RESUMO
O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) na força muscular, alívio da dor e melhora da função em pacientes com osteoartrite de joelho. Realizou-se uma pesquisa em diferentes bases de dados, como PubMed, Embase, LILACS e o Cochrane Central Register of Controlled Trials, no período de dezembro de 2017 até julho de 2020. Procedeu-se a uma busca manual com o intuito de verificar as listas de referências dos artigos elegíveis. As diretrizes PRISMA foram seguidas. Os estudos selecionados comparavam a estimulação elétrica neuromuscular com um programa de exercícios de força muscular isométrica como desfecho primário. Os resultados secundários foram dor e função. A qualidade dos estudos foi avaliada usando avaliação de risco de viés e a escala PEDro e a qualidade geral das evidências foi avaliada usando a abordagem GRADE. Oito estudos foram incluídos nesta revisão sistemática com um total de 571 pacientes analisados. A EENM associada ao exercício promoveu o aumento da força isométrica do músculo quadríceps em relação ao grupo controle ativo, demonstrando heterogeneidade e diferença estatística (IC 95%=1,16 a 5,10, I2=97%, p=0,002; evidência de muito baixa certeza), mas não melhorou a função física (IC 95%=−0,37 a 0,59, I2=0%, p=0,67; evidência de baixa certeza) e mostrou resultados controversos para dor em comparação ao grupo de controle ativo (avaliação qualitativa). Conclui-se que a EENM induz o aumento da força muscular em pacientes com osteoartrite, porém não foram encontradas diferenças nos resultados de funcionalidade e dor em comparação com o grupo de controle ativo. Devido à incerteza das evidências, são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.
Descritores:
Estimulação Elétrica; Contração Isométrica; Dor; Osteoartrite; Fisioterapia