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Des/obedecer, des/dobrar, des/fiar e tecer uma nova ética da existência nos cotidianos escolares

RESUMO

O artigo apresenta fragmentos cartográficos de experiências criadas por professoras e crianças de centros de educação infantil do município de Vitória/ES, que, movidos por uma política da alegria, inventam possibilidades de resistências às políticas de centralização e de padronização curricular, abrindo brechas para novas invenções curriculares. Problematiza a força da alegria constituída nos coletivos das escolas, que se engendram junto aos rituais cotidianos, às normatizações e prescrições da vida, aos tempos cronometrados e hierarquizados, questionando os efeitos das tecnologias de poder e os seus funcionamentos nos corpos dos praticantes ordinários dos cotidianos escolares; Aposta na insurreição dos corpos como possibilidade de desassujeitamento dos jogos das políticas da verdade, que tentam nos fixar em um único modelo, sob a vigilância e controle de avaliações padronizadas, medidores de índices de qualidade e premiações a partir da produtividade. Conclui afirmando que inventar políticas da alegria nas escolas é criar espaçostempos para redes de conversas, tendo os signos das artes como disparadores de pensamentos que possam movimentar as resistências coletivas e as invenções curriculares.

Palavras-chave:
Resistências; Política da alegria; Invenções curriculares; Cartografias; Cotidianos escolares

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