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Nature/nurture and the anthropology of Franz Boas and Margaret Mead as an agenda for revolutionary politics

O debate natureza/cultura é muito mais do que um desentendimento teórico e abstrato entre cientistas desapaixonados. Cada lado do debate leva a visões diferentes da ordem social e traz implicações diferentes para políticas sociais. Neste artigo, sugiro que a Antropologia de Boas, com sua ênfase no relativismo cultural, tanto quanto uma teoria científica, foi um programa social e político. As posturas de política pública às quais ele se opunha eram informadas (e racionalizadas) por algo apresentado por seus proponentes como ciência. Para combater as propostas discriminatórias que decorriam desta ciência, cabia a Boas desafiar sua validade e substituí-la por uma alternativa que daria apoio a uma agenda política mais liberal. Esse capítulo da história da antropologia assume maior relevância no contexto atual em que teorias néo-evolucionistas e reducionistas mais uma vez fornecem uma base "científica" para políticas sociais conservadoras, separatistas e freqüentemente discriminatórias.

Franz Boas; história da antropologia; preconceito racial; relativismo cultural


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