Resumo
O princípio de melhoria contínua Kaizen incentiva os empregados a usar seus conhecimentos para criar melhores soluções. Esse conhecimento, referido como tácito, é estratégico ser compartilhado, por meio da socialização, e explicitado por meio da externalização. Um departamento de uma indústria metalúrgica multinacional de Santa Catarina, Brasil, tem um índice de envolvimento no Kaizen historicamente inferior a 50%. Este trabalho se propôs identificar e analisar as barreiras ao compartilhamento do conhecimento, considerando a interface socialização-externalização, e como se relacionam ao atual índice de envolvimento no Kaizen da empresa. Para isso, houve a revisão da literatura, uma análise documental sobre a empresa, seguida pela aplicação de um questionário, que serviu de escala para uma análise fatorial exploratória e validação do modelo para os objetivos traçados. A análise fatorial confirmou a falta de aplicação de meios meritocráticos, contexto Ba, e envolvimento da gestão, além de ter retido três fatores organizacionais e três individuais de barreiras ao compartilhamento do conhecimento. Evidenciou-se que atual índice de envolvimento dos funcionários ao Kaizen contrasta significativamente com os efeitos da interface socialização-externalização e as barreiras ao compartilhamento do conhecimento. O método estruturado neste trabalho tem potencial de aplicação em outras empresas e pode ser aperfeiçoado.
Palavras-chave:
Gestão do conhecimento; Compartilhamento do conhecimento; Conhecimento tácito; Melhoria contínua; Análise fatorial exploratória