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Saúde infantil na América Latina: perspectivas historiográficas e desafios

Modelos de saúde e bem-estar infantis do passado na América Latina têm sido considerados como subprodutos defasados de experiências européias e norte-americanas. Com base em análise da historiografia recente, este artigo apresenta uma realidade mais complexa: o interesse pela criança e a saúde infantil na América Latina origina-se de um conjunto de condições domésticas e regionais. Com raízes em culturas pré-colombianas, foi relegado à esfera privada no período colonial, exceto quanto à custódia pública de jovens. A partir do século XIX, profissionais, reformadores e políticos de toda a região passaram a considerar a saúde infantil fundamental para a construção das sociedades modernas. As iniciativas que emergiram desde então guardam relação também com prioridades e programas internacionais, não por difusão unidirecional mas sim pela interação de idéias e especialistas. Apesar das abordagens pioneiras sobre direitos e saúde da criança na América Latina, o compromisso com o bem-estar infantil permanece irregular, e em muitos contextos cerceado por condições políticas.

saúde da criança; mortalidade infantil; bem-estar da criança; América Latina


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