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Trabalho assalariado e campesinato: uma etnografia com famílias camponesas

Partindo de uma pesquisa etnográfica com famílias camponesas que saem de suas terras para trabalhar em diferentes lugares do Brasil, o objetivo deste texto é pensar a relação entre trabalho assalariado e campesinato. O recorte analítico privilegia a modalidade migratória atualmente mais significativa no município de Aracatu (BA), a "migração para o café", na qual, durante quatro meses ao ano, homens e mulheres fecham suas casas no sertão e se deslocam para trabalhar em lavouras de café da região Sudeste. Finalizado o trabalho, retornam para casa e ali permanecem até a colheita do próximo ano. O dinheiro ganho no café garante a "feira" do ano e a continuidade do "negócio" familiar. Um trabalho assalariado que se insere nas dinâmicas produtiva e reprodutiva dessas famílias camponesas, e possibilita a reprodução de uma ordem moral camponesa, no sentido proposto por Klaas Woortmann.

etnografia; famílias camponesas; migração; trabalho assalariado


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