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Relações de trabalho nos balatais do Pará

Este artigo resulta de pesquisa etnográfica empreendida no Pará junto a dezenas de homens que, nos anos 1940 a 1970, extraíram sistematicamente o látex conhecido como balata. Seu trabalho era fundado em relações altamente hierarquizadas numa cadeia produtiva que os atava a patrões locais e comerciantes estrangeiros, e baseava-se no sistema de aviamento que caracteriza o extrativismo em larga escala na Amazônia brasileira. Os balatais eram seus ambientes de trabalho e morada durante cerca de seis meses por ano, até que seu ofício perdeu interesse no mercado internacional e esses homens viram-se destituídos de profissão e, em muitos casos, de família e patrimônio, já que haviam dedicado longos períodos da vida à estada na floresta. Busca-se, por meio do registro de memórias e narrativas biográficas de balateiros, hoje idosos, reconstituir os contextos, processos, laços e sentidos que o trabalho nos balatais assumiu na experiência social desses homens.

balata; memória; Pará; trabalho


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