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Progresso da podridão de carvão em raízes de soja nos sistemas de semeadura convencional e direta no Brasil

O aumento da incidência da podridão de carvão, causada por Macropphomina phaseolina, em raízes de soja, foi avaliada durante quatro anos, nos sistemas de semeadura direta (SD) e convencional (SC). Em 1997/98 e 2000/01, a precipitação total entre a semeadura, em novembro, e a colheita, em março, foi de 876.3 e 846.9 mm, respectivamente, não havendo diferença significativa entre a incidência na SD e SC. Em 1998/99 e 1999/00, a precipitação observada foi de 689.9 e 478.3 mm, respectivamente. Em 1998/99, a incidência final nos sistemas de SD e SC foi de 43,7% e 53,1%, respectivamente. Em 1999/00, a incidência final foi de 68,7% e 81,2%. Nesses dois anos, considerados secos (precipitação pluviométrica < 840 mm), as médias de incidência entre os dois sistemas de semeadura foram significativamente diferentes (P=0,05%). A concentração de microesclerócios de raízes e de solo, coletados à profundidade de 0-10 cm em SD e SC, mostrou resultados diferentes. Amostras de solo de SC sempre apresentaram maior concentração de microesclerócios do que amostras de SD (P=0,05%). No entanto, amostras de raízes não apresentaram a mesma resposta. Em anos secos, a concentração foi maior na soja do SC. Não houve diferença em anos com boa precipitação. Devido ao grande número de plantas hospedeiras e à sobrevivência dos microesclerócios no solo, não se acredita que a rotação de culturas seja adequada no controle dessa doença. Entretanto, a manutenção de umidade, favorecida pelo sistema de SD, parece reduzir o progresso da doença, favorecendo o controle do fungo.


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