Resumo
Introdução:
A dor musculoesquelética merece ser investigada por ser um fenômeno prevalente, multidimensional e de difícil compreensão, podendo ter como fatores principais: lesões teciduais, aspectos emocionais, socioculturais e ambientais. Assim, conhecer a especificidade da dor é essencial para definir estratégias de prevenção da doença e de promoção de saúde da população.
Objetivos:
estimar a prevalência de dor musculoesquelética e descrever as características da dor, o impacto na funcionalidade na população de Belterra/Pará e suas implicações no serviço de saúde municipal.
Método:
Em estudo descritivo foram avaliados indivíduos que participaram das atividades desenvolvidas pelo projeto Bandeira Científica. A prevalência de dor foi estimada com intervalo de confiança de 95% e medidas descritivas foram usadas para caracterizar a dor e as consequências para funcionalidade.
Resultados:
Foram entrevistados 453 indivíduos, a idade média foi de 44,3 ± 18,0 anos, 69,6% eram mulheres. A prevalência de dor crônica foi de 62,5% e de dor na coluna 55,0%. A dor era sentida quase diariamente por 67,9% dos indivíduos e em 69,6% a intensidade era forte ou insuportável na crise. Indivíduos com intensidade insuportável e frequência diária do sintoma relataram maior dificuldade para atividades pesadas (91,5%) e para manter-se na mesma posição (82,9%).
Conclusão:
A prevalência de dor foi alta, de caráter crônico, com elevada intensidade e frequência, longa duração e maior frequência na coluna. A dor teve interferência na realização de atividades pesadas e manutenção da mesma postura em pessoas com maior intensidade e frequência de dor.
Palavras-chave:
Dor; Epidemiologia; Serviços de saúde.