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Diversidade de patótipos de Pyricularia grisea provenientes de cultivares de arroz de terras altas em parcelas experimentais

Foi estudada a diversidade patogênica de isolados de Pyricularia grisea coletados de 14 cultivares de arroz (Oryza sativa) de terras altas, em campos experimentais durante um período de cinco anos no Brasil. Foram realizadas inoculações em 32 genótipos com 85 isolados monospóricos em condições de casa de vegetação. Com base nas reações das oito diferenciadoras internacionais, onze patótipos de P. grisea foram identificados. Os patótipos internacionais predominantes foram IB-9 (56.4%), IB-1 (16.4%) e IB-41 (11.8%). Oito cultivares locais ('Carajás', 'Confiança', 'Maravilha', 'Primavera', 'Progresso', 'Caiapó', 'IAC-47' e 'IAC-201') foram utilizadas como diferenciadoras para descrever o padrão de virulência de isolados de P. grisea. Foram identificados 26 patótipos locais com base no tipo de reação nestas diferenciadoras, em contraste com os 11 patótipos internacionais. Os patótipos brasileiros mais predominantes, BB-21 e BB-41, representaram 28,2% e 17,6%, dos isolados testados, respectivamente. Isolados virulentos e avirulentos com a cultivar 'Primavera' foram encontrados dentro do patótipo IB-1. Os 14 isolados do patótipo IB-1 foram subdivididos em oito patótipos locais, BB-41, BB-13, BB-21, BB-9, BB-29, BB-61, BD-9 e BG-1. A virulência para as cultivares melhoradas como 'Canastra', 'Confiança', 'Carisma', 'Maravilha', 'Primavera' e 'Bonança' foi freqüente na população do patógeno. Alguns patótipos brasileiros que apresentaram reações diferenciais em cultivares comerciais poderão ser utilizados para incorporação de genes de resistência nas cultivares suscetíveis melhoradas para qualidade de grãos pelo método de melhoramento convencional.


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