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Efeito da inclinação de apoio no desenvolvimento cervical e de membros superiores

Introdução

De forma gradual, sequencial e organizada, espera-se que a criança adquira o controle postural (CP) de cabeça e membros superiores. Contudo, ainda não existe um consenso sobre qual o melhor posicionamento para aquisição desse; evidências apontam que a postura em decúbito ventral seja mais benéfica.

Objetivo

Investigar se a idade e a inclinação da superfície de apoio em decúbito ventral influenciam o alinhamento da cabeça e do membro superior de crianças com desenvolvimento motor típico (DMT) e atípico (DMA).

Métodos

Participaram do estudo 29 crianças de um a três meses de idade divididos de acordo com escala Alberta Infant Motor Scale (AIMS) em grupo com DMT (n = 18) e DMA (n = 11). As crianças foram posicionadas em decúbito ventral com três ângulos de superfície de apoio (0°, 25° e 45°). A análise cinemática foi utilizada para avaliar os ângulos de alinhamento da cabeça e do membro superior.

Resultados

Crianças com DMT apresentaram maior alinhamento da cabeça. Não houve diferença do alinhamento do membro superior entre os grupos com DMT e DMA. No terceiro mês de idade comparado ao primeiro houve maior alinhamento da cabeça e menor alinhamento do membro superior em ambos os grupos. As inclinações da superfície de apoio não influenciaram no alinhamento da cabeça e do membro superior.

Conclusões

Entre as posições avaliadas, o decúbito ventral sem inclinação da superfície de apoio foi mais apropriado para descarregar o peso para os membros superiores, favorecendo o desenvolvimento do controle postural da criança.

Postura; Movimentos da cabeça; Extremidade superior; Criança


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