Resumo
Introdução:
O câncer é uma grave patologia de elevada incidência e complexidade de diagnósticos. Situações pessoais, ambientais, os efeitos deletérios destas e o estilo de vida modulam diferentes desfechos.
Objetivo:
Investigar a associação entre a qualidade de vida e a capacidade funcional durante o tratamento de câncer hematológico.
Métodos:
É um estudo transversal de amostragem intencional de pacientes de ambos os sexos com neoplasia hematológica, entrevistados em 2016. A qualidade de vida (QV) foi avaliada pelo European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire. Para a definição da capacidade funcional em atividades básicas e instrumentais da vida diária, foram empregados o Índice de Katz e a escala de Lawton, respectivamente. Os dados foram submetidos à análise de correlação e testes de comparação de médias.
Resultados:
Os 52 participantes apresentaram o escore médio de QV de 60,6. Nas escalas funcionais, o pior resultado foi o desempenho de papel (46,8), enquanto nos sintomas, foi a fadiga (48,1). Os indicadores de QV com resultados mais expressivos foram as correlações entre o desempenho de papel e a fadiga (r = -0,60) e entre a função social e dificuldades financeiras (r = -0,45). Ainda houve associação entre a escala de desempenho de papel e a incapacidade funcional para atividades da vida diária (p = 0,017). A fadiga esteve associada à incapacidade para atividades básicas (p = 0,018), enquanto a insônia para as atividades instrumentais (p = 0,032).
Conclusão:
A associação entre menores escores de QV e a incapacidade funcional reflete os prejuízos da neoplasia hematológica para a realização de atividades diárias.
Palavras-chave:
Neoplasias; Incapacidade Funcional; Estilo de Vida; Atividades Cotidianas; Promoção da Saúde
