RESUMO
O uso de porta-enxertos resistentes é um dos métodos mais efetivos para o controle de patógenos de solo em cultivos de tomateiro. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a reação de acessos de Solanum stramonifolium a Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici (Fol) raças 2 e 3 e a Meloidogyne enterolobii (Me). As mudas foram formadas em bandejas e inoculadas separadamente com Fol raças 2 e 3 aos 50 dias após o semeio, mediante imersão das raízes em suspensão de esporos (1×106 microconídios mL-1). Em seguida, essas mudas foram transplantadas para vasos contendo solo esterilizado. Para a inoculação do nematoide, foram utilizadas plantas com 27 DAS, transplantadas para vasos e inoculadas com 6.000 ovos e juvenis de segundo estádio. As avaliações foram realizadas aos 34 (Fol) e aos 64 (Me) dias após a inoculação. O experimento foi realizado em delineamento de blocos casualizados com cinco repetições, em que cada parcela foi composta por um vaso com três plantas (Fol) e um vaso com uma planta (Me). As testemunhas suscetíveis a Fol raças 2 e 3 e a Me apresentaram 100% de incidência. Todos os acessos foram resistentes a Fol raça 2, enquanto os acessos CNPH-19, CNPH-22, CNPH-23, CNPH-25, CNPH-120, CNPH-122 e CNPH-349 apresentaram resistência múltipla aos patógenos, indicando grande potencial para uso como porta enxertos resistentes. Os acessos CNPH-24, CNPH-119, CNPH-121 e CNPH-336 também apresentaram resistência ao nematoide. Contudo, estes acessos apresentaram leves sintomas de escurecimento nos tecidos vasculares quando inoculados com Fol raça 3. Este sintoma também foi observado nos acessos CNPH-21, CNPH-107 e CNPH-117. Os demais acessos apresentaram resistência a Fol raça 3 e suscetibilidade a Me.
Palavras-chave:
Meloidogyne enterolobii; Solanum lycopersici; murcha de fusário; enxertia; resistência genética