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O movimento software livre do Brasil: política, trabalho e hacking

A proposta deste trabalho é discutir, a partir de dados etnográficos, as características, contradições e transformações da comunidade software livre brasileira vividas nos últimos anos. Entendida como um movimento social, busca-se mostrar como ela inter-relaciona questões que envolvem política, linguagem, trabalho e identidade. O cenário etnográfico abordado mistura o online com o offline, ou seja, a pesquisa procurou entender o software livre tanto por meio da pesquisa de campo tradicional como pela observação de grupos online. O movimento software livre brasileiro se mostrou, comparado com seus equivalentes internacionais, como de grande eficácia: articulou-se com partidos e políticos tanto em nível local como nacional, mostrando-se influente a ponto de ver atendidas certas demandas; alguns de seus membros obtiveram cargos técnicos e administrativos; e foi possivelmente o grupo mais influente na constituição dos grupos que atualmente identificam-se sob o termo guarda-chuva "cultura digital". A pesquisa que dá base ao texto já resultou em tese de doutoramento e reúne dados coletados por dez anos de envolvimento com a comunidade software livre, incluindo interações e participação em eventos offline, sendo o mais importante deles o Fórum Internacional de Software Livre, realizado anualmente em Porto Alegre.

cibercultura; movimentos sociais; política; software livre


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