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Agendamento, tempo de espera, absenteísmo e demanda reprimida na atenção fisioterapêutica ambulatorial

Resumo

Introdução:

O acesso aos serviços de fisioterapia precisa ser em tempo oportuno evitando instalação de incapacidades aos usuários. Analisar as demandas em fisioterapia dá embasamento ao planejamento tanto da gestão de filas quanto de ações preventivas e reorganização dos serviços, direcionando-os às principais necessidades da população.

Objetivo:

Identificar usuários que necessitaram de serviços ambulatoriais de fisioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS) em Campo Grande/MS, caracterizar a demanda atendida e reprimida, bem como analisar o absenteísmo e o tempo de espera para o acesso.

Métodos:

Foram utilizados dados secundários do Sistema de Regulação de Vagas e realizadas análises de associação e multivariada, com nível de significância de 5%.

Resultados:

O gênero feminino foi predominante e aumentou ano a ano; o maior número de solicitações foi para alterações motoras do adulto. O tempo de espera médio no período (2017-2019) foi de aproximadamente 2,5 meses. O absenteísmo foi de 34% e aumentou ano a ano. A maioria dos agendamentos e do absenteísmo foi de usuários provenientes da região de maior exclusão social. A maioria dos encaminhamentos da demanda reprimida foi da atenção básica e para o tratamento fisioterapêutico nas alterações motoras do adulto.

Conclusão:

Os resultados evidenciaram tempo excessivo de espera entre a solicitação e o agendamento, altos índices de absenteísmo e demanda reprimida. Esses aspectos atuam sinergicamente como barreiras de acesso ao cuidado fisioterapêutico ambulatorial da rede pública na capital estudada, com impactos negativos importantes na recuperação dos usuários.

Palavras-chave:
Acesso aos serviços de saúde; Atenção primária a saúde; Fisioterapia; Reabilitação

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