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A psicanálise e as transformações na concepção da infância nas crônicas e colunas de Clarice Lispector, 1952-1973

Resumo

O artigo estuda o papel da psicologia na transformação dos modos de conceber a infância nas décadas de 1950 a 1970, tendo como foco as colunas e crônicas publicadas em revistas e jornais de ampla circulação por Clarice Lispector entre 1952 e 1973. Delas emerge um novo paradigma que considera os filhos mistérios psicológicos no interior do âmbito doméstico, objeto de investigação por parte da mãe, e que entende a infância como núcleo do psiquismo adulto. Trata-se de um modelo biopsicológico, que combina a preocupação higiênica pela saúde física com uma atenção psicológica à subjetividade infantil, no qual a criança das classes médias emerge como índice do questionamento dos papéis de autoridade familiar e da nova centralidade do indivíduo.

infância; psicanálise; Clarice Lispector (1920-1977; imprensa de massa

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