Partindo de concepções forjadas na Grécia clássica, afirma-se a idéia de 'técnica' como 'modo de fazer' portador de características relacionadas às formas de organização das sociedades onde emerge, compreendidos os saberes que cada época produz. Destacando alguns aspectos dos diversos momentos da história ocidental, apontam-se relações existentes entre técnica e ciência, entendida esta última como a busca da máxima racionalidade. Questionam-se certas posições que parecem atribuir à tecno-ciência um papel deletério, dado o conluio que haveria entre saber e poder na produção de desigualdades e injustiças sociais. No caso da medicina, sustenta-se que a ciência moderna tem fundamentado técnicas de intervenção cada vez mais eficazes, em benefício do homem e que a não resolução de todos os problemas da humanidade deriva muito mais do caráter político das desigualdades do que de um papel específico da ciência e da técnica na sua determinação.
técnica; ciência; desigualdades sociais; medicina