Introdução
A dor lombar crônica de origem mecânico-degenerativa é um dos sintomas de maior incidência na população mundial, independente do fator causal, e tem estreita relação com a instabilidade do segmento lombar da coluna vertebral.
Objetivos
Analisar os efeitos de um protocolo de estabilização segmentar lombo-pélvica nas variáveis isocinéticas, funcionalidade e dor em indivíduos com lombalgia.
Materiais e métodos
A amostra foi composta por 21 sujeitos, 8 do gênero feminino e 13 masculino, com idade média de 42,6 ± 12,5 anos. Foram utilizados testes de mobilidade (Índice de Shober Modificado), flexibilidade (Distância mão-chão), funcionalidade (Questionário Roland-Morris), dor (EVA) e variáveis isocinéticas Pico de torque, Trabalho e Relação F/E antes e após aplicação de um protocolo de Estabilização Segmentar em sujeitos com lombalgia crônica mecânico-degenerativa. O protocolo teve duração de dois meses, sendo aplicado duas vezes por semana. Os dados foram testados estatisticamente através do programa computacional Statistica v.8.0.
Resultados
Obteve-se melhoras significativas para as variáveis, flexibilidade (p = 0,014), funcionalidade (p < 0,001), nível de dor (p < 0,001), PT Flexão (p = 0,008), PT Extensão (p < 0,001), T Flexão (p = 0,001), T Extensão (p < 0,001) e Relação F/E (p = 0,001).
Conclusão
Mesmo com a melhora dos níveis de força dos músculos do tronco — flexores e, sobretudo, extensores —, não foi possível reequilibrar o segmento segundo os dados da literatura. Acredita-se que um protocolo de maior duração com a manutenção do recrutamento dos músculos extensores torna-se necessário. Em relação à mobilidade do segmento lombar, o protocolo não apresentou diferenças significativas no pós-tratamento (p = 0,520). Isto pode ser atribuído ao melhor controle muscular desenvolvido, proporcionando aumento da rigidez passiva necessária para promoção da estabilidade.
Coluna vertebral; Lombalgia; Flexibilidade; Dinamômetro de força muscular
