A região Noroeste da Argentina (províncias de Tucumán, Salta, Jujuy, Santiago del Estero e Catamarca), de clima subtropical, apresenta uma alta incidência da mosca-branca Bemisia tabaci e a detecção de begomovírus também é freqüente. O Noroeste é a principal região produtora de feijão do país e produz aproximadamente 10% da soja da Argentina. A identidade e diversidade genética de begomovírus associados à soja e ao feijoeiro no Noroeste da Argentina foram estudadas com base na amplificação de fragmentos do genoma viral via PCR, utilizando oligonucleotídeos universais para o gênero Begomovirus que amplificam um fragmento correspondente à região 5' do gene da proteína capsidial. Os fragmentos amplificados foram clonados e seqüenciados, e as seqüências foram submetidas à análise filogenética. Os resultados indicam a presença de quatro espécies de begomovírus, todas relacionadas às espécies do Novo Mundo. O vírus prevalente, detectado em 94% das amostras de feijoeiro e soja e em duas amostras de plantas daninhas, apresentou alta identidade de sequência e relacionamento filogenético com o Sida mottle virus (SiMoV). Um vírus com alta identidade de seqüência com o Bean golden mosaic virus (BGMV) foi detectado em feijoeiro. As duas outras espécies apresentaram menos de 89% de identidade com os demais begomovírus, sugerindo-se tratar de novas espécies. Uma dessas possíveis novas espécies foi detectada em plantas de feijoeiro, soja e tomateiro.
Sida mottle virus; Bean golden mosaic virus; geminivírus