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Análise produtiva de genótipos de milho verde consorciados com feijão

Productive analysis of green maize genotypes intercropped with beans

RESUMO

O objetivo desse trabalho foi realizar análise produtiva de genótipos de milho verde consorciados com feijão. O experimento foi realizado no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, sendo utilizado o delineamento em blocos casualizados no esquema fatorial (4x2), com quatro genótipos de milho (Alagoano, Viçosense, Nordestino e Cruzeta) e dois sistemas de cultivo (monocultivo e consorciado), além de um tratamento complementar (variedade IAC Alvorada de feijão em monocultivo), com três blocos. Foram avaliadas variáveis de interesse agronômico para a produção de milho verde e feijão verde. Os genótipos Viçosense, Nordestino e Alagoano apresentaram as maiores produtividades de espigas comerciais, com média de 12,28 t/ha, e ótimas características morfológicas de milho verde. O consórcio de milho com feijão apresentou características comerciais de milho verde semelhante ao monocultivo. O sistema de consórcio apresentou produção equivalente de milho verde (18,32 t/ha) superior ao monocultivo (11,50 t/ha). Os índices de eficiência produtiva do milho e uso eficiente da terra apresentaram valores respectivos de 0,92 e 1,39, que confirmam a alta viabilidade do consórcio, além do potencial dos genótipos a serem utilizados nesse sistema.

Palavras-chave:
Zea mays; Phaseolus vulgaris; associação de culturas

ABSTRACT

We analysed the productivity of green maize genotypes intercropped with beans. The experiment was carried out at Centro de Ciências Agrárias of Universidade Federal de Alagoas, Maceió, Brazil, using the randomized blocks design in a factorial scheme (4x2), with four maize genotypes (Alagoano, Viçosense, Nordestino and Cruzeta) and two cropping systems (monoculture and intercropped), plus a complementary treatment (IAC Alvorada beans in monoculture), in three blocks. Desirable agronomic variables were evaluated for the production of green beans and corn. The genotypes Viçosense, Nordestino and Alagoano presented the highest marketable ears productivity, with an average of 12.28 t/ha, and high quality characteristics of corn. The intercropping of corn and beans presented the same marketable characteristics as those obtained with corn in monoculture (11.50 t/ha). The indexes of maize productive efficiency and efficient use of the land presented values, respectively of 0.92 and 1.39, confirming the viability of the intercropping, beyond the potential of the genotypes to be used in this system.

Keyswords:
Zea mays; Phaseolus vulgaris; association of cultures

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo; produziu na safra 2013/2014 75 milhões de toneladas de grãos (CONAB, 2014CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos. V.1 - Safra 2013/2014. Disponível em: Disponível em: http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1253& Acessado em27 de dezembro de 2014.
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) e 535 mil toneladas de milho verde (ABH, 2013ABH - Anuário Brasileiro de Hortaliças. 2013. Editora Gazeta, Santa Cruz do Sul, 88p. 2013. Disponível em: Disponível em: http://www.grupogaz.com.br/editora/anuarios/show/4393.html Acessado em 27 de dezembro de 2014.
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), sendo essa produção autossuficiente e com alto potencial de exportação. O consumo interno é na sua maioria utilizado para fabricação de ração para animais, entre 60 e 80%, porém o uso direto na alimentação humana também é muito importante, tanto dos derivados do milho seco, mas principalmente do milho verde (Miranda et al., 2012MIRANDA, RA; DUARTE, JO; GARCIA, JC. 2012. Economia da produção. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sogo. Disponível em: Disponível em: http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_8_ed/economia.htm . Acessado em 29 de dezembro de 2014.
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).

A produtividade agrícola é um dos aspectos agronômicos de maior relevância no setor, pois cada vez mais é necessário aumentar a produção e, em contrapartida, não expandir a área plantada; dessa forma, o manejo eficiente dos recursos disponíveis é indispensável para a manutenção e melhoria das condições de vida da população (Paterniani, 2001PATERNIANI, E. 2001. Agricultura sustentável nos trópicos. Estudos Avançados 43: 303-326.). Para o milho, a eficiência produtiva já chegou a bons resultados, porém a cultura ainda tem potencial para aumentar sua eficácia (Cruz et al., 2008CRUZ, JC; KARAN, D; MONTEIRO, MAR; MAGALHÃES, PC. 2008. A cultura do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo. 517p.), investindo principalmente em tecnologias para regiões periféricas, com o desenvolvimento de manejos adequados e eficientes para cada situação.

A consorciação de culturas é um sistema em que duas ou mais culturas convivem durante seu ciclo (Barreto & Fernandes, 2010BARRETO, AC; FERNANDES, MF. 2010. Cultivo de milho consorciado com guandu em sistema de plantio direto em solos dos tabuleiros costeiros. Aracaju: Embrapa Tabuleiros Costeiros.), sendo praticadas predominantemente nas pequenas propriedades, que buscam melhor aproveitamento da área, e menor risco de perdas agrícolas (Viegas Neto et al., 2012VIEGAS NETO, AL; HEINZ, R; GONÇALVES, MC; CORRERIA, AMPC; MOTA, LHS; ARAÚJO, WD. 2012. Milho pipoca consorciado com feijão em diferentes arranjos de plantas. Pesquisa Agropecuária Tropical. 42: 28-33.). O consórcio do milho com feijão é o sistema predominante no Brasil (Maciel et al., 2004MACIEL, AD; ARF, O; SILVA, MG; SÁ, ME; BUZETTI, S; ANDRADE, JAC; SOBRINHO, EB. 2004. Comportamento do milho consorciado com feijão em sistema de plantio direto. Acta Scientiarum 26: 309-314.) e é recomendado devido às características das culturas comportarem perfeitamente essa associação (Santos & Albuquerque, 2002SANTOS, DM; ALBUQUERQUE, MM. 2002. Recomendações técnicas: Milho consorciado com feijão. Maceió: Embrapa Tabuleiros Costeiros. Disponível em: Disponível em: http://www.cpatc.embrapa.br/download/FolderMilhoFeijao.pdf Acessado em 28 de dezembro de 2014.
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).

O cultivo de milho, para ser colhido verde consorciado com feijão, pode ser uma alternativa economicamente interessante para a agricultura familiar, pois o milho-verde possui maior valor de comercialização em relação ao milho destinado para grãos (Santos et al., 2010SANTOS, NCB; ARF, O; KOMURO, LK. 2010. Consórcio de feijão e milho-verde na entressafra: Comportamentos da cultivares de milho. Biociências Journal 26: 873-881.), além de aumentar a eficiência do uso da terra e consequentemente da produtividade agrícola.

Em muitas regiões em que a agricultura não possui altos níveis técnicos, como em Alagoas, muitos pesquisadores atribuem os baixos índices produtivos ao sistema de consórcio (Cuenca et al., 2005CUENCA, MAG; NAZÁRIO, CC; MANDARINO, DC. 2005. Características e evolução da cultura do milho no estado de Alagoas entre 1990 e 2003. Aracajú: Embrapa Tabuleiros Costeiros.), demostrando que a competição entre as espécies causa menor capacidade produtiva das culturas, porém muitos fatores influenciam a produtividade agrícola dentro desse sistema, dentre os quais destacam-se o manejo do consórcio, as variedades utilizadas bem como a interação entre esses fatores.

O rendimento produtivo do milho é decorrente do genótipo utilizado que contribui com 50%, e do manejo adequado ao ambiente que contribui com os demais 50% (Cruz et al., 2008CRUZ, JC; KARAN, D; MONTEIRO, MAR; MAGALHÃES, PC. 2008. A cultura do milho. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo. 517p.). Em função disso, o desenvolvimento de genótipos superiores, adaptados às condições edafoclimáticas e ao sistema de cultivo são fundamentais para o sucesso na lavoura (Ferreira, 2006FERREIRA, PV. 2006. Melhoramento de plantas: princípios e perspectivas. Maceió: UFAL . 110p.).

O objetivo desse trabalho foi realizar análise produtiva de genótipos de milho verde consorciados com feijão.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no ano de 2014 durante os meses de agosto a dezembro na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (CECA/UFAL), situada no Município de Rio Largo-AL (9°27'S, 35°27'O, 127 m de altitude). A região apresenta clima quente e úmido, totais pluviométricos anuais elevados (1.500 a 2.000 mm), com o período chuvoso concentrado no outono-inverno, onde a precipitação equivale a 70% do total anual, e o período seco na primavera-verão apresentando déficits hídricos elevados. O solo é classificado como Latossolo Amarelo coeso Argissólico, de textura franca arenosa.

O procedimento experimental utilizado foi em blocos casualizados com tratamentos delineados no esquema fatorial (4x2) + 1, com três blocos, totalizando 27 parcelas experimentais. Foram avaliados nesse experimento quatro genótipos de milho, dos quais três desenvolvidos pelo Setor de Melhoramento Genético de Plantas (SMGP) do CECA/UFAL: Alagoano, Viçosense e Nordestino, e uma variedade comercial desenvolvida pela EMBRAPA, BRS 5037 (Cruzeta), em dois sistemas de plantio, monocultivo e consorciado com feijão (Phaseolus vulgaris), variedade IAC Alvorada, mais um tratamento complementar (feijão em monocultivo).

As parcelas com milho em monocultivo tiveram 4 fileiras de plantas com 5,0 m de comprimento, espaçadas em 1,0 m entre linhas e 0,2 m entre plantas, com uma planta por cova, constituindo uma população de milho de 50.000 plantas/ha. As parcelas consorciadas tiveram as mesmas dimensões, porém nas entrelinhas de milho tiveram duas fileiras de plantas de feijão com 5,0 m de comprimento, espaçadas a 0,4 m entre linhas e 0,3 m entre plantas, com duas plantas por cova, constituindo uma população de feijão de 113.333 planta/ha mais 50.000 plantas de milho. As parcelas de monocultivo de feijão foram constituídas por 15 fileiras de feijão espaçadas a 0,4 m entre fileiras e 0,3 m entre plantas, com duas plantas por cova, totalizando uma população 166.667 plantas/ha.

Nas parcelas de milho em monocultivo e em consórcio, foram consideradas como área útil as duas fileiras centrais, sendo eliminadas destas as duas plantas de cada extremidade. Nas parcelas de feijão em monocultivo foram consideradas as nove fileiras centrais como área útil, sendo eliminadas destas duas plantas de cada extremidade. Para as parcelas do consórcio, nenhuma planta de feijão foi eliminada.

Antes do plantio foi realizada uma amostragem de solo para análise das condições químicas, cujos resultados foram: pH= 5,4; Na= 23 ppm; P= 55 ppm; K= 37 ppm; Ca+Mg= 5,6 meq/100 mL; Ca= 3,2 meq/100 mL; Mg= 2,4 meq/100 mL; Al= 0,03 meq/100 mL; H+Al= 3,6 meq/100 mL; S.B.= 5,8 meq/100 mL; CTC= 9,4 meq/100 mL; V= 61,7%; M.O.= 2,13%. Também foi realizada análise do esterco ovino/caprino utilizado na adubação em fundação na ocasião do plantio, tendo como resultados: pH= 7,9; umidade (65ºC)= 8,7%; Carbono orgânico = 34,7; N total = 1,80%; Relação C:N= 20%; P2O5 total = 1,40%; K2O= 2,24%; S= 0,23%; Ca= 0,9 meq/100 mL; Mg= 0,4 meq/100 mL.

O preparo do solo ocorreu manualmente com uso de enxada e logo após foram abertos os sulcos com cerca de 10 cm de profundidade, onde foi aplicado o esterco ovino/caprino e incorporado dentro do sulco, em que foi aplicado 10 t/ha para o milho e 8 t/ha para o feijão.

O plantio ocorreu no dia 20 de agosto de 2014, sendo semeadas manualmente três sementes por cova de cada cultura, ambas com profundidades de 3 a 4 centímetros, e 10 dias após foi realizado o desbaste. As fileiras de plantas ficaram no sentido leste-oeste.

O controle de plantas daninhas foi realizado com duas capinas manuais com enxada realizadas aos 15 e 35 dias após o plantio. O controle de pragas foi realizado com duas pulverizações do inseticida Connect(r) (700 mL/ha) aos 15 e 30 dias, e uma aplicação do inseticida Capaz(r) (500 mL/ha) aos 50 dias após o plantio, sendo ambos aplicados com pulverizador costal com capacidade de 20 litros utilizando o bico tipo leque (105°).

Para a manutenção das condições hídricas do solo e ideal desenvolvimento das culturas, foi instalado um sistema de irrigação por aspersão, com lâmina diária de 7 mm, sendo aplicados nos veranicos durante a condução do experimento. Durante a condução do experimento os dados meteorológicos foram: Precipitação: 153,7; 135,9; 229,4 e 48,36 mm, do mês de agosto a novembro de 2015, temperatura média nos meses de 23,55°C, média mínima 18,77°C, média máxima 30,07°C e umidade relativa do ar de 80,1%.

A colheita do milho verde (75% de umidade) foi realizada aos 80 dias após o plantio e para o feijão verde (63% de umidade) aos 70 dias após o plantio e em seguida foram avaliadas as variáveis listadas abaixo.

Para o milho verde, foram consideradas espigas comerciais aquelas com comprimento superior a 17 cm, livres de danos de insetos, ou, se danificadas, seu comprimento livre de dano for superior a 15 cm e diâmetro igual ou superior a 3,0 cm (Albuquerque et al., 2008ALBUQUERQUE, CJB; PINHO, RG; BORGES, ID; SOUZA FILHO, AX; FIORINI, IVA. 2008. Desempenho de híbridos experimentais e comerciais de milho para produção de milho verde. Ciência e Agrotecnologia 32: 768-775.).

As variáveis obtidas para milho verde foram 1) número de espigas totais (NTE) (determinado através de contagem de todas as espigas da área útil da parcela e posteriormente feito o cálculo para números de espigas por hectare); 2) percentual de espigas comerciais (EC) (contado e transformado em porcentagem); 3) massa total de espigas com palha (MTEP) (pesadas em balança digital, as espigas da área útil contendo a palhada e depois feita a relação para produtividade em t/ha); 4) massa da espiga comercial com palha (MECCP) (pesadas em balança digital, as espigas da área útil contendo a palhada e depois feita a relação para produtividade em t/ha); 5) massa da espiga comercial despalhada (MECD) (pesadas em balança digital, as espigas despalhadas da área útil e depois obtida a relação para produtividade em t/ha); 6) diâmetro de espigas comerciais com palhada (DECP) (medido em centímetros, com paquímetro digital, na parte central das espigas comerciais com palhada); 7) diâmetro das espigas comerciais despalhadas (DECD) (medido em centímetros com paquímetro digital, na parte central da espiga despalhada); 8) comprimento de espigas comerciais com palha (CECP) (medido em centímetros com fita métrica, da base ao ápice das espigas); 9) comprimento de espigas comerciais despalhada (CECD) (medido em centímetros com fita métrica, da base ao ápice das espigas comerciais).

As variáveis obtidas do feijão verde foram 1) número de vagens por planta (NVP) (determinado por meio de contagem de vagens na área útil e dividido pelo número de plantas); 2) número de grãos por vagem (NGV) (determinado por meio de contagens de grãos em cada vagem); 3) peso de cem grãos (PCG) (pesagem de 100 grãos, em gramas, utilizando uma balança digital); 4) comprimento da vagem (CV) (medido com régua, entre o início do primeiro grão da vagem e o final do último grão); 5) rendimento de grãos (RG) (pesado em balança digital e depois feita a relação para produtividade em t/ha).

A comparação entre as parcelas consorciadas e em monocultivo foi realizada por meio de alguns parâmetros: 1) produção equivalente de milho (PEM) (Ferreira, 2000FERREIRA, PV. 2000. Estatística experimental aplicada à Agronomia. 3ª ed. Maceió: UFAL. 422p.):

onde: Ye = produção equivalente de milho; Ym = produção de grãos de milho (t/ha); Yf = produção de grãos de feijão (t/ha); r = relação de preço de feijão para milho, isto é, r = preço vigente do feijão/preço vigente do milho, sendo na época da colheita essa relação de 3,18 (CONAB, 2014CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da Safra Brasileira de Grãos. V.1 - Safra 2013/2014. Disponível em: Disponível em: http://www.conab.gov.br/conteudos.php?a=1253& Acessado em27 de dezembro de 2014.
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). 2) índice de eficiência produtiva do milho (IEPM) (Neto & Gomes, 2008NETO, FB; GOMES, EG. 2008. Índices de desempenho de sistemas agrícolas consorciados: Uso eficiente da terra, indicadores econômicos e eficiência DEA. XXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Rio de Janeiro-RJ.):

3) índice de eficiência produtiva do feijão (IEPF) (Neto & Gomes, 2008NETO, FB; GOMES, EG. 2008. Índices de desempenho de sistemas agrícolas consorciados: Uso eficiente da terra, indicadores econômicos e eficiência DEA. XXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Rio de Janeiro-RJ.):

4) índice de uso eficiente da Terra (UET) (Ferreira, 2000FERREIRA, PV. 2000. Estatística experimental aplicada à Agronomia. 3ª ed. Maceió: UFAL. 422p.):

onde Mc e Fc representam os cultivos de milho e feijão respectivamente no sistema consorciado e Mm e Fm representam os cultivos de milho e feijão em monocultivo respectivamente (Neto & Gomes, 2008NETO, FB; GOMES, EG. 2008. Índices de desempenho de sistemas agrícolas consorciados: Uso eficiente da terra, indicadores econômicos e eficiência DEA. XXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Rio de Janeiro-RJ.).

Foi realizada a análise de variância e o teste de Tukey a 5% de probabilidade para a comparação dos genótipos de milho e dos sistemas de cultivo, além do feijão nos sistemas de cultivo, PEM, IEPM, IEPF e UET. As variáveis provenientes de contagem e percentagem tiveram seus dados transformados em para que os mesmos fiquem dentro da normalidade, atendendo dessa forma aos pressupostos básicos da análise de variância (Ferreira, 2000FERREIRA, PV. 2000. Estatística experimental aplicada à Agronomia. 3ª ed. Maceió: UFAL. 422p.).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A fonte de variação genótipos, apresentou diferença significativa a 1 e 5% de probabilidade pelo teste F para as variáveis de milho verde NTE, EC, MTEP, MECCP, DECP e CECD, e PEM, respectivamente. Para a fonte de variação sistemas de cultivo, houve diferença significativa a 1% de probabilidade apenas para a variável PEM. Quanto à interação G x S, todas as variáveis foram não significativas a 5% de probabilidade, indicando que o comportamento dos genótipos avaliados independe dos sistemas de cultivo utilizados.

Os coeficientes de variação apresentaram ótima precisão experimental para as variáveis NTE, CE, DECP, DECD, CECD e UET (respectivamente, 3,68; 9,17; 4,81; 5,31, 8,23 e 8,24%); e boa precisão experimental para MTEP, MECCP, MECD, CECP, PEM e IEPM (11,67; 17,97; 14,83; 12,13, 18,25 e 17,32%, respectivamente) (Ferreira, 2000FERREIRA, PV. 2000. Estatística experimental aplicada à Agronomia. 3ª ed. Maceió: UFAL. 422p.).

Os genótipos Alagoano, Viçosense e Nordestino apresentaram os maiores NTE, EC, MTEP e MECCP (61.720 espigas/ha, 80,29% de espigas comerciais, 13,54 t/ha e 12,28 t/ha) em relação à variedade Cruzeta (50.000 espigas/ha, 55,60% de espigas comerciais, 9,08 t/ha e 7,03 t/ha) (Tabela 1).

Tabela 1
Valores médios de caracteres produtivos de genótipos de milho verde (average values of productive characters of green corn genotypes). Rio Largo, UFAL, 2014.

O número de espigas está relacionado diretamente com a produtividade, tanto de grãos quanto de espigas verdes. Para a produtividade de milho verde, quanto maior o número de espigas comerciais, maior será a rentabilidade financeira (Soares et al., 2000SOARES, DM; PELOSO, MJD; KLUTHCUSKI, J; GANDOLFO, LC; FARIA, DJ. 2000. Tecnologia para o sistema de consórcio de milho verde com feijão no plantio de inverno Santo Antônio de Goiáis: Embrapa Arroz e Feijão. Disponível em: Disponível em: http://docsagencia.cnptia.embrapa.br/feijao/bol_10.pdf . Acessado em 27 de dezembro de 2014.
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). No entanto, o rendimento total possui importância secundária, pois é relevante quando possui alto percentual de espigas comerciais (Miranda et al., 2012MIRANDA, RA; DUARTE, JO; GARCIA, JC. 2012. Economia da produção. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sogo. Disponível em: Disponível em: http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_8_ed/economia.htm . Acessado em 29 de dezembro de 2014.
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), dessa forma os genótipos Alagoano, Viçosense e Nordestino apresentaram alto percentual de espigas comerciais.

Os genótipos Alagoano, Viçosense e Nordestino apresentaram médias superiores às dos estados maiores produtores do Brasil em relação à produtividade de espigas comerciais, como São Paulo, com média de 10 t/ha (IBQH, 2013IBQH - Instituto Brasileiro em Qualidade em Horticultura. 2013. Milho verde Disponível em: Disponível em: http://www.hortibrasil.org.br/jnw/ Acessado em29 de dezembro de 2014.
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), e Minas Gerais, com 6,5 t/ha (IBGE, 2009IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2009. Censo agropecuário. Disponível em: Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#economia Acessado em 29 de dezembro de 2014.
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), e produziram 11, 79; 12,62 e 12,45 t/ha, respectivamente, 77,1% em média a mais que a variedade Cruzeta (7,03 t/ha).

Por ser uma atividade intensiva, os responsáveis pela produção de milho verde na sua maioria são as pequenas propriedades (IBGE, 2009IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2009. Censo agropecuário. Disponível em: Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#economia Acessado em 29 de dezembro de 2014.
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), por ser um cultivo de ciclo curto e ter maior valor para comercialização (Miranda et al., 2012MIRANDA, RA; DUARTE, JO; GARCIA, JC. 2012. Economia da produção. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sogo. Disponível em: Disponível em: http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_8_ed/economia.htm . Acessado em 29 de dezembro de 2014.
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). Em Alagoas, os pequenos produtores são responsáveis por 88% da produção de milho (IBGE, 2009IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2009. Censo agropecuário. Disponível em: Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/mapa_site/mapa_site.php#economia Acessado em 29 de dezembro de 2014.
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). Em função disso, os genótipos Alagoano, Viçosense e Nordestino, por serem de polinização livre, adaptados ao manejo e às condições edafoclimáticas da região e apresentarem características produtivas para essa atividade, favorecem a eficiência produtiva dos pequenos empreendimentos rurais.

Para a massa de espigas comerciais despalhadas (MECD), o genótipo Viçosense (7,72 t/ha) apresentou a maior massa, diferindo apenas da variedade Cruzeta (5,95 t/ha), demostrando por meio desse resultado a potencialidade dos genótipos Viçosense, Nordestino (7,24 t/ha) e Alagoano (7,46 t/ha) em comparação com a testemunha, que apresenta boa massa de espigas, tendo em vista a relevância dessa característica na produção de milho verde, pois as espigas despalhadas são os produtos diretos consumidos, seja no consumo dos grãos na própria espiga ou na utilização da indústria (Matos, 2007MATOS, EHSF. 2007. Dossiê técnico: Cultivo do milho verde. Centro de apoio ao desenvolvimento tecnológico. Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas. Disponível em: Disponível em: http://www.agrolink.com.br/downloads/Cultivo%20do%20Milho%20Verde.pdf Acessado em 28 de dezembro de 2014.
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).

O genótipo Viçosense (5,78 cm) apresentou maior DECP, e diferiu dos genótipos Alagoano e Cruzeta (5,07 e 5,19 t/ha). Para a variável DECD, não houve diferença significativa entre os genótipos estudados, com média de 4,05 cm. Observa-se que os genótipos Viçosense e Nordestino apresentaram maior palhada, respectivamente 12,7 e 4,7% a mais que os outros dois genótipos, contribuindo com isso, na proteção das espigas contra insetos e redução das perdas agrícolas, em função da secagem natural no campo, garantindo maior conservação pós-colheita do produto (Costa et al., 2012COSTA, GMC; COSTA, RV; COTA, LV; SILVA, DD; GUIMARÃES, LJM; SILVA, AO; MARCONDES, MM; RAMOS, TCDA; LANZA, FE; CORRÊA, CL; MOURA, LO. 2012. Resistência genética e características de espigas na incidência de grãos ardidos em milho. In: CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 14. Anais... Águas de Lindóia, Associação Brasileira de Milho e Sorgo p. 733-741.). Além dessas vantagens, foi observado no experimento que os genótipos Alagoano, Viçosense e Nordestino que apresentaram maior volume de palhada na espiga tiveram os menores danos causados por aves da família psitacídeos.

O CECP teve média de 24,55 cm, não apresentando diferença significativa entre os genótipos avaliados. Contudo, todos os genótipos apresentaram comprimentos de espigas comerciais acima do recomendado comercialmente (Albuquerque et al., 2008ALBUQUERQUE, CJB; PINHO, RG; BORGES, ID; SOUZA FILHO, AX; FIORINI, IVA. 2008. Desempenho de híbridos experimentais e comerciais de milho para produção de milho verde. Ciência e Agrotecnologia 32: 768-775.). Para o CECD, os genótipos Viçosense (15,45 cm) e Alagoano (14,79 cm) apresentaram os maiores comprimentos, diferindo estatisticamente apenas da variedade Cruzeta (12,79 cm). Os genótipos Alagoano, Viçosense e Nordestino apresentaram 15,01% a mais de comprimento de espigas despalhadas em relação à variedade Cruzeta, o que contribui para explicar a superioridade produtiva de tais genótipos.

Para os sistemas de cultivo, apenas para a variável PEM no sistema de consórcio (18,32 t/ha) apresentou maior produção, diferido estatisticamente do monocultivo (11,50 t/ha). Para as demais variáveis não houve diferença significativa para os sistemas de cultivo, apresentando médias de 58.790 espigas/ha, 74,12%, 12,43 t/ha, 10,98 t/ha, 7,10 t/ha, 5,36 cm, 4,05 cm, 24,55 cm, 14,26 cm, 3,52 t/ha e 0,88 t/ha para as respectivas variáveis NTE, EC, MTEP, MECCP, MECD, DECP, DECD, CECP e CECD (Tabela 2).

Tabela 2
Médias dos sistemas de cultivo para os caracteres produtivos do milho verde (mean values of cropping systems for the productive characters of green corn). Rio Largo, UFAL, 2014.

Observou-se no presente trabalho que o consórcio de milho com feijão não promove modificações nos parâmetros qualitativos e quantitativos do milho verde em comparação com o monocultivo de milho, o que é vantajoso para o agricultor em função da maior eficiência produtiva, conforme já observado por outros autores (Santos et al., 2010SANTOS, NCB; ARF, O; KOMURO, LK. 2010. Consórcio de feijão e milho-verde na entressafra: Comportamentos da cultivares de milho. Biociências Journal 26: 873-881.; Araújo Neto et al., 2014ARAÚJO NETO, SE; CAMPOS, PA; TAVELLA, LB; SOLINO, AJS; SILVA, IF. 2014. Organic polyculture of passion fruit, pineapple, corn and cassava: The influence of green manure and distance between espiliers. Ciência e Agrotecnologia 38: 247-255.; Estenio, 2014ESTENIO, MA. 2014. Produção de milho-verde e grãos consorciados com leguminosas em sistemas de plantio direto orgânico. Viçosa: UFV. 474p. (Dissertação mestrado).).

De acordo com o teste de Tukey a 5% de probabilidade, pode-se concluir que as variáveis NVP, NGV, PCG e CV não apresentaram diferença significativa para os caracteres do feijão verde em monocultivo e em consórcio com os genótipos de milho (Tabela 3), com médias de 15,41 vagens por planta, 6,75 grãos por vagem, 45,75 g e 8,68 cm, respectivamente, tendo em vista que essas variáveis já são predispostas geneticamente pela característica varietal (Horn et al., 2006HORN, D; ERNANI, PR; SANGOI, L; SCHWEITZER, C; CASSOL, PC. 2006. Parâmetros cinéticos e morfológicos da absorção de nutrientes em cultivares de milho com variabilidade genética contrastante. Revista Brasileira de Ciência do Solo 30: 77-85.). Quanto à variável RG, o monocultivo do feijão (5,01 t/ha) apresentou maior produtividade, diferindo estatisticamente do feijão em consórcio com os genótipos de milho (2,02 t/ha), visto que o monocultivo teve 32% a mais de plantas e em consequência foi 40,3% mais produtivo que o sistema de consórcio.

Tabela 3
Valores médios de caracteres produtivos do feijão em monocultivo e consorciado com genótipos de milho (average values of bean productive characters in monoculture and intercropped with maize genotypes). Rio Largo, UFAL, 2014.

O rendimento de grãos de feijão nos sistemas de consórcio milho com feijão, representa apenas uma produtividade de 20 a 30% em comparação com o monocultivo do feijão (Costa & Silva, 2008COSTA, ASV; SILVA, MB. 2008. Sistema de consórcio milho feijão para a região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais. Ciência e Agrotecnologia32: 636-667.). Por outro lado, o rendimento de grãos no consórcio depende da competição entre as espécies consorciadas e se dá principalmente por luz, nutrientes e água (Cruz et al., 2009CRUZ, JC; PINTO, LBB; QUEIROZ, LR. 2009. Caracterização dos sistemas de produção de milho para altas produtividades. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo . Disponível em: Disponível em: http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/publica/2009/circular/Circ_124.pdf acessado em 28 de dezembro de 2014.
http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/...
). O rendimento de grãos de feijão no consórcio com os genótipos de milho foi ótimo para o tipo de cultivo, visto que a utilização correta dos recursos como luminosidade, adubos e densidade populacional contribuiu para essa superioridade.

No consórcio de milho com feijão, estabelece-se uma prioridade em função de fatores tradicionais, tendo na maioria das vezes o milho como cultura principal; esta promove sombreamento do feijão e promove alterações no crescimento das plantas. Essas alterações vão desde busca de luz até concentração de pigmentos fotossintetizantes. Dessa forma, o feijão por possuir mecanismo fotossintetizante C3, precisa de luz em menor intensidade e consegue se adaptar às condições de moderado sombreamento, aliando às características da espécie com um manejo adequado, com variedades adequadas e nutrição ótima para o desenvolvimento (Coelho et al., 2014COELHO, DS; MARQUES, MAD; SILVA, JAB; GARRIDO, MS; CARVALHO, PGS. 2014. Respostas fisiológicas em variedades de feijão caupi submetidas a diferentes níveis de sombreamento. Revista Brasileira de Biociências 12: 14-19.; Filgueiras, 2012FILGUEIRAS, LMB. 2012. Trocas gasosas em genótipos de feijão-caupi com e sem sombreamento. 50p. Catolé do Rocha: UEP (Monografia). 478p.; Taiz & Zeiger, 2006TAIZ, L; ZEIGER, E. 2006. Fisiologia vegetal. 3a ed. Porto Alegre: Editora Artmed. 201p.).

Os índices dos sistemas produtivos em função dos genótipos tiveram o Viçosense (16,80 t/ha) e Nordestino (16,30 t/ha) com as maiores PEM, diferindo apenas da variedade Cruzeta (11,24 t/ha) (Tabela 4). De um modo geral, os genótipos do SMGP apresentaram produtividade 43,5% maior que a Cruzeta e 61,3% maior que o estado de São Paulo, maior produtor brasileiro (IBQH, 2013IBQH - Instituto Brasileiro em Qualidade em Horticultura. 2013. Milho verde Disponível em: Disponível em: http://www.hortibrasil.org.br/jnw/ Acessado em29 de dezembro de 2014.
http://www.hortibrasil.org.br/jnw/...
).

Tabela 4
Índices de eficiência dos genótipos de milho nos sistemas de cultivo (efficiency indexes of genotypes in farming systems.)

Para o IEPM não houve diferença significativa entre os genótipos avaliados, apresentando média de 0,92, porém o Nordestino apresentou o índice 1,05, indicando que esse genótipo apresentou no consórcio produção superior à produção no monocultivo, fato ocorrido, devido no processo de melhoramento desse genótipo, ter sido usada seleção em parâmetros importantes para o consórcio, como por exemplo, a capacidade competitiva entre plantas. Para os genótipos Alagoano, Viçosense e Cruzeta, a média foi de 0,87, indicando que no sistema de consócio a produtividade corresponde a cerca de 87% da produtividade do monocultivo, indicando que o sistema de consórcio é viável, pois a produtividade da cultura principal apresenta pouca redução no sistema de consórcio (Neto & Gomes, 2008NETO, FB; GOMES, EG. 2008. Índices de desempenho de sistemas agrícolas consorciados: Uso eficiente da terra, indicadores econômicos e eficiência DEA. XXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Rio de Janeiro-RJ.).

O IEPF não apresentou diferença significativa, com média de 0,41, indicando que o feijão no sistema de consórcio apresentou 41% da produtividade do sistema de monocultivo do feijão, observado também diretamente na variável rendimento de grãos de feijão.

O índice de uso eficiente da terra (UET) teve a variedade Cruzeta (1,78) apresentando melhor índice, porém não diferindo estatisticamente dos demais genótipos, todos superiores a 1, indicando que no sistema de consórcio ocorreu melhor aproveitamento dos recursos ambientais, quando comparados com o sistema em monocultivo (Neto & Gomes, 2008NETO, FB; GOMES, EG. 2008. Índices de desempenho de sistemas agrícolas consorciados: Uso eficiente da terra, indicadores econômicos e eficiência DEA. XXVIII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Rio de Janeiro-RJ.).

Para a produção de milho verde, os genótipos Viçosense, Nordestino e Alagoano apresentaram as maiores produtividades de espigas comerciais, além de apresentarem ótimas características qualitativas de milho, sendo dessa forma uma ótima opção na escolha das variedades a serem cultivadas pelos agricultores, principalmente nas pequenas propriedades que utilizam do consórcio para melhorar a eficiência produtiva de sua área, e não causando prejuízos qualitativos na produção do milho verde, agregando assim maior valor produtivo ao sistema por meio da produção equivalente, índice de eficiência produtiva do milho e índice de uso eficiente da terra.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Oct-Dec 2016

Histórico

  • Recebido
    07 Maio 2015
  • Aceito
    02 Abr 2016
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