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Louisiana Story, entre nature et cultures

Em Louisiana Story, Robert Flaherty escolheu a natureza opulenta de Luisiana como lugar de encontro entre duas culturas: uma cultura industrial anglófona e uma cultura rural francófona. Esse filme, encomendado e financiado pela companhia petroleira Sandard Oil, devia mostrar originalmente as dificuldades e os perigos da extração petroleira para suas equipes colocando-os em cena numa obra destinada a um público amplo. O problema colocado para Flaherty era que tais manobras eram subterrâneas, e por isso escapavam à lente da câmara. Depois de percorrer milhares de quilômetros nos Estados Unidos à procura de inspiração, sua escolha recaiu sobre a região dos Acádios de Luisiana onde ele ficou impressionado pela imagem de uma plataforma que se deslocava por via aquática em um dos múltiplos pântanos desta região. Esse lugar permitiu misturar e confrontar na mesma imagem a modernidade das plataformas e uma natureza selvagem, uma população estrangeira quanto a suas tradições e sua linguagem e uma população operária mais tipicamente americana. Louisiana Story resulta um filme estranho e ambíguo. Nele, os homens aparecem como figuras secundárias, dominados pelo gigantismo dos equipamentos petroleiros e pela grandeza da natureza. Parece que durante a filmagem, Flaherty foi fascinado pela fauna e pela flora em detrimento do cenário que era o encontro entre duas culturas através das descobertas e dos laços de amizade de um menino cajun.

cajun; ficção e realidade; Lousiana Story; responsabilidade do autor; Robert Flaherty


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