Introdução
A fadiga muscular é um fenômeno associado ao trabalho comum em esportes de resistência, testes físicos e em atividades diárias. Alguns testes podem ser diretamente afetados pelo efeito da fadiga muscular periférica, dentre estes a força de preensão manual (FPM) que é considerada a medida referência para avaliação da funcionalidade da mão.
Objetivos
a) verificar o efeito da fadiga muscular periférica, entre as tentativas, durante a realização do teste de FPM com intervalo de recuperação de 60 segundos; b) analisar a existência da diferença em considerar como resultado final o valor médio obtido nas três tentativas ou o melhor resultado.
Materiais e métodos
Foram medidos 1.279 homens seguindo-se a metodologia padrão e utilização de um dinamômetro hidráulico manual.
Resultados
Houve diferença estatística significativa (P < 0,05) na mão dominante entre todas as tentativas. Primeira (46,5 ± 8,6 Kgf), segunda (46,4 ± 8,5 Kgf), terceira (46,1 ± 8,6 Kgf) e, na mão não dominante entre todas as tentativas, primeira (44,9 ± 8,4 Kgf), segunda (44,5 ± 8,3 Kgf) e terceira (44,0 ± 8,3 Kgf), bem como foi observada diferença estatística significativa (P < 0,05) entre as duas formas de se considerar o resultado final. Na mão dominante a média das três tentativas foi de (46,3 ± 8,3 Kgf) e, considerando o melhor resultado (48,1 ± 8,5 Kgf), já na mão não dominante foram (44,5 ± 8,2 Kgf) e (46,0 ± 8,2 Kgf) respectivamente.
Conclusão
A fadiga muscular periférica interfere diretamente no resultado final, indicando redução significativa no decorrer da avaliação. O melhor resultado, frequentemente, é obtido na primeira tentativa, sendo indicado considerar como resultado final o maior valor obtido.
Contração muscular; Fadiga muscular; Força da mão; Dinamômetro de força muscular