RESUMO
Considerando a importância econômica da cultura do morangueiro no Brasil, com tendência clara de migração da produção no solo para sistemas inovadores de produção em substratos, é fundamental a avaliação das cultivares disponíveis no mercado quanto a tolerância a patógenos com potencial de infestação. Avaliou-se a resistência de oito cultivares comerciais (Festival, Camino Real, Camarosa, Oso Grande, Monterey, San Andreas, Aromas e Albion) a espécies de Meloidogyne e Pratylenchus. Cultivares de morango, mantidas em vasos individuais com solo esterilizado, foram inoculadas com 5.000 ovos + juvenis de segundo estágio de Meloidogyne arenaria, M. incognita, M. javanica ou M. hapla ou 1.000 espécimes de Pratylenchus zea ou P. brachyurus por planta. O experimento foi conduzido sob condições de casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado com seis repetições, utilizando-se plantas de sorgo ‘506’ e tomate ‘Rutgers’ como controles para o nematoides das galhas e das lesões radiculares, respectivamente. Noventa dias após a inoculação, foi avaliado o fator de reprodução dos nematoides (RF = população final / população inicial) para determinar a resistência dos genótipos de morango a cada espécie de fitonematoide. Todas as cultivares se comportaram como resistentes (FR<1,00) ou imunes (FR= 0,00) a M. javanica, M. incognita, P. zeae e P. brachyurus. Apenas ‘Camarosa’ foi suscetível (FR> 1,00) a M. arenaria e M. hapla e ‘Oso Grande’ comportou-se como suscetível a M. hapla; porém, as demais cultivares foram resistentes a estas duas espécies do nematoide das galhas. As cultivares de morango avaliadas neste trabalho comportaram-se como más hospedeiras dos nematoides estudados e, podem ser consideradas alternativa de cultivo em áreas infestadas com os patógenos.
Palavras-chave:
Fragaria x ananassa; Meloidogyne spp.; Pratylenchus spp.; resistência
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