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Comida, trabalho e patrimônio: notas sobre o ofício das baianas de acarajé e das tacacazeiras

Este artigo examina o ofício das baianas de acarajé e das tacacazeiras, no contexto de seu processo de patrimonialização e salvaguarda pelo Iphan. Ao colocar uma lente sobre a produção e consumo do acarajé e do tacacá, à luz da noção de "sistemas culinários", os autores revelam que distintas concepções de "patrimônio" circulam entre essas profissionais, seus clientes e agentes estatais, o que vem, muitas vezes, ocasionar conflitos em torno dos usos do espaço urbano por parte dessas profissionais. As descrições etnográficas apresentadas revelam como essas formas específicas de comida ocupam um lugar central na formação de vínculos sociais e cosmológicos, bem como de subjetividades individuais e coletivas. É objetivo também dos autores colocar em foco as múltiplas representações e apropriações que se fazem do acarajé e do tacacá, quando podem aparecer como comidas "típicas", de "rua" ou de "santo", nos processos de diferenciação e constituição de pertencimentos sociais.

comida; patrimônio; sociabilidades urbanas; trabalho


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