Resumo
Em setores extremamente dinâmicos, cuja estrutura não se revela tão evidente, tanto a abordagem fundamentada no paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho, quanto a abordagem baseada nos recursos se mostram limitadas para explicar as fontes das vantagens competitivas das firmas e o desempenho alcançado a partir de suas escolhas estratégicas. Nesse contexto, ao enfatizar o ajuste da firma às transformações de ambientes extremamente dinâmicos e o enfrentamento dos desafios impostos por setores voláteis, por meio da integração, reconfiguração e renovação de seus recursos, competências e capacidades, a perspectiva das capacidades dinâmicas se apresenta como abordagem promissora não só para o entendimento das fontes de vantagens sustentáveis das firmas, mas de como tais vantagens são desenvolvidas e implementadas. O artigo consiste em um ensaio teórico que analisa o conceito de capacidades dinâmicas a partir das principais definições coletadas na literatura, fazendo uma síntese conclusiva e discutindo acerca das contribuições teóricas consultadas. Os autores propõem um modelo teórico das relações entre dimensões de capacidades dinâmicas para explicar a construção e a sustentação da vantagem competitiva, tendo a construção de sentido (sense-making) como capacidade fundamental, determinante para a melhoria da eficácia das demais capacidades dinâmicas, constituindo elemento unificador entre elas e possibilitando o direcionamento das decisões e escolhas estratégicas da firma.
Palavras-chave:
Estratégia; Vantagem competitiva; Capacidades dinâmicas; Capacidades organizacionais; Estratégia baseada em recursos
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