Este artigo discute dados obtidos num estudo sobre populações residentes nas proximidades de uma importante reserva de mata atlântica brasileira, a Estação Ecológica de Murici (Esec-Murici), situada no Complexo Florestal de Murici (CFM), na zona da mata alagoana, distribuídas em dois assentamentos rurais do Incra e em 33 fazendas. A partir de alguns indicadores sociais desta enquete, discutimos formas culturais expressas por essas populações, associando-as com as noções de sustentabilidade econômica e ambiental em suas interfaces com o desenvolvimento social desses grupos e com as preocupações dos demais agentes atuantes no CFM, sugerindo que a manutenção de um imaginário urbano, produtor de novas subjetividades, pode se conjugar, de maneira favorável, com uma política de preservação ambiental.
antropologia; assentamentos rurais; cultura urbana; meio ambiente