Influências do Diâmetro e Umidade da Madeira na Qualidade do Tratamento Preservativo

Lopes, Dercílio Junior Verly; Paes, Juarez Benigno; Jankowsky, Ivaldo Pontes; Segundinho, Pedro Gutemberg de Alcântara; Vidaurre, Graziela Baptista

doi:10.1590/2179-8087.020716

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Sumário

Artigo Original • Floresta Ambient. 24 • 2017 • https://doi.org/10.1590/2179-8087.020716 copiar

Influências do Diâmetro e Umidade da Madeira na Qualidade do Tratamento Preservativo

Influences of Diameter and Wood Moisture on Quality of the Preservative Treatment

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO

Avaliaram-se os efeitos do teor de umidade e classe diamétrica na qualidade do tratamento de moirões de Corymbia torelliana e Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla. Utilizaram-se 108 moirões, sendo 36 tratados e 18 não tratados, com 2,20 m de comprimento e umidade de 15 a 20%; 20 a 30%; 30 a 40%, e diâmetros de 8 a 10 cm; 10 a 12 cm; 12 a 14 cm. No tratamento, foram utilizados 2% de ingredientes ativos de CCA-C, vácuo inicial e final de 550 mmHg (30 min), pressão de 11 kgf cm^-2 (1 h). Os moirões tiveram a umidade avaliada pelo medidor elétrico, que foi adequado para estimar a umidade destes. Obtiveram-se penetrações satisfatórias e a maior retenção foi obtida nos moirões com umidade de 15 a 20% (8,23 kg m^-3), contudo, umidade de 30 a 40% também foi adequada ao tratamento da madeira, obtendo valores superiores a 6,5 kg m^-3.

Palavras-chave:
tratamento de moirões; arseniato de cobre cromatado; penetração; retenção

Tabela 1 Informações sobre a idade das árvores, local de plantio e espaçamento do povoamento.

Árvores	Idade (anos)	Local de Plantio			Espaçamento do Plantio (m)
Árvores	Idade (anos)	Altitude (m)	Latitude	Longitude	Espaçamento do Plantio (m)
C. torelliana	11	109	18º27’37”S	40º10’36”O	3,00 x 2,00
E. urograndis	9	101	18º28’21”S	40º09’00”O	3,00 x 2,00

Tabela 2 Valores médios das características macroscópicas avaliadas das madeiras.

Características Macroscópicas Avaliadas	Madeira
Características Macroscópicas Avaliadas	*Corymbia torelliana*	E. urograndis
% Cerne	67,87 a (19,74)	56,53 b (22,89)
% Alburno	32,13 a (41,33)	43,47 b (29,74)
Relação Cerne:Alburno	2,65 a (55,47)	1,51 b (53,78)
Volume Tratável (m³)	0,009418 a (9,38)	0,012275 b (25,36)

Tabela 3 Equação da reta e parâmetros estatísticos da regressão linear simples para os moirões de Corymbia torelliana e E. urograndis.

Moirões	Equação da Reta de Regressão	r(x,y)	R²	Syx	F
C. torelliana	Y = 5,355 + 0,731*X	0,85	72,98	3,62	140,4^ Significativo (p ≤ 0,01); r(x,y) coeficiente de correlação de Pearson; R2 coeficiente de determinação de Pearson; Syx erro padrão da estimativa.
E. urograndis	Y = 2,182 + 0,836*X	0,89	80,86	3,28	219,7^ Significativo (p ≤ 0,01); r(x,y) coeficiente de correlação de Pearson; R2 coeficiente de determinação de Pearson; Syx erro padrão da estimativa.

Tabela 4 Valores médios da retenção dos ingredientes ativos de CCA em função do teor de umidade, madeira e profundidade radial.

Teor de Umidade (%)	Retenção (kg i.a m^-3)
15 a 20	8,23 a (59,78)
20 a 30	7,02 ab (73,93)
30 a 40	6,89 b (72,42)
Madeiras		Retenção (kg i.a m^-3) / Profundidade Radial (cm)
Madeiras		0 a 1,5	1,5 a 3,0
Corymbia torelliana		11,44 Aa (15,73)	1,66 Bb (140,36)
E. urograndis		11,74 Aa (23,08)	4,67 Ba (68,09)

Tabela 5 Valores médios da penetração radial de cobre em função da madeira, do teor de umidade e classe diamétrica.

Madeira	Penetração Radial (mm) / Teor de Umidade (%)
Madeira	15 a 20	20 a 30	30 a 40
C. torelliana	17,87 Ab (29,26)	14,41 Cb (25,05)	16, 25 Bb (38,83)
E. urograndis	21,73 Aa (20,80)	20,79 Ba (23,28)	21,19 Aa (22,44)
Madeira	Penetração Radial (mm) / Classe Diamétrica (cm)
Madeira	8 a 10	10 a 12	12 a 14
C. torelliana	18,65 Ab (35,49)	16,45 Bb (28,14)	13,42 Ca (18,37)
E. urograndis	22,47 Aa (20,73)	19,80 Ba (25,30)	12,43 Ca (18,18)

Tabela 6 Valores médios de penetração para teor de umidade e a classe diamétrica.

Teor de Umidade (%)	Penetração Radial (mm) / Classe Diamétrica (cm)
Teor de Umidade (%)	8 a 10	10 a 12	12 a 14
15 a 20	19,95 Aa (26,06)	21,02 Aa (21,5)	18,42 Ba (30,89)
20 a 30	20,29 Aa (27,89)	15,42 Bc (25,94)	17,08 Ba (29,44)
30 a 40	21,44 Aa (32,83)	17,95 Bb (28,57)	18,27 Ba (34,92)

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[1] *Juarez Benigno PaesDepartamento de Ciências Florestais e da Madeira, Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, Av. Governador Lindemberg, 316, CEP 29550-000, Jerônimo Monteiro, ES, Brasil e-mail: jbp2@uol.com.br