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Novas solanáceas hospedeiras de Oidiopsis haplophylli no Brasil

A ocorrência natural de oídio foi observada em plantas de jiló (Solanum gilo), berinjela (S. melongena), batata (S. tuberosum), batata silvestre (S. chacoense) e em duas espécies de fumo (Nicotiana rustica e N. tabacum) em Brasília, Distrito Federal. Os sintomas iniciais da doença incluíam manchas amarelas na face superior do limbo foliar correspondendo a colônias fúngicas, esbranquiçadas com abundante produção de conídios, na superfície inferior. Com o desenvolvimento da doença, as manchas amarelas passaram a necróticas com coloração marrom clara. Observações em lupa revelaram a presença de conidióforos emergindo através dos estômatos e alguns apresentavam duas a três ramificações. Conídios hialinos e com evidente dimorfismo foram observados, sendo os conídios primários de formato lanceolado e os secundários subcilindricos. As características morfológicas e morfométricas dos dois tipos de conídios apresentaram um padrão similar àqueles descritos para Oidiopsis haplophylli. A forma perfeita do fungo (Leveillula taurica) não foi encontrada em nenhuma das hospedeiras examinadas. Este é o primeiro relato destas seis espécies de solanáceas como hospedeiras naturais de O. haplophylli no Brasil. Inoculações controladas empregando os isolados de O. haplophylli obtidos destas hospedeiras indicaram que estes são também patogênicos ao pimentão (Capsicum annuum) e tomate (Lycopersicon esculentum). Esta doença pode se tornar um problema para estas novas hospedeiras especialmente em condições de cultivo protegido ou em áreas de clima seco com irrigação localizada via gotejamento.

etiologia; oídio; Leveillula taurica; Oidiopsis sicula; Solanum gilo; S. melongena; S. tuberosum; Nicotiana rustica; N. tabacum


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