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Mulheres e Espelhos: a Devastação e o irrepresentável no corpo feminino

Women and mirrors: Devastation and the irrepresentable in the female body

Resumo

Este artigo situa a Devastação como operação lógica que remete e contrasta, quanto à incidência e consequências psíquicas, com a operação instauradora do narcisismo no primeiro tempo da constituição subjetiva. Observando a necessidade de reafirmação da imagem no embate arrebatador com o espelho, o trabalho ressalta, com o conto Branca de Neve, algo de estrutural no mal-estar das mulheres em relação à imagem, analisando a delicada relação da madrasta com sua imagem própria refletida pelo espelho falante. Para tanto, relemos Freud, Sobre o narcisismo: uma introdução, e Lacan, O estágio do espelho como formador da função do eu, recorrendo às reflexões psicanalíticas acerca da edificação do corpo para elucidar o processo contínuo de sua construção, que no feminino é reiteradamente confrontado com a falta de um significante (simétrico ao falo) que pudesse alienar o gozo e encerrar a busca por uma representação última para o ser dȺ mulher.

Palavras-chave:
Psicanálise; Devastação; beleza; corpo; narcisismo

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