RESUMO
A aplicação usual de altas doses do fertilizante NPK 4-14-8 nos sulcos de plantio da cultura da batata, independentemente da fertilidade do solo ou das necessidades nutricionais da cultivar, tornou-se um paradigma no Brasil. Contudo, a fórmula 4-14-8 nem sempre atende as necessidades da cultura e pode desequilibrar a disponibilidade de nutrientes no solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar as produtividades de tubérculos e os resultados econômicos da batata cultivar Atlantic afetada por doses das fórmulas NPK 4-14-8 e 6-30-6 aplicadas no sulco de plantio. As doses de ambas as fórmulas NPK foram calculadas para atingirem doses de 210, 420 e 630 kg ha-1 de P2O5. Em cada uma das doses de P2O5, a fórmula 6-30-6 resultou em 30% menos N e 65% menos K2O no sulco de plantio do que a fórmula 4-14-8. Foi utilizado um delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial (2×3)+1, que incluiu um controle sem adubação no sulco, com três repetições. Apenas a utilização da fórmula 6-30-6 aumentou a produtividade total de tubérculos da cultivar Atlantic. A produtividade de tubérculos comercializáveis atingiu maior nível (29,8 t ha-1) com maior dose de P2O5 (440 kg ha-1) utilizando-se a fórmula 6-30-6 comparada com a fórmula 4-14-8. As doses e fórmulas de fertilizantes NPK não afetaram o peso específico dos tubérculos comercializáveis. Portanto, o uso de um fertilizante mais concentrado em P2O5 que favorece aportes menores de N e K (como a fórmula 6-30-6 estudada neste trabalho) proporciona menores custos, e maiores eficiência operacional e lucros em relação à fórmula 4-14-8 tradicionalmente usada na cultura da batata.
Palavras-chave:
Solanum tuberosum; adubação mineral; fonte de fertilizante; lucratividade