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Africanized honey bees (Apis mellifera L.) are more efficient at removing worker brood artificially infested with the parasitic mite Varroa jacobsoni Oudemans than are Italian bees or Italian/Africanized hybrids

Abelhas africanizadas são mais tolerantes à infestação com o ácaro Varroa jacobsoni do que abelhas de origem européia. A capacidade destas abelhas de detectar e reagir à cria infestada com este ácaro pode ser um dos fatores chaves que determina esta tolerância. Células de cria de operária foram infestadas artificialmente, abrindo o opérculo, inserindo ácaros fêmeas adultas vivas e selando as células. A habilidade das abelhas africanizadas de reconhecer e remover esta cria infestada artificialmente foi comparada com a de abelhas híbridas italianas/africanizadas e com dois grupos de abelhas italianas "puras", em três experimentos distintos. Rainhas italianas já fecundadas foram importadas dos EUA ou foram obtidas da ilha de Fernando de Noronha, Brasil, onde abelhas italianas são mantidas desde 1984. Colmeias africanizadas removeram em media 51% da cria infestada, enquanto colmeias híbridas italianas/africanizadas removeram 25%. Colmeias africanizadas também removeram uma proporção significativamente maior de cria infestada do que colmeias "puras" italianas com rainhas dos EUA (59 vs. 31%, respectivamente). Da mesma maneira, quando colmeias africanizadas foram comparadas com colmeias de abelhas italianas da ilha de Fernando de Noronha, as africanizadas foram significativamente mais eficientes na remoção de cria infestada (61 vs. 35%, respectivamente), apesar de que a população de abelhas italianas desta ilha foi exposta a varroa e elas sobreviveram sem tratamento durante mais de 12 anos. Somente as abelhas africanizadas removeram uma proporção significante da cria infestada com V. jacobsoni, quando os dados foram corrigidos pela taxa de remoção da cria das células controles.


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