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A obra de Euclides da Cunha e os debates sobre mestiçagem no Brasil no início do século xx: Os sertões e a medicina- antropologia do Museu Nacional

The work of Euclides da Cunha and debates on racial admixture in Brazil in the early 20th century: Os sertões and the field of medicine- anthropology at the Museu Nacional

Este trabalho aborda certas interfaces entre a obra de Euclides da Cunha, e Os sertões em particular, e a medicina-antropologia no Brasil no início do século XX. Aponta-se que à obra euclidiana podem ser vinculadas duas vertentes médico-antropológicas que construíram explicações divergentes acerca das conseqüências da composição racial brasileira, em especial quanto à viabilidade de uma nação mestiça. Uma primeira, cujo expoente foi Raimundo Nina Rodrigues, esteve alinhada com uma perspectiva mais próxima de um fatalismo racial. Uma outra, representada por Edgard Roquette-Pinto, ligado ao Museu Nacional, argumentava que os mestiços não seriam orgânica ou racialmente inviáveis. No texto é analisada sobretudo a interpretação que a medicina-antropologia do Museu Nacional realizou da obra euclidiana.

Euclides da Cunha; E. Roquette-Pinto; antropologia-medicina; raça; mestiçagem; nacionalismo; Brasil


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