Memórias e posições enunciativas na formação de professores para as séries iniciais do ensino fundamental, a autora Silvania Sousa do Nascimento, da Universidade Federal de Minas Gerais visa identificar, através de memórias discursivas e posições enunciativas de licenciandos em Pedagogia, indicadores da construção de uma posição de professor autor.

Na parte de demanda contínua a temática da formação de professores também se apresenta, temos um bloco com dois artigos dedicados à questão.

O artigo Profissionalização dos professores: conhecimentos, saberes e competências necessários à docência, de autoria de Roberto Valdés Puentes (Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia - FACED/UFU); Orlando Fernández Aquino (Instituto de Letras e Linguísticas da UFU) e Armindo Quillici Neto (Faculdades Integradas do Pontal da Universidade Federal de Uberlândia - FACIP/UFU), analisa algumas classificações e tipologias propostas por diferentes pesquisadores sobre tais conjuntos de saberes, conhecimentos e competências necessários à docência. Segundo o artigo, o interesse de pesquisadores e as publicações sobre formação de professores são importantes dentro do quadro de pesquisa em educação brasileira e apresentam indicadores de crescimento. No artigo foram examinados onze trabalhos que apresentam visão generalizada e propõem tipologias ou classificações sobre o fazer docente (afirmando-se que não pretende esgotar os estudos da área). Classifica os estudos selecionados em três diferentes "famílias": relativos aos a) conhecimentos necessários à docência; b) saberes necessários à docência; c) competências necessárias à docência. As conclusões do estudo são que: 1) é enorme a variedade de autores que têm pretendido ordenar a pluralidade, composição e heterogeneidade dos saberes profissionais dos professores; 2) as próprias classificações e tipologias elaboradas, como resultado desses estudos, são tão plurais, diversas e heterogêneas como seu objeto de análise, o que torna impossível uma comparação entre elas; 3) a proliferação de classificações e tipologias em lugar de melhorar a compreensão dos saberes por elas estudados, aumentou sua complexidade e os tornaram menos inteligíveis; 4) apesar da diversidade de enfoques ser plural, diversa e heterogênea, o significado conceitual é quase o mesmo nos onze autores estudados, embora usem nomenclatura diversa, como "conhecimentos"; "saberes" ou "competências" necessárias à docência.

O artigo seguinte é intitulado A formação dos profissionais educadores ambientais e a universidade: trajetórias dos cursos de especialização no contexto brasileiro, e tem como autora Angélica Góis Müller Morales (Universidade Estadual de Ponta Grossa). Na pesquisa realizou-se um mapeamento dos cursos de especialização em educação ambiental brasileiros. O artigo discute o papel de tais cursos na formação em educação ambiental de profissionais de áreas diversas. Conclui que os cursos de especialização "criam espaços de aprendizagem, de experiência científica, de investigação e de problematização sobre as questões sócioambientais, políticas e sócioculturais, contribuindo na formação de recursos humanos para os diversos setores da sociedade", discute sua repercussão no Ensino Superior e traça considerações sobre a inserção da educação ambiental nesse nível de ensino.

A seguir temos resultados de duas pesquisas que se dedicam a analisar aspectos específicos relativos a livros didáticos.

O artigo Lições de identidade presentes em livros didáticos de séries iniciais, de Letícia Fonseca Richthofen de Freitas (Núcleo de Estudos Sobre Currículo, Cultura e Sociedade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul), discute o papel de livros didáticos na formação da identidade gaúcha: "o presente trabalho se dedica à análise das pedagogias culturais presentes e atuantes nos livros didáticos, mais especificamente, a análise está centrada na assim chamada pedagogia do gauchismo, termo cunhado para designar as diversas formas como as pessoas aprendem a ser gaúchas, em diversas instâncias sociais e culturais". Analisa livros didáticos de História para séries inicias do Ensino Fundamental, publicados entre 1960 e 2005. A análise aponta para a hegemonia de uma forma particular de compreensão da identidade gaúcha, relacionando-a, predominantemente, à figura emblemática e mítica do gaúcho (figura masculina, ligada à vida rural e à região da campanha do Rio Grande do Sul) e ao cavalo. As mudanças observadas nos livros mais recentes em relação aos mais antigos são mais relacionadas à modernização de processos de produção dos livros e ao uso de imagens que à abordagem ao tema, observado uma associação paulatina entre a figura do gaúcho e sua identidade com o "gauchismo/tradicionalismo". Conclui o artigo que a influência do "gauchismo" fez-se cada vez mais presente nos livros didáticos, relacionando tal resultado à expansão dos "Centros de Tradição Gaúcha (CTGs)" e que "no caso da pedagogia do gauchismo, a representação predominante analisada neste estudo produz saberes identitários, os quais ensinam uma maneira de ser gaúcho, convidando alunos e alunas a ocuparem posições de sujeito e a se constituírem a partir de tal pedagogia".

O artigo seguinte toma outro aspecto relativo aos livros. Livro didático: seu papel nas aulas de acentuação, de Kelly Priscilla Lóddo Cezar (Universidade Estadual de Maringá - UEM), Geiva Carolina Calsa (Programa de Pós-Graduação em Educação - UEM) e Edson Carlos Romualdo (Programa de Pós-Graduação em Letras - UEM) analisa o uso do livro didático na prática pedagógica de dois professores - um de 4.ª e outro de 5.ª séries do ensino fundamental - sobre os conteúdos de acentuação gráfica e tonicidade. Em ambas as séries a observação da sala de aula aponta o privilegiamento do uso do livro didático e o reduzido tempo de abordagem pelos professores em relação ao conteúdo. Os autores concluem que:

Embora o livro didático devesse exercer uma função mediadora entre o conhecimento científico escolar e os conhecimentos prévios dos alunos, em relação ao conteúdo de tonicidade e acentuação gráfica os manuais analisados acabaram por simplificar e distorcer esses conceitos. Por conseguinte, no processo de transposição didática, os professores reproduziram a confusão conceitual estabelecida pelos livros. Os dados sugerem que os livros didáticos não estão apresentando os conceitos escolares de forma satisfatória e, portanto, não deveriam continuar sendo considerados como referencial principal e, até mesmo único, para o ensino de conteúdos gramaticais como os focalizados nesta pesquisa.

Após está o artigo Sentidos da educação cidadã no Brasil, de Raquel Alvarenga Sena Venera (Universidade do Vale do Itajaí) que se propõe a realizar uma breve arqueologia/genealogia do conceito de cidadania na "educação brasileira". Para isso discute "como, em momentos históricos e espaços diferentes, o conceito de cidadania a serviço da pátria e da promoção do bem comum é acionado". Analisa as influências de Comenius e Rousseau, a perspectiva da "Escola Nova" e a representação de tal perspectiva por Darci Ribeiro na construção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996. Conclui que os diferentes modelos unem o Estado e a educação escolar e que "o modelo democrático de Estado precisa da escola como dispositivo para a construção de subjetividades cidadãs".

A seguir estão dois artigos que analisam propostas pedagógicas. O primeiro deles intitula-se Educação Física na Educação Infantil: uma realidade almejada, de Adriana Gentilin Cavalaro e Verônica Regina Muller (Universidade Estadual de Maringá). O estudo bibliográfico e documental discute as possibilidades de inserção dos professores de educação física na educação infantil. Analisa dois exemplos da literatura de articulação entre as duas referidas áreas levadas a termo em duas diferentes escolas e propõe um trabalho de forma integrada entre professores de educação física e de educação infantil, pautados pela educação do movimento e pela compreensão da criança como ativa e produtora de cultura.

O artigo final desse número é Atividades lúdicas no ensino de ciências: uma adaptação metodológica através do teatro para comunicar a ciência a todos de autoria de Alessandro Frederico da Silveira, Ana Raquel Pereira de Ataíde e Morgana Lígia de Farias Freire (todos da Universidade Estadual da Paraíba). O artigo traz a análise de duas experiências desenvolvidas em 2004 e 2005 para, por meio do teatro, ensinar e divulgar a ciência. Conclui que "o teatro pode ser o ponto de partida para despertar o interesse, divulgar informações e popularizar de forma lúdica o conhecimento das ciências, possibilitando uma melhor 'leitura de mundo' e consequentemente diminuindo o analfabetismo científico".

Assim, entregamos à comunidade científica mais um número da Educar em Revista que demonstra a efervescência do debate acadêmico sobre diferentes aspectos da realidade educacional que se coaduna com o fulgor do momento político social atual.

Paulo Vinicius Baptista da Silva - Editor

Andréa Barbosa Gouveia - Editora Adjunta

Odisséa Boaventura de Oliveira - Organizadora do Dossiê

Maria José P. M. de Almeida - Organizadora do Dossiê

  • 1 CURY, Jamil. Os desafios da construção de um Sistema Nacional de Educação Artigo de referência para CONAE 2010. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/conae/images/stories/pdf/jamil_cury.pdf>. Acesso em: 20/05/2009.
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    , estamos atentos ao papel que a produção e difusão de conhecimento tem nos mecanismos múltiplos de poder.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      27 Jul 2009
    • Data do Fascículo
      2009
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